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Contos-->Psicologia caseira -- 17/08/2002 - 22:37 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Psicologia caseira


Autor: Daniel Fiúza
17/08/2002



Na cidadezinha de Icó interior do Ceará, morava Lucinha, menina prendada filha única e muito mimada por seus pais. Lucinha era um gracinha de garota, muito bonita e com um corpinho de tirar o fôlego. Seu Rodrigo pai da menina era um poço de ciúmes, vivia no pé da filha e fazia marcação colada. Mas um belo dia Lucinha foi ao baile no clube local, e lá conheceu Araquém; dançaram a noite toda e começaram a namorar. Seu Rodrigo viu tudo, e não via a hora de chegar em casa para falar com a filha; Primeiro deu bronca, mas não adiantou nada à menina continuou o namoro. O velho partiu para a chantagem; oferecendo uma viagem a Europa, um carro zero km, ou um aparelho de som novinho dos mais modernos. Lucinha nada aceitou, estava irredutível, disse para o pai que nada a afastaria do namorado. O pai vendo que a coisa era séria resolveu usar outro método: a psicologia caseira. Chamou a filha, pediu-lhe para apresentar o seu namorado (dela). Pois já que ela estava gostando dele, ele precisava ter uma conversinha de homem para homem com o rapaz. Araquém chegou cedo na casa da namorada, mas o pai da menina já estava esperando por ele. Depois das devidas apresentações; os dois se trancaram na biblioteca e ficaram cerca de uma hora por lá. Quando o garoto foi embora, o pai chamou a filha e disse:- Filhinha esse não serve para você; Descobri que ele é um tremendo chibungo, gay, um veadinho em potencial. A filha ficou chocada, e indagou: - Ele falou isso para o senhor, como o senhor chegou a essa conclusão? O pai calmamente respondeu: - Apenas usando a psicologia, com umas simples perguntinhas, já matei logo, e descobri o baitola enrustido nele.
Durante nosso papo, fiz três perguntas fundamentais; Primeiro perguntei qual era o legume que ele mais apreciava. Ele disse: - Chuchu. Depois perguntei; Se ele fosse um bicho, qual seria? Na hora me respondeu. - Uma onça. E por fim, pedi para ele falar um número qualquer, Incontinente ele me falou que adorava o numero onze. A menina ainda sem entender nada perguntou: - É daí, o que isso tem a ver? O pai cheio de moral lhe respondeu: - Ora filhinha, tá na cara, o garoto gosta de chuchu, “que dá o ano inteiro” Quer ser uma onça, “que só ataca pelas costas” Gosta do número onze, “que é um atrás do outro” O rapaz é uma bichona mesmo.
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