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Infantil-->O PEQUENO BEIJA-FLOR -- 04/04/2002 - 16:50 (LINDAMAR C. CARDOSO DE MELLO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PEQUENO BEIJA-FLOR

Kari é uma linda, meiga e doce garotinha, tem mais ou menos uns quatro aninhos. Desde bebê, fôra uma criança calma, educada e muito carinhosa. Tem em sua fisionomia um ar de tristeza e solidão. Está sempre sozinha, em companhia de sua boneca inseparável e seu pequeno cachorro. Sua boneca, ela a chama de Biba e seu cachorrinho é o Bidu.
Bidu é alegre e gosta de aprontar umas desordens, mas é ele também quem faz com que Kari, às vezes, sorria. Ele corre, pula, puxa as roupas de Kari e faz com que ela corra atrás dele. Assim, ela sorri, fica um pouco feliz e mostra seus olhinhos brilhantes de alegria. Pena que o Bidu é um pouco preguiçoso e logo corre se esconder, pra tirar um cochilo.

Na parte da manhã, Kari anda atrás de sua mãezinha, nos afazeres da casa. Ela ajuda em tudo que pode, tem muita vontade de ajudar e assim contribuir na arrumação da casa e diminuir os afazeres da mamãe. Enquanto ajuda, ela fala o tempo inteiro com sua mãe. Tudo ela quer saber, tudo pergunta: Como? Quando? Por quê? Ela presta muita atenção em tudo que sua mãe faz e no que ela diz. Quando, dona Laila, mãe de Kari, termina de arrumar e limpar sua casa, pede para sua filhinha ir brincar no quintal, pois tem muito que trabalhar. Ela tem que fazer também o serviço que pegou de fora, para assim ter uma renda extra e ajudar no orçamento doméstico. Ela é muito talentosa, faz inúmeras coisas: Aceita fazer bolos de aniversários, faz decorações para festas, docinhos e também deliciosos salgadinhos.

O pai de Kari, sai bem cedinho de casa e trabalha em um escritório, bem longe de sua casa. Ele só volta bem à noitinha, quando ela já está dormindo. Kari, assim que sua mãe lhe pede para ir brincar, obedece imediatamente, pega sua boneca, seu cachorro e vão para o quintal, os três. Kari adora sua Biba, gosta muito de lhe dar banho. Prepara seu banhinho, pega uma esponja e lhe esfrega, assim como sua mãe faz com ela. Depois lhe seca bem e lhe coloca uma roupinha limpa. Trata de Biba como se ela fosse um bebezinho. O carinho e os cuidados que ela tem com sua boneca, ela aprendeu com sua mãe. E, como sua mãe faz, ela também pega a roupa suja da Biba e lava para que no dia seguinte, ela esteja seca e limpa, para de novo trocar sua bonequinha.

Bidu, é um pouco agitado e gosta de perturbar a Kari. Quando ela está cuidando da Biba, Kari, às vezes, tem que brigar com ele para que ele sossegue. Aí, ele fica quieto e acaba dormindo, deixando assim, ela e sua bonequinha em paz.

Certa manhã, quando Kari cantava tristemente, para sua Biba dormir, ela viu um lindo pássaro, que vinha até ela e fazia mil acrobacias para lhe chamar a atenção. Bem ali perto, havia um pequeno arbusto salpicado de lindas e perfumadas flores. Flores de vários formatos e tamanhos, pois umas estavam bem abertas, outras se formando e outras querendo abrir. O pequeno pássaro pousava numa flor e em seguida corria para o lado de Kari, mostrando sua leveza e agilidade. Quando Kari percebeu que ele queria lhe chamar atenção, levantou suavemente sua cabecinha e ficou admirando seus lindos, leves e rápidos movimentos. Logo seus brilhantes olhinhos sorriam de alegria ao verem tão encantador passarinho. Sorrindo alegremente, passou a bater palmas e a falar com o pequeno Beija-flor.

- Oi, lindinho! Que cores bonitas você tem. Eu gostaria de ter todas essas cores, para pintar você no papel. Como é o seu nome? Você tem uma mamãe? Tem um cachorro para brincar?

