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Artigos-->DEUS É O SILÊNCIO¬ AS RELIGIÕES SÃO O BARULHO -- 02/10/2009 - 13:47 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DEUS É O SILÊNCIO; AS RELIGIÕES SÃO O BARULHO



Fui criado dentro dos parâmetros cristãos ditados pela igreja católica, que em grego significa universal. Fui coroinha e sabia rezar o “confiteor” em latim inteirinho com apenas oito anos de vida. O “confiteor” (eu confesso) é a oração em que confessamos nossas culpas. Com aquela idade eu nem sabia o que eram culpas. Às seis horas da manhã subia na torre da igreja de São Simão para bater os sinos, chamando a população para o santo ofício da missa. Todos os dias fazia isto e gostava de fazê-lo. Em 1968 com 23 anos residia eu em São José do Rio Preto e tive vontade de entrar na igreja matriz daquela cidade a fim de fazer algumas orações. Havia um ato solene de casamento e fui expulso daquela igreja por alguns seguranças, alegando que minhas vestes não eram adequadas ao ritual de elevada posição social daquela gente toda. Era afinal o casamento de um grande fazendeiro da região e só entravam grã-finos. Triste, magoado com o vexame, senti muita raiva daquela faustosa reverência social-religiosa, a qual não se harmonizava com meus sentimentos. Naquele dia jurei a mim mesmo nunca mais entrar numa igreja católica porque se fosse realmente a casa de meu Pai tenho certeza que eu e nenhuma outra pessoa má vestida seríamos expulsos. E cumpri este juramento até... Até o dia de meu casamento! Ainda assim implorei a então minha noiva para não casarmos na igreja, e sim no cartório civil. Ela não aceitou e depois de muitas conversas garantiu que ganharíamos muitos presentes se a cerimônia fosse numa igreja. E assim, por interesse, acabei aceitando o casamento na igreja católica. Cheguei ao altar com uns gorós na cabeça.



Perdi a fé no catolicismo quando percebi muitas coisas erradas. Uma delas é a expressa proibição do Vaticano quando não permite o casamento de seus religiosos. Ora, isto cheira à sutilidade de não querer dividir a imensa riqueza conquistada, através de métodos não divulgados, com as mulheres que obviamente fossem casadas com os padres. Contudo, o Vaticano terá que dividir tal riqueza com famílias americanas, cujos filhos foram vítimas da pedofilia dos padres. Lá nos EUA existem leis duras, aqui as leis favorecem quaisquer tipos de crimes e muitos perigosos criminosos são paparicados, inclusive pedófilos ricos.



Agora vem a notícia de que o presidente Lula assinou um acordo com o Vaticano para que tenhamos nas nossas escolas públicas o ensino do catolicismo obrigatório. É mais uma herança dos tempos da “santa inquisição” e, além disso, uma flagrante violação do artigo 5º da Constituição de um país que se diz laico. Mas, para este presidente já em estágio final de governo, sem ter produzido nenhum ato importante que realmente marcasse seu mandato de oito inúteis anos, o acordo entre ele e o papa deve ser muito relevante. Nosso país ficará em pé de igualdade com os países do Oriente, da Ásia e outras plagas, onde as guerras religiosas instalaram-se há milhares de anos. O Brasil que sempre foi uma nação pacífica, religiosamente falando, apesar da guerra civil com a bandidagem, também terá os litígios religiosos, que se transformarão com o tempo em guerras. Fico a imaginar que este nosso presidente não tem mais nada que fazer no cargo de presidente, a não ser reinventar a discórdia em todo o país com tal medida. Discórdia religiosa, diga-se. Tenho vivido muito bem sem ser partidário de religiões, cujas ostentações de riquezas não combinam com a humildade de Jesus naquela missão de melhorar o homem e não fundar religiões.



Esperamos que o Senado não aprove tal matéria. Caso contrário estará aprovando uma declaração de hostilidade porque não são todos os brasileiros partidários do catolicismo. A catequização católica nas escolas públicas só vai trazer a discórdia e as mazelas dos conflitos. Morre mais gente em defesa de suas religiões do que em defesa de seus países. O catolicismo sendo currículo escolar obrigatório estará fadado a ser discriminado pelos cidadãos não católicos. Até hoje procuro me afastar dessas ostentações religiosas, principalmente quando lembro de meu melhor amigo, cheio de bondade, pobre, amante da vida, carregando uma cruz e morrendo nela para que eu entendesse o que é a vida! Tão amigo que deixou a receita de bem viver chamada de “Boas Notícias”. Jesus não fundou religiões e sim as regras de bem viver neste lindo planeta e nós estamos muito longe de praticarmos o que Ele sempre nos ensinou, principalmente a simplicidade, a humildade, a convivência com todos e o respeito aos animais e ao planeta e nós podemos iluminar o mundo apenas com o silêncio.



Jeovah de Moura Nunes

Escritor e jornalista



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