O TRABALHO

Padre João Modesti



Nós lemos no Livro Sagrado que o Criador ao fazer o homem deu-lhe a lei do trabalho para que ele se sustentasse. O homem precisa de se alimentar. Para isso foi dotado de força física e intelectual para que pudesse providenciar às suas necessidades. Por isso o homem que foge do trabalho ou é um anormal ou é alguém que como parasita vive ou quer viver a custa dos outros não olhando os meios para isso. E aí vemos uma aberração humana. Pois há legiões em todos os países que formam essa categoria de parasitas.



Infelizmente há o que têm vontade de trabalhar, mas muitas vezes não há empregos.



E o pior é que muitas vezes os meios que os parasitas usam prejudicam os que querem realmente trabalhar. Como é triste ler no noticiário cotidiano fatos dolorosos de latrocínios, de roubos, de estelionato etc. São pessoas que querem fugir de uma lei imposta pelo Autor da natureza. Não olham as conseqüências nem para si, nem para a sua família e nem para a família de suas vítimas.



O trabalho deve ser exercido com alegria, pois a consciência me diz que estou cumprindo uma lei e honestamente estou me sustentando e a minha família.



As leis humanas determinam o tempo do trabalho, o tempo de folga e o mínimo que deve ganhar. Creio que ninguém deve fugir de certas normas.



Quando alguém vai ao trabalho de mau humor, esse trabalho não rende nada a ninguém, nem ao trabalhador e nem ao patrão. E o mau humor não vai resolver as dificuldades, antes pode aumentá-las. Devemos lembrar que todos nós precisamos uns dos outros. Aquele que é chamado patrão precisa do trabalhador e vice-versa.



Então haverá progresso, bem estar e harmonia na família humana. E todos saem ganhando: os indivíduos, as famílias e a pátria.



E se caso o trabalho de alguém não recebe o que é justo, o trabalhador tem o direito a usar das leis que o protegem. Mas que as use sem violência, dentro da justiça e num diálogo franco por meio dos seus representantes.



Porque infelizmente há pessoas que querem explorar aquele que trabalha. Por isso existem as leis que procuram coibir esses abusos.



Diziam os antigos que “somos servos das leis para que possamos viver livremente”. Que essas leis sejam justas quer para o trabalhador, quer para o patrão. Que nunca sejam feitas com intuito demagógico.





Padre João Modesti (1919-2005), Sacerdote Salesiano, professor de Física, Química e Matemática; Psicólogo doutorado pela Universidade Salesiana de Roma; autor com variada produção literária para cursos secundários e superior, de índole filosófica-religiosa.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.