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Cartas-->36. FELICIDADE -- 24/08/2002 - 07:38 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não queria iniciar a mensagem, falando do nome dado a mim por papai, já que diversos colegas tiveram preocupações semelhantes. Mas como não revoltar-me contra o destino, na lembrança constante de algo que absolutamente não tive?

Era Felicidade Maria, mas o segundo nome não pegou e, mesmo se preponderasse, não iria ficar igualmente satisfeita, uma vez que não tinha as transcendentais qualidades da mãe amorável de Jesus.

Fiquemos assim. Chamam-me os colegas de Dadá, maneira sutil de responder aos apelos infantis.

Pouco sei a respeito da encarnação anterior. O nome era Maria e talvez seja por isso que não me teria agradado ter sido assim chamada.

Esta “chateação” pode parecer aos leitores como sem nenhuma importância, uma vez que não avança nos conhecimentos doutrinários nem esclarece a respeito da situação geral dos que buscam aprimorar as atitudes morais, junto a esta “Escolinha de Evangelização”. Mas penso que isso possa ser mera desculpa, por não se agradarem do que têm lido até aqui.

Será que a interpretação amarga das reações dos leitores estará correta? Haverá, em cada um, a malícia desenvolvida de quem pretende passar em branca nuvem, durante a presente encarnação, já que vêm seguindo rumo pacífico, sem grandes exigências quanto a se alterarem as deliberações contrárias aos dispositivos evangélicos?

Venho acompanhando os colegas em diferentes leituras de obras mediúnicas, nas quais os espíritos mais evoluídos pregam o respeito aos compromissos cármicos, segundo os princípios kardequianos, ou seja, requerem dos leitores paciência; discernimento entre o bem e o mal; perseverança nos trabalhos socorristas; fé acendrada e racional em que o Pai é justo e misericordioso, a ponto de atribuir o peso justo para cada carga; caridade, fora da qual não há salvação; esperança em atingir a maioridade espiritual, para aquisição do passaporte com que adentrar a próxima esfera de luz...

Se fosse enumerar todas as boas qualidades pregadas nesses escritos magníficos, cheios de piedade pelos seres humanos, que são considerados, indistintamente, irmãos no Cristo e filhos de Deus, permaneceria o dia todo escrevendo, sem brilho e sem comiseração pela boa vontade dos leitores.

Devo dizer que meu principal problema, atualmente, é equilibrar sentimento com inteligência, de forma a não me atrapalhar com os estudos, nem me tornar excessivamente crítica em relação à falta das melhores virtudes. Não sei se me entenderam. Talvez não. Ora, se isso acontecer, pode estar ocorrendo de que os mesmos defeitos sejam os de seu caráter, pois a interferência das emoções gera nos procedimentos raciocinados muitos pontos de descontrole, de forma que os planejamentos não se concluem satisfatoriamente, pelo menos como foram originalmente arquitetados. Por outro lado, há emoções saudabilíssimas, como, por exemplo, a consideração da sensibilidade dos sofredores pela justiça do Pai. Se estivermos muito preocupados em orientar-nos pelo pensamento positivo, segundo o norteamento rigoroso das ciências, para que nada nos escape ao domínio, poderemos, simplesmente, causar, nessas pessoas adequadamente propensas às lágrimas da cooperação, da compreensão, do consolo e da amizade, transtornos consideráveis, porque passam a se cobrar atitudes menos melindrosas, porquanto estamos a sugerir que estejam a coonestar as atividades menos dignas que geraram as circunstâncias desabonadoras.

Sei que compliquei demais a escrita. Peço, então, por favor, que procurem entender o ponto de vista que pretendi trazer à baile e discutam, ponderadamente, onde se encontra a verdade programática de quem está levantando razões para trabalhar sensatamente, em prol do crescimento espiritual seu e dos demais.

Se alguém se estimular à perquirição de que tais tópicos talvez não estejam enquadrados nos temas curriculares desta “Turma dos Primeiros Socorros”, tendo em vista a simplicidade dos conceitos que não dominamos, deve fazer rigoroso exame de consciência, para saber se a rejeição não está dentro dos parâmetros dos ajustamentos psicológicos, como sejam o negativismo, a reversão, a agressividade e outros, que a ignorância mais habitual faz questão de menosprezar, pela complexidade dos raciocínios que exigem.

Quis, de propósito, tornar perplexos os leitores, através de esquematização lingüística desfavorável para leitura corrida e despreocupada. Será que todos os discursos têm merecido a mesma disposição alheada, não integrada à temática espiritual, como se tudo pudesse ser de somenos importância, no adiamento que se faz através de todos os estudos, para cuja compreensão se dá a desculpa da falta de preparo ou, o que é pior, da falta de inteligência, quando não se cita, de maneira abrupta e sem contradita, a “ponderabilíssima” falta de tempo?

Se sobrou algum bom leitor, peço-lhe que faça o supremo esforço de considerar importante que os espíritos tenham esta oportunidade de trazer desenvolvimentos pessoais, a respeito das reações psíquicas, no desvelamento das necessidades, adversidades e vicissitudes, segundo o grau maior ou menor de envolvimento na própria atividade mediúnica.

Sabemos da existência de textos excelentes, oferecidos aos mortais por autores conceituadíssimos, cuja leitura estamos programando, como parte da formação de socorristas, porque a facilitação que se alcançar na Terra, com o esclarecimento prévio dos problemas existenciais do etéreo, será meio precioso para a diminuição das tarefas grosseiras da alfabetização, ainda mais quando se encontram companheiros espíritas que se reconhecem desleixados no campo doutrinário mais profundo, porque preferem agir no campo material, desvinculando-se, de certa forma, da responsabilidade, inclusive, do adiantamento íntimo.

Poderão chamar-me, se quiserem, de Felicidade. Mas isso poderá ser incompreensível da minha parte. Então, atenderei por Dadá, ao falarem comigo através das vibrações conscienciais.

Fiquem em paz!

Será que ficarão, após terem descoberto que os do etéreo, mesmo muito sutilmente, estão a repetir, como vemos em todos os textos, que os encarnados vão, quase sempre, perdendo a gloriosa oportunidade de melhorar?

Não acreditam em mim? Então, leiam... Vocês sabem... Para citar alguém que não malhe contra o desleixo, a falsidade, a incoerência, o excesso de orgulho, de vaidade, contra o egoísmo abstruso dos piores cegos... iria ter de procurar o restante da existência, porque não conheço quem tenha utilizado as mãos dos médiuns apenas para rasgar elogios pelas condutas superiores. Talvez as biografias dos seres aquinhoados com o saber mais elevado e, assim mesmo, buscando passar batidos pelas deficiências laudatórias dos biógrafos, que, por sua vez, também se fazem cegos...

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