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Artigos-->A DITADURA DA MÍDIA QUE FAZ DO POVO IMBECIL -- 10/04/2010 - 20:34 (HENRIQUE CESAR PINHEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há alguns anos tinha que ler diariamente os jornais. Era viciado. Quando chegava ao trabalho minha primeira tarefa era abrir os vários jornais que a empresa assinava. O tempo foi passando e fui ficando mais seletivo. A ponto de hoje ler os jornais em cinco minutos no máximo.

Telejornais, dificilmente, assisto. As notícias não valem a pena se perder tempo com elas.. Com a chegada da internet passei a ler notícias no Terra, Bol, Uol, Gmail, etc., mas tudo muito rápido, pois me dei conta da inutilidade e perda de tempo com esses chamariz global.

Existe um bombardeio dos meios de comunicação sobre as pessoas para que elas se mantenham atualizadas. Mas se formos escolher a leitura, o quê devemos ver em telejornais, chega-se à conclusão que cheguei. Porque alguém com um pouco de senso crítico não vai querer saber o que aconteceu no Big Brother Brasil no dia anterior e isso é mostrado em todos os jornais do país

Ontem e hoje acabei de ter certeza que não devo perder tempo com jornais e telejornais. Recebo também notícias, diretamente pela internet, remetidas pelo o Globo. Escolho o que ler e como disse, em poucos minutos leio o que acho que interessa. Pois bem, voltando ao assunto, costumo muito olhar a parte relativa à ciência, isso sim deveria ser destacado todos os dias. Na edição de ontem, 29/3/10, quando lia um assunto sobre dinossauro, na coluna de cultura, que fica bem ao lado da de ciência, estava estampado: “Filha de Cher – não sei quem são, nem mãe e muito menos a filha – faz mudança de sexo...”. E num trecho rápido, diz que a mulher era homossexual e havia entrado na justiça para adotar o nome de homem e dava as explicações dela sobre o assunto.

E eu pergunto: que porra, e a porra aqui acho bem vinda pela indignação que me causou, não a notícia, pois tem gosto pra tudo, mas o fato de ser classificado como cultura. Ou eu sou muito imbecil e não entendo de cultura, ou estão me querendo fazer de besta, dizendo que isso é cultura.

Para acaba de completar, hoje, 30/3/10, estou vendo o Jornal da Tarde, quando a repórter da Globo – Sandra Anenberg – aquela apresentadora do Jornal Hoje que fala pelo nariz - anuncia: “ No próximo bloco veja: Rick Martin vai à televisão para assumir sua homossexualidade...”

E que me importa se Rick Martin, que não sei também quem é, seja ou não bicha. Isso vai acrescentar alguma importância aos meus conhecimentos? Qual será a diferença de eu saber ou não saber que tais pessoas são homossexuais? Acho que nem pra mim nem pra ninguém fará diferença, a não ser quem tenha interesse direto nos personagens acima, ou nas personagens como queira, ou melhor, para não gerar problemas, pois um era homem e agora é bicha e uma era mulher e agora e homem, na personagem e no personagem acima.

Portanto, a mídia de uma forma geral busca fazer do povo imbecil e assim poder melhor domina-lo. Isso sem dúvidas parte dos poderosos. Quanto mais imbecil o povo mais fácil fica manipula-lo. E conduzi-lo da melhor maneira que se quiser.



Talvez a idade nos torne seletivos e intolerantes com certas coisas. Também não suporto ler jornal, nem ouvir noticiários – rádio e televisão - pela quantidade de besteiras e pelo Português dos jornalistas. Não consigo engolir, por exemplo, quando um repórter diz: hoje as temperaturas não passam de 30 graus em São Paulo. Que temperaturas? Só temos uma. A temperatura em São Paulo, no Rio, no Brasil todo será essa ou aquela. Nunca, pelo menos quando estudei, eram as temperaturas. Hoje, tudo é modismo e eu não os acompanho. Não sei se por ignorância, ou por conhecimento. Prefiro, entretanto, não ouvir ou ler muita besteira. Acho eu que a temperatura no Brasil será tanto em Fortaleza, tanto em São Paulo e assim por diante. Não agüento o Galvão Bueno, por exemplo, dizer: “... a bola passou por sobre a trave...” Se passou sobre não precisa do por. Não aguento repórteres no Brasil inteiro dizerem: “Passaram se dez anos, ou dez hora de alguma coisa.” Ou mesmo num anúncio quando se diz: maiores informações. Ora, informações são muitas ou poucas, melhores ou piores, nunca maiores ou menores. E por aí vai.

Além de tudo isso, o quê vai me importar a vida de um Big Brother, de um tal de Rick Martin, de uma tal de Cher? Posso me importar com o Lula, com o Obama, que mesmo sem eu os conhecer, decidem minha vida, querendo eu ou não.

Agora ficar ouvido ou assistindo a baboseiras somente para estar atualizado. Para ficar jogando conversa fora, dizendo besteiras, prefiro ler um livro, assistir a um filme, ou mesmo encher a cara de cerveja a me submeter a essa paranóia que se criou sobre a informação. Na realidade, tudo isso faz parte de um conjunto, chamado mídia, que quer mesmo é leitor, telespectador, ouvinte, para vender suas propagandas.

Não, não vivo sendo besta, com se diz atualmente, conectado com o mundo. Sei o que se passa de uma forma geral. Mas muitas vezes aparecem pessoas na televisão, um artista, por exemplo, que não sei quem é, justamente por não me sintonizar com certa coisas, principalmente na música pela péssima qualidade, tanto das composições, como das interpretações. Domingo mesmo, fui passando de canal, pois nada se aproveitava e quando cheguei no SBT, estavam entregando um troféu não sei de que, pois fiquei pouco tempo ligado e havia uma mulher, por sinal muito bonito, acho que foi isso que me fez parar um pouco e assistir, recebendo tal troféu, como não a conhecia, fiquei esperando para ver quem era, lá pelas tantas, o Sílvio Santos falou o nome da dita cuja, Cláudia Leite.

É, somente domingo vim saber quem era a badalada cantora.

Acho que estou fora de forma. Pois não me conecto realmente com o mundo. Mas, não estou nem um pouco preocupado, ou desejando tal conexão. Sei que houve um terremoto no Chile, um atentando na Rússia, onde morreram muitas pessoas, mais detalhes não me interessam. Não que eu seja insensível, mas tenho também que aproveitar meu cérebro com outras informações e seleciona-las acho que seja uma maneira de preserva-lo melhor.



HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, MARÇO/2010

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