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Artigos-->Viajando pelo Texas -- 22/02/2010 - 14:23 (Pedro Wilson Carrano Albuquerque) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em dezembro de 2005, chegou ao mundo o meu sétimo neto, o Arnaud. Destoando dos demais, não nasceu no Brasil, mas na cidade de Laredo, Texas, Estados Unidos da América.



2. Eu, a esposa Maria Lúcia e nossos netos Alexandre e Luís Guilherme decidimos viajar para o Texas para conhecer o novo membro da família. Sairíamos de Brasília no dia 2 de julho de 2006, às 14 horas e 30 minutos, em vôo pela TAM, com destino ao Rio de Janeiro, onde pegaríamos, às 18 horas e 55 minutos, um avião da Continental que nos levaria a Houston, com escala em São Paulo.



3. Já tínhamos obtido, sem problemas, o visto para a entrada nos Estados Unidos, exigido para os cidadãos brasileiros. A primeira dificuldade apareceu ao chegarmos ao Aeroporto Juscelino Kubitschek, na Capital Federal, onde fomos surpreendidos com a notícia de que a decolagem do avião que nos levaria ao Rio fora adiada. Somando isso ao atraso ocorrido em função da grande movimentação de aviões em Brasília, chegamos a pensar que não conseguiríamos embarcar no Rio de Janeiro, o que, felizmente, não ocorreu.



4. Pousamos no “George Bush Intercontinental Airport”, em Houston, na hora estipulada. Tendo providenciado o devido preenchimento dos formulários de declaração alfandegária e de registro de chegada que nos foram entregues na aeronave, passamos, sem problemas, pelos inspetores da alfândega e imigração. Já nos esperavam meu filho Pedro Henrique, a nora Sophie, além do neto americano, com veículo com capacidade para transportar sete passageiros e nossa volumosa bagagem. Cansados em face da longa viagem, fomos primeiramente para hotel da localidade visando à obtenção de um bom descanso antes de iniciarmos a jornada pela terra natal de meu neto Arnaud.



5. Vale registrar que o Texas, com 682.248 km2 e 22 milhões de habitantes, é, tanto em tamanho como em população, o segundo maior estado dos Estados Unidos (o maior da área continental), a que foi anexado em 29 de dezembro de 1845. Austin é a sua capital e Houston a maior cidade, com cerca de dois milhões de habitantes. É chamado de Estado da Estrela Solitária, em função do desenho de sua bandeira.



6. Tendo um dos melhores sistemas rodoviários do País, foi-nos possível viajar com rapidez e facilidade por suas estradas, utilizando os cintos de segurança na forma recomendada pela legislação local (o Arnaud, por sua pouca idade, usava o assento especial para crianças). Nos caminhos percorridos encontramos muitos lugares para as paradas, todos com banheiros e alimentação.



7. Em Houston, passamos um dia inteiro no “Johnson Space Center” (ou “Space Center Houston”), onde embarcamos em uma espécie de trem que nos levou a conhecer alguns prédios e galpões da NASA. Neste passeio, pudemos visitar, entre outros pontos, o local de montagem e manutenção dos ônibus espaciais e o centro de controle das missões, onde havia menção à parceira Agência Espacial Brasileira. No “Space Center Theater” acompanhamos em um telão o lançamento ao espaço de ônibus espacial na Flórida. Os netos, principalmente o Alexandre e o Luís Guilherme, aproveitaram muito a visita ao local, vendo todos os equipamentos da NASA ali expostos e divertindo-se com os brinquedos disponíveis e as encenações com super heróis.



8. Outro lugar de Houston que tomou grande parte do nosso tempo foi o “Houston Museum off Natural Science”. Ali se encontra uma coleção permanente sobre dinossauros, minerais e muitas outras coisas, bem como uma sala de projeção de última geração e um elogiado planetário. Quanto aos restaurantes da região, nada há do que reclamar da comida e do atendimento.



9. No último dia na cidade, desejamos conhecer o “Menil Collection”, museu com valiosas e raras peças de arte incluído no livro “1.000 Lugares para Conhecer Antes de Morrer”, best-seller de Patrícia Schultz. Infelizmente, encontramos as portas fechadas em virtude de feriado regional. Após circularmos pelas principais avenidas e ruas da localidade, seguimos em frente, certos de que, se dispuséssemos de mais tempos, teríamos outros pontos interessantes para visitar.



10. No carro, o Arnaud sempre ficava entre nós, os avós. De vez em quando, cansado da viagem, ensaiava um choro. O único jeito de acalmá-lo era cantarmos. Se fosse do seu agrado, ele logo se aquietava.