- Bem, uma pergunta de cada vez!!! Primeira resposta: Meu nome é Beija-flor. Pelo menos é assim que todos me chamam...

- Ah! Já sei porque... Porque você vive beijando as flores.

- Também é isso, sim. Também, porque os nossos alimentos estão nas flores e para me alimentar, tenho que sugá-las. O suco das flores são os nossos principais alimentos.

- O suquinho é gotoso e bem docinho, como aquele que minha mãe me dá?

- É sim, ele é bem gostoso e principalmente é o nosso alimento preferido. Comemos também alguns pequeninos insetos, mas, gostamos mesmo é do néctar das flores. Sabe? Eu também sei dançar... Sei pular, sei bater tão rápido minhas asas que quase pairo no ar. Você quer ver?

Sem esperar resposta, o pequeno Beija-flor, foi fazendo suas demonstrações e deixava o rostinho de Kari corado e feliz que até parecia uma grande festa.

- Beija-flor, você sempre vem aqui?

- Quase sempre, moro bem pertinho daqui. Quando essa planta fica assim cheia de flores, estou diariamente por aqui. Sempre que venho, vejo você conversando com sua bonequinha e seu cachorrinho. Eu adoro esse lugar, está sempre fresquinho e cheio de pequenas flores. Só não gosto de ver você com esse seu ar de tristeza. Você é tão linda quando sorri, que até se parece com um Anjo lá do Céu.

- Eu nunca fui até o Céu, por isso não vi esse Anjinho que você falou, mas na Igreja que vou sempre, tem vários Anjinhos, bem lá no alto da Igreja e eles são muito bonitos. Quando vou na Igreja, adoro ficar olhando para eles... Parece até que eles estão sorrindo para mim.

- Você deveria sempre sorrir, fica tão linda quanto os Anjinhos, aqueles que sorriem para você, lá na Igreja. Se você quiser, sempre virei aqui para brincar com você e lhe contar algumas novidades. O que você me diz, hein???

- Boa idéia, Beija-flor, eu estou adorando você. Além de lindo você é bem divertido! Espero que venha sempre. Vou estar aqui todos os dias lhe esperando... Quero ser sua amiga para sempre e você quer ser meu amigo também?

- Quero!!! Já gosto tanto de você, que nem tenho vontade de voltar para a minha casa.

- Você não me disse se tem mamãe e papai?

- Tenho sim e também um monte de irmãozinhos, assim como eu. Tem uns que são tão parecidos comigo, que se eles vierem aqui, você não saberá dizer se são eles ou eu!!!

- Acho que vou sempre lhe reconhecer... Para mim, você é um pequeno Beija-flor Encantado, tem um jeitinho todo especial. Dança como nenhum, pula com tanta graça e leveza que até parece um floquinho colorido de algodão. Seu bater de asas é tão delicado e cheio de graças, que nenhum deve fazer igual.

- Tem razão, eu fiz isso tudo porque quis lhe chamar atenção. Não quero que nunca mais você fique de carinha triste. Se eu soubesse cantar como os canarinhos, cantaria umas lindas melodias que criaria só para você.

- Acho que se você quiser, irá tirar lindos sons dessa sua pequenina boca. Sua voz é tão suave e tão meiga que parece uma linda canção, pois sinto uma grande ternura quando lhe ouço.

- Bem, Kari, tenho que ir, também sua mãezinha está lhe chamando. Mas, me espere, amanhã bem cedo, aqui estarei para ficarmos um pouco juntos. Gosto muito de você!!! Não verei a hora de encontrá-la de novo... Posso lhe dar um beijo e receber um seu?

- Claro, meu encantado Beija-flor, um beijinho nesse pequeno bico. Até amanhã, meu amiguinho. Tenho certeza que essa noite irei sonhar com você, pois você é lindo demais.

Kari, com toda a delicadeza, deu-lhe um beijinho e ficou imóvel, quase que paralisada olhando o pequeno e lindo pássaro sumir...


Lindamar C. C. Mello.
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