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Artigos-->MORRENDO INTERNAMENTE -- 05/10/2009 - 08:12 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








MORRENDO INTERNAMENTE



Padre João Modesti




Por todos a morte é definida como a separação da alma e do corpo.



Ao menos para aqueles que acreditam numa alma imortal.



Essa é a morte à que todas as pessoas estão sujeitas um dia.



Porém há uma morte que nem todos têm ou terão. É a morte interior.



Talvez seja pior que a morte corporal pois, esta dura pouco tempo, ao passo que aquela pode durar anos e anos. Perguntará alguém: Quando se dá essa morte interna? É fácil a resposta.



a) Quando uma pessoa que tanto deu de si à família e à sociedade, começa a ser esquecido, ironizado, caluniado, desprezado e percebe que ninguém se lembra de tudo o que fizera. Isso tudo o vai matando lentamente causando atrozes sofrimento morais. Que o digam certas pessoas idosas!



b) Quando uma pessoa percebe que não tem ninguém que lhe dê um pouco de afeto. Vive sem amar e sem ser amado. Ë uma ilha no meio em que vive. A criatura humana sente necessidade de uma afeição para alguém ou para muitos. Mas não encontra reciprocidade à sua vontade. Isso é como uma lixa que a pouco e pouco o vai destruindo. Pobres solitários.



c) Quando chega à uma idade avançada e se vê como um trambolho para a família, vê-se sem mais amigos, percebendo em todos um só desejo que ele desapareça logo da face da terra, pois somente incomoda. Esqueceram da mocidade quando ele como uma grande árvore dava sombra e frutos para tanta gente. Tudo isso foi esquecido. São punhaladas lentas que o seu coração vai recebendo. Isso se dá em todos os ambientes, até naqueles onde se fala tanto de fraternidade.



d) Quando vê que os valores que foram os guias de sua vida são desprezados pelas novas gerações. E ele ainda se lembra dos ótimos frutos que aqueles valores produziam nos indivíduos e na sociedade e compara com os frutos dos novos valores que não produzem quase nada de bom, quando não produzem somente frutos que animalejam as pessoas em vez de elevá-las ao nível de uma criatura racional, feita à imagem e semelhança de Deus.



Pergunta então a si mesmo se valeu todo o esforço e sacrifício que fez no passado para adquirir e ativar aqueles valores. Coitado! Corre o perigo de se julgar um fracassado da vida.



a) Quando jovem abraçara um ideal.



b) Lutara por ele. Agora vê que esse mesmo ideal tão querido é julgado como algo de errado, de prejudicial para as pessoas. Dói pensar: fui tão ignorante que não percebi então que abracei uma ilusão, uma simples sombra? Perdendo ideal, perde-se a vontade de fazer qualquer coisa e somente há um desejo: ir embora desta vida.



c) As dores da alma são muito mais doloridas e mais longas do que as dores do corpo. Para estas pode haver remédio, mas para aquelas não há. Somente Deus as pode curar.





Padre João Modesti (1919-2005), Sacerdote Salesiano, professor de Física, Química e Matemática; Psicólogo doutorado pela Universidade Salesiana de Roma; autor com variada produção literária para cursos secundários e superior, de índole filosófica-religiosa.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.







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