11. O próximo destino de nossa viagem foi San Antonio, onde ficamos hospedados em confortável hotel. Tivemos, então, a oportunidade de conhecer a Missão de São Valério, conhecida hoje como o Álamo, fundada em 1718. No mesmo dia, demos um passeio pelas margens do “San Antonio River”, almoçando em agradável restaurante ali encontrado. Comemoramos, então, meu aniversário, tendo eu recebido de presente do filho e da Sophie um belo relógio Tissot, enquanto aparelho de TV mostrava jogo da Copa do Mundo.



12. À tarde, um passeio pelos museus “Louis Tussaud’s Plaza” e “Believe It or Not”, com figuras de cera e personagens ou objetos estranhos, respectivamente. À noite, o Pedro Henrique, o Alexandre e o Luís Guilherme ainda tiveram disposição para ir a um cinema local.



13. O dia seguinte foi ocupado com visita ao “Sea World San Antonio”, um belo e completo parque aquático. Levei minha sunga que sempre me acompanha nas viagens, mas não pude usá-la, pois meu filho alertou-me que isso não era comum naquelas bandas. Fiquei esperando que houvesse uma só pessoa vestindo-se com peça da espécie, o que me encorajaria a usufruir as piscinas e corredeiras, mas foi infrutífera a minha busca. As crianças esbaldaram-se, inclusive com o “show” dado pelos golfinhos e baleias.



14. Também estivemos no “Enchanted Springs Ranch” (http://enchantedspringsranch.com/), sentindo-nos como visitantes de cidade do faroeste dos filmes de “cowboy” de nossa infância. Diverti-me muito, brincando com os netos de bandidos e mocinhos. Parecia que, de uma hora para outra, iria encontrar com meus ídolos do tempo de criança, como o Gene Autry, Rocky Lane, Roy Rogers, Tom Mix, Durango Kid e Hopalong Cassidy. Havia ali um grupo de idosos que participavam de encontro de ex-colegas do “high school”. Homens e mulheres com idade avançada pareciam impúberes, sentindo-se mais jovens com as lembranças da juventude.



15. A próxima parada foi em Austin, capital do Texas. Estivemos no Museu e Biblioteca Lyndon Johnson, onde pudemos conhecer a vida do Presidente que deu nome às entidades. Vimos ali, entre os presentes recebidos pelo governante, jóias oferecidas pelo Governo Brasileiro. Também visitamos o Campus da Universidade do Texas e o Complexo do Governo no Centro da Cidade, inclusive o Capitólio, em cujo livro de visitantes deixei minha assinatura, como faço em todo ponto turístico por que passo. Caminhamos e lanchamos na “Congress Avenue”.



16. Passamos, posteriormente, pela bela e agradável cidade de Boerne. Almoçamos no excelente restaurante “The Creek Restaurant” (http://creek-restaurant.com/), situado à beira do rio local, em elegante prédio do Século XIX. Tivemos a oportunidade, também, de dar um passeio a pé pela arborizada e florida localidade.



17. Cantando quando o Arnaud cobrava e parando vez ou outra para lancharmos e usarmos os banheiros, seguimos para Laredo, onde ficamos hospedados na casa do filho Pedro, então professor de economia na “Texas A&M International University”. Visitamos os “shoppings” locais, para alegria do Alexandre e Luís Guilherme, que queriam comprar todos os jogos eletrônicos que viam. Também passamos pela Texas A&M, pelo Museu da República do Rio Grande e por prédios públicos, além das voltas de carro pelas ruas e avenidas da cidade. O calor era bravo, o que desestimulava as caminhadas.



18. Como Laredo faz divisa com o México, eram muitos os naturais daquele País ali radicados. Tal proximidade levou-nos, eu e a Lúcia, a irmos até a mexicana Nova Laredo, embarcando ali para a cidade do México, onde também gozamos bons momentos da nossa viagem. O problema foi no retorno. Pegamos na fronteira uma fila quilométrica, juntamente com os mexicanos que se acotovelavam, de forma desconfortável (nem banheiro havia no local), para ingressar nos Estados Unidos. A sorte foi a intervenção do Pedro Henrique que conseguiu, junto aos guardas, uma atenção especial para os idosos brasileiros.



19. Finalizando a viagem, retornamos a Houston, desta vez de avião. E para nossa surpresa, a aeronave era da empresa brasileira Embraer, de cujo conselho fiscal eu participara como representante do Ministério da Fazenda.





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