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Poesias-->o fruto do bem e do mal -- 12/11/2002 - 13:00 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ser é social...Homem animal?

Razão irracional...Bicho!

Em agregação esse “Homo Sapiens”,

Na sociedade dos seres vivos,

Biologicamente ativos,

São objetos de que ciência?

Ciência social?

Biologia animal?

Controle pré-natal

Controle anti-social

Contorcer a idéia de ciência...

Condorcet tem idéia de ciência?

Ciência humanóide

Que analisa o asteróide

Homem e macaco e o planeta dos macacos

São todos iguais

Todos são animais?

“Ordem e Progresso!”

É tudo o que eu peço!

Não contem com o Comte

Prá mudar o mundo

Tudo é natural, fruto de norma legal

A lei naturalmente regula o social

E quem não “regula” querendo subverter

Essa ordem vai ser tratado como anormal?

E quem é o tolo que vai lutar

Contra a força do Império?

Então, Sr. Revolucionário, fala sério...

Seja sábio e se convença:

A pobreza no mundo

A miséria e o mal profundo

São leis naturais...

Seja natural e morra

De velhice legal!

Ó cientistas social

Veja o mundo sem preconceitos

Não deixe a ideologia tirar tua razão

Pra que contaminar tua ciência

Com essas visões de mundo viciadas?

Siga a receita que o Positivismo ensina

Siga a fórmula e o resultado será imparcial

A sociedade, Sr. cientista, é regida por leis imutáveis

Esquece revoluções...insurreições

Como podes crer em milagres:

Podes mudar a trajetória do sol

E diminuir o brilho das estrelas?

Como queres compreender o mundo

Os homens do mundo se usas

Lentes ideológicas, utópicas e míopes?

Segue a receita, homem,

Segue a ordem e obterás progresso!

A realidade é infinita?

E é tão imensa que não se pode conhecê-la plenamente?

Um conjunto de coisas

Seres coisificados

Cada qual com seu número de série

Homens, mulheres, crianças, cavalos...

Nascem, crescem e morrem

E quem se importará com a morte do João?

Quem se importará com as torres que tombaram?

Que método aborda aquela morte

E que método, essas?

Homens são gotas do mar?

E o oceano é feito de sangue e cérebro?

O que é mais importante:

A maçã colhida ou o corpo do soldado em Waterloo?

A mãe que vê o filho morrer de fome

Importa-se com os corpos despedaçados das batalhas?

É lógico ver o céu e não senti-lo azul?

Ou ver o sol e não sentir seu calor?

Quis dizer Weber: “O fato e o valor são

Imparissílabos, intocantes, díspares...”?

Um soco na face pode suscitar-me a ira

Contudo não posso deduzir do fato

Que o meu agressor é vil?

Que sua mãe o abandonou criança?

Que sua mulher o traiu?

Eis aí juízos de valor

Oriundos de um fato?

Uns se explicam pelo outro?

O meu rosto dói

E o coração dói

Que coração: do agredido ou do agressor?

Devo dar a outra face

Ou retribuir o feito?

Nenhuma coisa nem outra

Devo saber que minha reação ao fato

Não pode estar submissa à minha têmpera!

Que engano é esse?!

Como posse ver um mendigo morto

E não questionar: por quê?

Seria ele qual uma árvore cuja morte

Pouco me angustia?

Como pode minha ciência ser isenta

De minhas convicções?

O corpo que cai ao lado

As lágrimas que abundam no mundo

Fruto de tantos assombros sociais

Chagas que enfeiam a vida

Nada me dizem?

Sou eu uma fria máquina que calcula os fatos

Contabiliza as tragédias e diz:

“Nada posso fazer”?

A indiferença aos caos social

Às evidentes violações da humanidade

São amostras de uma imparcialidade científica?

Ou evidência de uma hipócrita e fútil ciência,

Que foge do horror por covardia?

Toda ciência é parcial

Na medida em que a razão

É manipulada por forças históricas?

Ser imune às pressões ideológicas

Estar livre de suas próprias convicções

E por isso não imprimir nos atos

Nenhum desvio que lhe exponha a parcialidade

É tão impossível quanto olhar o fogo

E não ponderar como tal elemento

Age contraditoriamente à mercê de quem o manipula:

Aquece do frio

Mas em excesso mata...

Cozinha o alimento

Mas em excesso o torna impróprio...

Tanto quanto ao abrir os olhos o recém-nascido

Estranha a luz, rejeitando-a reflexamente,

A mesma que o guiará no restante dos dias...

Ciência: luz e trevas, vida e morte.

Pinicilina e bomba H, o que há?

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