Temos que saber a hora de nos retirarmos de cena.
Não adianta prolongarmos a agonia.
Quando percebemos que nosso papel já foi cumprido ou que o nosso desempenho não está agradando mais, temos que abandonar o palco e dar oportunidade a novos atores.
Não adianta ficar desempenhando o mesmo papel por anos a fio quando a nossa atuação já não está agradando ao público.
Estamos todos desempenhando papéis a vida inteira.
Já fiz papel de filho, irmão, namorado, amante, marido e pai.
Hoje só me resta o papel de velho rabugento.
A vida é um grande palco onde todos somos atores.
Alguns são bons atores, conseguem agradar durante bastante tempo, outros nem tanto, mas todos têm que saber a hora de retirar-se de cena.
Recife, 10/06/99 |