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Cronicas-->A Bela da Tarde -- 18/06/2002 - 20:44 (Daniel Amaral Tavares) |
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Era rodoviária de uma cidade. Era também uma mulher atenta e um homem que gesticulava e dizia algo. Ela era feia, horrível quase. Ele falava.
Era eu que pensava em coisas de tempos longínquos enquanto alheios, acusavam a existência um do outro.
Era feíssima.
Era uma luz que furava o rígido esquema das sombras, que surgiu do sorriso tonto da mulher que não era bonita de jeito nenhum, a não ser agora.
Era bela.
Muito.
A mais bonita de todas que, silentes, aguardavam a partida.
O cerco das dores nos rostos fora dilacerado.
Era tarde eu entendi por que um homem e uma mulher ficam juntos para sempre.
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