Usina de Letras
Usina de Letras
104 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62296 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10392)

Erótico (13574)

Frases (50682)

Humor (20041)

Infantil (5461)

Infanto Juvenil (4783)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140825)

Redação (3310)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6212)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Lendo Poema de Quarto e sala de Paulo Nunes Batista -- 19/10/2002 - 17:26 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lendo “Poemas de sala e Quarto” de Ronaldo Cunha Lima

Paulo Nunes Batista



De Ronaldo Cunha Lima

Poemas de Sala e Quarto

Leio, e, lendo, saio farto

Do banquete de obra-prima.

Pois, Ronaldo, um rei da Rima,

Reina no quarto e na sala.

A Voz da Poesia embala

O berço desse Menino

Que traz o sol nordestino

Na alma do verso e da fala.



Vê-se aqui Ronaldo Cunha

Compondo mini-poemas-

Belas, pequeninas gemas

Que cabem dentro de uma unha.

O poeta testemunha

Sua virtuosidade.

Pois, ele, que é imensidade

Encachoeirada em repente,

Contém a água da torrente

Em gotas da eternidade.



Ronaldo lima de um sopro

A textura do que escreve,

E o faz com a arte que deve

Ter o escultor com o escopo.

Da palavra ao corpo-a-corpo

Acaba por vencedor.

Da sala o luxo-esplendor,

Do quarto o cárneo ludismo

Saem com todo o preciosismo

Do Verso do Trovador.



A alma da fina ironia

Da verve paraibana

Lustra, ilumina, engelana

A ronaldina poesia.

Na sala preside o dia,

A noite no quarto mande,

Ronaldo a festa comanda

De magia e alumbramento

Nas Asas do Sentimento-

Força de Orixá de Umbanda.



Erro Ele, o Eloqüente,

Abre a boca o verso salta

Como Menino peralta

Em seu folguedo inocente.

Mas, se contem: De repente

Microdísticos pululam,

Os hai-cais caindo pulam

Da p’alma da mão poeta.

Ronaldo cunha do esteta

As jóias que se acumulam.



Ronaldo pegando um verso

O desinfeliz se lasca-

Vai do cerne para a casca,

Revira o bicho ao inverso,

Depois o repasse imerso

Num caldo bom de cultura.

A sua literatura

Não deixa nada de molho:

Enquanto o Cão pisca o olho,

Olha do verso a figura!



Se alguém a Ronaldo acoche

Pode crer que está perdido,

Que ele pronto, de sentido,

Da poesia acende a tocha.

Ronaldo fogo não nega-

O verso não lhe escorrega,

Mas sai contado e medido,

Pesado, leve, florido

Como mulher que se entrega.



Nos poemas dessa obra

De Sala e Quarto, Ronaldo

Deixa o positivo saldo

Que em beleza se desdobra.

Sagacidade de cobra

Cheia de botes poéticos.

Na sala- os preceitos éticos,

De etiquetas a presença.;

No quarto- a folga, e licença

Dos poemas assimétricos.



R- de Raio ligeiro.;

C- de Canto e Cantoria.;

L- de Luz de Poesia

Deixando o sabor e o cheiro.

É o poeta verdadeiro

Que pra quem gosta faz sala.

R.C.L. se instala

Da Poética no leito:

Passa a vida do seu jeito

Na cara. Mas sonha e cala.



Colar de pérolas, brilha

Esse atrativo volume-

Onde o quarto tem ciúme

Do relógio em sua trilha

Que as horas contando empilha

Roubando do quarto o clima...

Quarto embaixo, sala em cima.

Depois do prazer, o sono.

E a poesia com seu dono

Que é Ronaldo Cunha Lima.



Anápolis, 03-02-1997.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui