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Artigos-->Sérgio Macaco: O homem que faz a diferença -- 18/02/2010 - 15:51 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Título: SERGIO MACACO: O HOMEM QUE FAZ A DIFERENÇA!

Enviada por: scantamburlo

E-mail: ozarfilho@hotmail.com

Cidade: marataizes - e.santo

http://www.reservaer.com.br/gb7new/detalhes.php?pSerial=34275



Dia 12 de junho de 1968, o capitão aviador Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, servindo no PARASAR, foi convocado a uma reunião, foi recebido no gabinete do ministro da Aeronáutica pelos brigadeiros Hipólito da Costa e João Paulo Burnier, que viria a se tornar conhecido como torturador e assassino.



Sérgio era admirado por indianistas como os irmãos Vilas-Boas e o médico Noel Nutels. Foi amigo de caciques como Raoni, Kremure, Megaron, Krumari e Kretire. Os índios o chamavam "Nambiguá caraíba" (homem branco amigo). Aos 37 anos, Sérgio Macaco (como era conhecido na Aeronáutica) já tinha seis mil horas de vôo e 900 saltos em missões humanitárias, de resgate e socorro em geral. Todavia, o tipo de tarefa que lhe seria proposta ali pelos oficiais não era nem um pouco digna ou solidária.



- O senhor tem quatro medalhas por bravura, não tem? - indagou Burnier.



Sérgio respondeu afirmativamente. Então o brigadeiro continuou:



- Pois a quinta, quem vai colocar no seu peito sou eu. - Fez uma pausa.

- Capitão, se o gasômetro da avenida Brasil explodir às seis horas da tarde, quantas pessoas morrem?



Achando que a pergunta se referia apenas à remota hipótese de um acidente na cidade do Rio de Janeiro, Sergio respondeu:



- Nessa hora de movimento, umas 100 mil pessoas.



Foi nesse momento que os dois brigadeiros começaram a explicar um terrível plano terrorista das Forças Armadas e qual deveria ser a participação de Sérgio. Os dois propuseram que ele, acompanhado por outros membros do PARASAR, colocasse bombas na porta da Sears, do Citibank, da embaixada americana, causando algumas mortes. Em seguida, viria a grande carnificina: queriam que dinamitasse a Represa de Ribeirão das Lajes e, simultaneamente, explodisse o gasômetro. As cargas, de efeito retardado, seriam colocadas pelo capitão Sérgio, que depois ficaria aguardando, no

Campo dos Afonsos, o surgimento duma grande claridade. Aí, ele decolaria de helicóptero e aportaria no local da tragédia posando de bonzinho, prestando socorro a milhares de feridos e recolhendo mortos vítimados pela ação da própria Aeronáutica.



Colocariam a culpa nos grupos esquerdistas que lutavam contra a ditadura. Sérgio seria tido como herói por salvar as supostas vítimas dos "comunistas" e receberia sua quinta medalha, enquanto a ditadura teria um pretexto para aumentar a repressão a socialistas e democratas.



O capitão se negou a participar de uma ação tão vil. Declarou corajosamente aos bandidos fardados:



- O que torna uma missão legal e moral não é a presença de dois oficiais-generais à frente dela, o que a

torna legal é a natureza da missão.



Outros em seu lugar simplesmente encolheriam os ombros e obedeceriam aos superiores, iriam se desculpar dizendo que estavam apenas "cumprindo ordens". Mas Sérgio era ético, íntegro, não tinha obediência cega a ninguém: seguia, acima de tudo, sua consciência e valores. Era um homem de verdade: denunciou o plano diabólico e evitou aquela que seria a maior tragédia da nossa história.



Foi perseguido pela ditadura, discriminado, removido para o Recife, reformado na marra aos 37 anos, cassado pelo AI-5 e pelo Ato Complementar 19, curtiu prisão... só não puderam quebrar-lhe integridade e honra, sua firmeza de ser humano. Sérgio se recusou a ser anistiado.

"Anistia-se a quem cometeu alguma falta", costumava dizer. "Não posso ser anistiado pelo crime que evitei".



Em 1970, necessitando de um tratamento de coluna, aconselharam- no a não se internar em unidade militar, pois certamente seria assassinado lá dentro. Graças ao jornalista Darwin Brandão, com auxílio do médico Sérgio Carneiro, o capitão acabou sendo tratado clandestinamente no Hospital Miguel Couto.



Nos anos 90, o Supremo Tribunal Federal determinou indenização e promoção de Sérgio a brigadeiro. Tal sentença dependia, porém, da assinatura de Itamar Franco. Itamar, como se sabe, não é nenhum modelo de virtude e, não por acaso, foi vice do corrupto Fernando Collor de Mello, que foi prefeito biônico de Maceió durante a ditadura e se criou politicamente graças ao regime militar...



