Vejo as rosas no jardim a esperar pelo manto da noite, que vem entre as folhas ainda verdes das árvores e descança sobre o alarido matiz das aves no ocaso.
Por hora avê Maria...
É o silêncio do nada na mata calada.
È a calmaria nos olhos e o pulsar da alma em paz, quando a chuva fina enebria o colo da flor já adormecida. Quando a chuva desperta pra vida a semente, que a terra guardava em segredo.
No imenso céu aberto, entre as nuvens argentadas, segue discreto o luar no rio mar.
É noite no outeiro, a revoada, as flores esperam agora pela alvorada.
Escrita por Alberto e Luísa Amoêdo. |