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Cartas-->38. ASDRÚBAL -- 26/08/2002 - 05:45 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Venho para resumir as esperanças de reencontro de todos os familiares. Morri bem cedo, aos oito anos, e isso faz muito tempo. Hoje tenho a honra (e não o privilégio) de estar na companhia de todos os parentes próximos, após vidas produtivas e organizadas.

Não participo, exatamente, do grupo, mas, como cá estive em outros tempos, tomando as lições que me faltavam, chamaram-me para o testemunho da recomposição e do amor. Aproveitei a oportunidade e detive-me a monitorar os aluninhos, para lhes dar segurança quanto à reposição de todos os anseios do reencarne, obumbrados pela dor e pelo mistério da morte, em época precoce.

No meu tempo, estive a deambular sem rumo, pela escuridão do etéreo, no limiar do Umbral, sem grandes sofrimentos “físicos”, mas tremendamente inseguro quanto ao futuro, porque a capacidade de raciocinar estava ofuscada pela infantilidade.

Cuidava de mim um tio distante, que não conhecera em vida e que, depois, se revelaria companheiro dos mais queridos.

Todas as histórias se aproximam nesse ponto, ou seja, sempre que alguém chega muito novinho, vem com penumbras de memória acentuadíssimas, ao mesmo tempo que se faz acompanhar de bondosos vigilantes, para o resguardo da inocência.

Se o despertar vier a ser violento, é possível que o espírito se inteire de pronto das falácias, vícios e crimes do estágio existencial anterior, caindo, irremediavelmente, em depressão psíquica, o que o colocará disponível para as entidades que desejam arrastá-lo para as profundezas do báratro. Nesses casos, a atuação dos “socorristas infantis”, vamos assim chamar os que se especializam no atendimento das crianças recém-egressas do plano material, fica prejudicada pela própria constituição espiritual do atendido.

O meu papel no esquema do Irmão José é de mero auxiliar dos protetores familiares. Quando se trata de algo mais sério, a exigir tratamento cientificamente arquitetado, só ele mesmo para contemplar o assistido com palavras e vibrações adequadas, para o que conta com o concurso energético dos integrantes do grupo de monitoria e dos demais alunos em condições de ajudar.

Raramente, o atendimento se dá por meio de elementos captados da espiritualidade superior, uma vez que os conhecimentos do mestre são suficientes para a organização de plano de atendimento e de recondicionamento psíquicos. Quando, porém, percebemos que o indivíduo está prestes a recuperar a lucidez relativa ao estágio imediatamente anterior ao reingresso na carne, o mais prático é a concentração em torno dos ideais cristãos, para oferecimento magnético sem restrições, a fim de que os seres situados no círculo imediatamente mais adiantado possam agir com rapidez e eficácia.

Nesses casos, como a ajuda é, por assim dizer, transcendental e como não sabemos por que meios “materiais” se processa, damos-lhe tratamento religioso, aguardando a vez, pacientemente, de nos colocarmos em condições de entendimento das leis cósmicas em jogo, para o efeito da cura ou da condução do indivíduo ao conhecimento da verdade, sem que desande emocionalmente.

Estou incumbido de descrever os aspectos menos embasados cientificamente, para demonstrar aos encarnados que os do etéreo também se encontram na mesma situação quanto à ignorância dos procedimentos dos que estudaram e se aperfeiçoaram em determinadas programações curriculares, às quais não temos acesso, por imaturidade intelectual ou por inaptidão sentimental.

Passamos a depender da fé na benemerência divina, que nos dá a compreensão dos poderes dos seres angelicais, da mesma forma que Kardec pediu aos encarnados que fundamentem tal virtude nos argumentos do racionalismo extraído da observação direta da realidade.

Muitos dirão que consigo nada aconteceu que pudessem apontar como sobrenatural, transcendental ou puramente espiritual, advindo da zona do mistério. É preciso, nesse caso, pensar de modo filosófico, isto é, dando à realidade valores não meramente passíveis de serem tangenciados pelos sentidos, já que a compreensão de muitos elementos se faz pela inteligência pura, como a presunção da existência dos corpúsculos que compõem os átomos ou das estrelas que se escondem no Universo.

É bem verdade que todos os dizeres poderiam ser elaborados pelo médium. Nesse caso, haver-se-ia de suspeitar de muitos defeitos morais ou psicológicos do amigo encarnado, pois a pregação das virtudes estaria sendo realizada por alguém interessado em outros resultados. Até mesmo este arrazoado sobre a necessária malícia do escrevente teria interpretação pejorativa.

Que poderíamos fazer para superar a dificuldade? Poderíamos contar os casos específicos, envolvendo nomes e fatos da realidade dos mortais, em ambiente historicamente confiável.

Pensamos seriamente nesse aspecto, mas não vimos no mediador condições de assimilar os dados nem de confrontá-los, posteriormente, com os testemunhos das pessoas citadas. Além do mais, há muitos depoimentos com tais qualidades, através da mediunidade sensível de Francisco Cândido Xavier e de outros expoentes espíritas. Para os que se deixam embalar por esse tipo de problema, recomendamos que pesquisem, que vão atrás dos elementos que se revelaram factíveis de averiguação, que não se limitem a tirar conclusões a partir de premissas meramente formalizadas nos preceitos da religiosidade católica ou protestante. Em suma, que esses amigos incrédulos se fartem no conhecimento direto dos fenômenos.

Quando nos decidimos por não revelar a identidade dos mensageiros, foi para incentivar a meditação sobre a temática discutida, dando como fato consumado a fé em que todas as mensagens se tenham originado no etéreo, por serem a vivência responsável dos que se sujeitam aos estudos do socorrismo, apresentando resultados de trabalhos levados a efeito sob a orientação dos mestres e o amparo dos colegas.

Eis tudo.

Fiquem com Jesus!

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