Por seis meses, o presidente Itamar Franco, mesmo sabendo que Sérgio estava acometido de um câncer terminal no estômago, guardou, na gaveta, a sentença do STF favorável ao capitão. Só a assinou três dias depois da morte do herói, ocorrida em 4 de fevereiro de 1994.



Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho (cuja história é narrada no documentário "O Homem que disse Não" do diretor francês Olivier Horn) foi enterrado no cemitério São Francisco Xavier no Caju sem honras militares. É lembrado, entretanto, por todos aqueles que valorizam vida, ética, honestidade, coragem. Sérgio provou que, ao contrário do que muitos dizem, uma pessoa pode mudar a História: cada um de nós faz diferença no mundo.





Comentários





Autor NOGUEIRA Data 17/02/2010-1:05:28hs



Só um pequeno reparo:



Sérgio Macaco era oficial intendente.



Fabianas saudações,

NOGUEIRA.





Autor NATHAN Data 17/02/2010-1:21:28hs

Explica-se. Para saltar é preciso voar, por isso o grande herói tinha 6.000 hs de vôo! Deveria haver uma estátua do Sergio Macaco em cada quartel da FAB. Infelizmente honra, grandeza, lealdade, não é o forte dos militares da atualidade!

Bom Apetite!





Autor Souza Data 17/02/2010-1:33:19hs

Intendente paraquedista???





Autor Benonil Data 17/02/2010-2:16:58hs

Não estou querendo julgar, mas ouvi de vários seus colegas de turma, bem como de um seu ex-chefe, de quando ainda aspirante intendente, que o desejo de aparecer que o mesmo demonstrava poderia levá-lo a inventar o episódio do Gasômetro.

Repito: não estou querendo denegrir, apenas acrescentando opiniões de pessoas que conviveram com ele.





Autor Diniz Data 17/02/2010-2:56:11hs

Bueno, pode ser verdade como pode não ser. Não sou inocente, mas com todo respeito, o poder corrompe os indígnos. Continuarei na dúvida até que alguem nos dê mais subsídios.

Gostaria de le mais sobre isso. Onde?





Autor Francisco J. Dellamora Data 17/02/2010-3:16:07hs

A colocação dessa estorinha fantasiosaa de totalmente desprovida de qualquer fundamento é, com certeza, o pior momento deste clube virtual, uma grande idéia e um árduo trabalho de abnegados.

É preciso não ter qualquer idéia de como funciona uma instituição militar, além de não conhecer a real folha corrida do fracassado e indisciplinado capitão, o maior "fetiche" do revanchismo e da irresponsabilidade da esquerda revolucionária brasileira.

É, além de tudo, uma vergonhosa ignomínia, que infantilmente se utiliza da invencionice psicopata para denegrir dois oficiais-generais já falecidos, que não têm como se defender das barbaridades aqui transcritas.

Sugiro ao autor da absurda transcrição da matéria que se informe sobre a "farsa parasar" e depois apresente a todos nós suas excusas pela gravíssima falta que cometeu.

Para fazer a "meia dúzia" de no máximo 100 ou 200 saltos, nenhum oficial-intendente faria nem 600 horas, quanto mais 6.000, que poucos aviadores miltares fazem ao longo de toda a carreira. Mesmo que tivesse chegado a coronel, lembrando que passou à inatividade, por indisciplina, nos posto de capitão.

Apesar de nem merecer o autor, da história verdadeira, razão pela qual não foi cumprida a decisão judicial que promoveu o capitão a brigadeiro, aqui deixo apenas o primeiro capítulo da farsa:

O então comandante da terceira Zona Aérea, Maj. Brig. Newton Rubem Scholl Serpa, solicitado pelo comandante do primeiro Exército, Gen. de Ex. Ramiro Gonçalves, houve por bem escalar tropa do Para-Sar para compor o grupamento militar que fez a segurança da passeata, realizada na ocasião da missa de sétimo dia da morte do estudante Édson Luiz Souto, morto numa manifestação estudantil no restaurante do Calabouço.

Foi a esta ordem do Brig Serpa, nada de Burnier ou Hipólito, que o capitão indisciplinado reagiu, tentando afirmar, influenciado por outro cap. esquerdista seu colega, que o para-sar existia para salvar vidas, não para participar de ações militares como a havida.

Muito engraçado um milico achar que sua unidade só serve para salvar vidas! Se ainda fosse capelão!





