OS TRAIDORES DO POVO
Por vezes não perdemos um só soldado
E sentimos o cheiro da morte.
A ação dos traidores
Provoca baixa
E causa mais dores
Que a artilharia fria
Que mata a sangue frio
Batalhões inteiros.
Muita atenção, companheiros,
Os “silvérios-reis
Estão por toda parte,
Disfarçados,
Tramando em silêncio,
Construindo a sua guilhotina,
Mas, condenando-a de público.
Esbravejam, protestam
Naquilo que agradam,
Mas, ninguém consegue
Perceber, sentir, enxergar
Enormes troféus
De campeões isolados
Nos concursos de farsa.
E quando se pensa
Que está tudo sob comando,
A máscara nefasta
Vai caindo com a noite.
Quando o dia amanhece,
Dos refletores solares
Imagens de garras afiadas
E rostos de algozes,
Já sem máscara e caráter,
Vão surgindo à vista de todos.
Mas, já é tarde.
Não resta mais nada
Senão a lição.
Já que a vida é um eterno lutar,
Deve-se, pois, se cuidar,
Prevenir-se do arroubo
Que surge, fatal,
Entre o berro da ovelha
E as garras do lobo |