Chego em casa e coloco Janis Joplin no vinil. Tiro minha roupa e fico completamente nú em cima da cama, ainda posso sentir o gosto de vodka na boca. E do beijo dela. Me aproximo da janela podendo admirar a paisagem fria lá fora. Volto para a cama novamente depois de ter pego a seringa, e o resto do material para eu preparar mais uma dose. Esquento a colher com a vela que ela tinha me dado de presente, que como dizia na caixa, tinha relação direta com a minha vida por ser do meu signo. Sugo todo o líquido com a seringa, me encosto no travesseiro, e nú, ao som de Joplin, o gosto de vodka vai se misturando com o formigamento proporcionado pela dose.
Agora não sei mais se estou aqui.
|