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Poesias-->POEMA DE AMOR -- 28/10/2002 - 00:44 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
POEMA DE AMOR



-Coelho De Moraes-



Um poema

onde as palavras não são minhas.

Bastam oitenta linhas

e seguida está a regra do concurso.



Começo assim:

Me abismo, sucumbo...

por mágoa ou felicidade

na manhã cinzenta ou amena.

Sofro, mas é uma idéia neutra.

Combina com a cor da manhã,

como se tateasse a água com o pé

sem solenidades ou doçura.



É sabido que a lufada de abismo

pode vir de uma mágoa.

Morremos juntos de tanto amar

Morte aberta

Morte em diluição etérea

Morte como um abismo em momento de hipnose,

é como receber ordens de desfalecer sem se matar.



Não há responsabilidades

quando se trata de abismos.

Podemos saber-lhe a doçura,

nada mais.

E nem é minha incumbência sabê-lo.

Talvez sucumbência abismal

e um forte aroma de jasmins.



Quando se abisma

é porque a morte se foi

e porque a sorte se foi

e porque o forte se foi

Sobrou apenas a imagem do outro

e um acre cheiro do charuto de Lacan.

De qualquer modo, oco e incompleto,

separado ou dissolvido

não serei recolhido em lugar algum.

Estar em luto de mim mesmo

e encontrar uma felicidade recolhida.



E vem o sonho.

A hemorragia que escorria de ponto algum de meu corpo.

Doce sensação de des-sofrer sem desaparecer

como se pensasse a morte ao lado

como se pensasse a sorte e o fado

como se pensasse o forte acometimento meu

e no abismo longínquo de um encontro improvável.



O abismo não é um aniquilamento oportuno.

Ele tergiversa e desloca as distancias.

Ele mascara a queda.

Filtra o vôo.

Êxtase.



O abismo é como um desmaio em Maio.

O sucumbir em Maio.

As palavras afirmam que se deve sucumbir na fraqueza.

Que se assuma o retórico e o contrário de tudo.

Uma recusa de coragem.

Que se assuma a queda!



Linha final

sem romper as regras.

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