Nossos corpos amantes
como serpentes se enroscam
Amam-se, e se apertam,
Em danças sensuais.
Não temos limites
Não temos escrúpulos
Não temos pudor
Somos amantes
Sem vergonha.
Deliramos e gememos
Em ritmos, arrítmicos,
Perdemos a respiração.
Na percussão delirante
respirações ofegantes
Molhados de suor
Molhados de tesão
No ápice do êxtase
Somos amantes e loucos.
Nosso discurso erótico
nossa sensualidade
Gritamos mudos
Sorrimos calados
Dançamos juntos
A música do prazer
Mergulhados na nudez
Loucamente apaixonados.