Autor castro Data 17/02/2010-3:52:14hs

Só pra lembrar um pouco Itamar Franco, este cidadão, com o impedimento de Collor, procurou os três ministros militares da época para perguntar se estes tinham algo a opor a sua posse; obtendo sinal verde, seguiu então com os trâmites para assumir o cargo. Decidiu substituir todos os titulares dos ministérios da era Collor, exceto as pastas militares. O gaúcho Pedro Simon, envergonhado com a situação e amigo de Itamar, disse-lhe que todos iriam dizer que o mesmo era tutelado pelos militares. Itamar então, muito constrangido, pediu os cargos, substituindo-os pelos mais antigos em cada Força. Não sem antes conceder mimos. Foi o mais covarde e frouxo dos Presidentes recentes do país; já de pijama, assumiu o governo de MG, causando um desastre nas finanças públicas. Ao menos teve a ombridade de não tentar reeleger-se, cedendo o cargo para Aécio. Somente numa republiqueta de bananas um vice-presidente consulta militares se estes são favoráveis ao cumprimento da Constituição que determina assunção do vice em caso de impedimento do titular. De um indivíduo alçado à presidência nestes moldes, nada mais normal que descumprisse uma decisão do STF para promover o citado Oficial, objeto do post. Ainda bem que Itamar na atualidade é fóssil político e nada mais apita nos destinos do Brasil.





Autor luiz carlos Data 18/02/2010-1:06:56hs

O Itamar cometeu um erro pior quando não procurou o Pop Star Castro (Curly) para saber se este o aprovava como presidente.





Autor Paulino Azevedo Amaro Data 18/02/2010-9:27:18hs

Sobre o caso PARASAR, ficará sempre o dito pelo não dito. Segundo os defensores do capitão Sérgio "Macaco", todos que estariam com ele na tal reunião e que, portanto, ouviram a suposta proposta do falecido Brigadeiro Burnier, na hora em que foram inquiridos sobre a alegada veracidade dos fatos, "roeram" a corda. E houve, naturalmente, aqueles que inocentaram o famoso Brigadeiro. Porém, como dizem os doutos juristas, “o que não está nos autos, não está no mundo”. Portanto, que apresentem as provas, os que acusam e os que defendem. Mas naquela época, todos sabemos, houve exageros de ambos os lados. Vide o caso Rio-Centro. Ou será que aquele triste e quase trágico episódio também não passou de mera invencionice?... Um inquérito conduzido pelo EB, na época quis provar que sim.

E quanto à volta a esse assunto, cabe perguntar: Esta Tribuna é livre ou não é? Ou será que a censura do projeto de “Direitos Humanos” do presidente da República já está vigorando por aqui?





Autor Henrique Data 18/02/2010-0:29:53hs

Os que defendem ser estória da carochinha, esse episódio do Gasômetro, decerto esquecem facilmente da lambança Riocentro.



Ora, achar que fosse impossível, que o capitão era indisciplinado e maluco é, claro, a melhor saída para bater o pé numa crença maldita que a hierarquia e disciplina justificam ordens dessa natureza.



Para o Souza, sobre sua pergunta de intendente PQD", creio que seria bom o mesmo ler mais sobre o que acontece na Força na qual diz ter pertencido.



No PARASAR, amigo, existem todas as especialidades reunidas, em prol de atividade-fim que independe de ser médico, infante, aviador, etc. (Leia mais e conheça mais a sua casa!)



Como o colega discorreu, se não há provas, não existe no mundo jurídico.



Mas, é algo absolutamente covarde e perigoso duvidar da possibilidade de haver ordens com tal propósito.



O Riocentro está aí, pertence à história recente e serve como prova dessa maluquice humana.





Autor castro Data 18/02/2010-4:50:23hs

Por muitas décadas o Parasar foi comandado por Oficiais Intendentes. Somente no período mais recente, tal comando é prerrogativa de Oficial Superior de Infantaria. Basta visitar a página oficial da unidade, na internet, e acessar a galeria de ex-comandantes.







Fonte: http://www.reservaer.com.br/gb7new/detalhes.php?pSerial=34275





*



Mensagem recebida de Pedro Paulo Rocha, oficial da Força Aérea, também cassado, e que foi anistiado recentemente:



Re: Aviso de Publicação de Texto&
8207;

De: Pedro Paulo (p.rocha@...)

Enviada: quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010 21:01:25

Para: editor3@usinadeletras.com.br

Cc: Felix Maier (ttacitus@hotmail.com)



Meu caro



O lamentável artigo "Sérgio Macaco, o homem que faz a diferença" é um tremendo absurdo.



Eu fui colega e amigo do Sérgio. Sei que ele era um homem honesto e bravo, e que foi cassado injustamente. Mas esta versão é totalmente absurda. Ele nunca recebeu ordens para explodir gasômetro ou praticar qualquer ato terrorista. Foi inventada como uma represália pela perseguição que sofrera e não tem qualquer fundamento.



O que ele se recusou a fazer foi participar de missões não precípuas do Parasar, como participar de patrulhas de rua e fiscalizar atividades suspeitas, alegando que não era de sua competência.



O Burnier era também um sujeito extremamente honesto, embora prepotente e voluntarioso, Jamais iria pensar numa atividade tão louca e despropositada.



Pedro Paulo Rocha





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