Não posso dizer dessa água não beberei...
Contudo, na minha sã consciência, não irei me envolver na mortalha por escolha bruta.Tão pouco deixar-me seduzir pelos encantos que a viúva das sombras nos lega, quando argui em nossos ouvidos, no silêncio dos nossos segredos,uma liberdade... Uma viagem, viagem sem redenção do lógico, das tormentas, que no dia-a-dia temos que viver e enfrentar.
Seja qual for a dor, não seja pra tanto o temor, a menos que não haja amor.Mas não haver amor!?...
Nós somos o amor, pelo menos feitos. E isso me dá o direito de ir ao senhor.
Agora relegar a minha vida ao destino vã de minha egoísticamediocridade.
Não, não... Não sou digno nem do sangue que floresce as minhas forças,sou um puro pecador, como posso eu ousar contra mim.
Quero me entregar ao leito da morte por causa da liberdade, pela necessidade de viver atráves do tempo a eternidade.
Não é altivez, é que com tantos erros, quero acertar uma vez.
Quero ao menos fazer sorrir os meus filhos e tentar amar os meus contrários.
Quero ao menos juntar as mãos e agradecer ao pai, pelo dia que nasce.
Deus tenha piedade das almas que ouvem o chamado do absurdo. |
