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Poesias-->Renascimento - O Feitiço do Tempo -- 07/11/2002 - 00:29 (Maria de Fátima Lima Castanheira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Durante anos, uma vida

acordei todos os dias, abri a mesma porta

e vi os mesmos sinais no caminho

sempre a mesma paisagem: mesmo sol, mesma lua

que não via nem minguante nem cheia



Por séculos, muitas vidas,

olhei no espelho – tão rapidamente sempre –

pois que tudo que os olhos do espelho viam

era uma estranha que abaixava os olhos

para o reflexo do que não podia reconhecer.



Em um dia tão igual aos outros,

no entanto, aconteceu uma mágica

que fez um milagre:

quando acordei e abri a porta,

nem caminho, nem mesmo céu, nada.



Eu tive raiva, eu tive medo nesse dia

eu matei, eu morri, eu vivi

a dor da morte pela guerra, catei os ossos

e implorei - a mim -

perdão, perdão, perdão.



Renascida

de tamanha fragilidade e solidão

desenterrei a mais cega fé

o mais puro amor incondicional

em mim e na vida.



Num só dia que foi virando semana, mês, dois, tres...

sem deixar nunca de ser um só dia - e jamais o mesmo

o único que me restaria pelos anos, décadas, que vivesse,

aconteceu um milagre que fez uma mágica

e nunca outra vez mesmo céu, mesmo sol.



Atônita,

vi a lua mudar de fase tão rapidamente

que Lilith e São Jorge se amavam

faziam amor, se matavam

e depois nasciam e descansavam.



Então, como num passe de mágica

os olhos do espelho e os meus se encontraram

e eu soube do milagre:

tinha voltado para casa

da minha alma.



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