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Artigos-->Meio Ambiente - Ártico e Antártida -- 19/05/2009 - 07:54 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




ECOLOGIA - ÁRTICO E ANTÁRTIDA





Edson Pereira Bueno Leal, maio de 2009, atualizado em julho de 2.013.



ÁRTICO



O gelo dos polos e das montanhas funciona como um espelho que ajuda a refletir a radiação solar. O gelo reflete 80% da luz solar contra 20% no solo e na vegetação e 10% na água. A diminuição da camada de gelo piora o efeito estufa.

Nenhuma outra região do mundo é tão sensível ao efeito estufa. A calota polar norte recebe dos países do Hemisfério Norte ventos impregnados de dióxido de carbono e a poluição deixa a neve menos branca, aumentando a absorção de luz que chega à superfície, aumentando a temperatura.

O balanço da temperatura no mar e no ar do Ártico é crucial para manter a estabilidade do manto de gelo da Groelândia, a segunda maior reserva de águia doce do mundo e dessa massa de gelo depende o nível global do Oceano. (F S P, 5.4.2011, p. C-7).

O Ártico perdeu 6% de sua área entre 1978 e 1996. Esta era uma das previsões catastróficas de muitos cientistas. Porém, pesquisa feita pelo americano Ian Joughin da NASA e Slawek Tulaczyk da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, com base em medições da satélite das chamadas correntes de gelo, imensos rios glaciais que drenam a calota polar, chegaram à conclusão que a calota de gelo está engrossando e não afilando como se imaginava. (F S P 18.01.2002, p. A 10).

Fotos de satélites divulgadas em novembro de 2007 indicam que a camada de gelo flutuante no Oceano Ártico se retraiu 25% em relação à área mínima anterior, em 2005. Está se reduzindo o território de caça dos ursos polares , que podem ter sua população reduzida a um terço até 2050 . A retração da camada de gelo permitiu, pela primeira vez, a navegação sem a ajuda de barcos quebra-gelo pela chamada Passagem Noroeste, entre a Europa e a Ásia, cruzando a calota polar.

Nesta questão as avaliações são contraditórias. Estudo elaborado por 250 cientistas de oito países, entre eles Canadá, Rússia e EUA, conclui que o aquecimento global está esquentando o Ártico quase duas vezes mais rápido que o resto do planeta, provocando um derretimento de geleiras que até o fim do século XXI pode acabar com a calota polar e elevar o nível dos oceanos em 90 centímetros, ameaçando milhões de vidas e acabando com cidades inteiras, como a costa da Flórida nos EUA. (Veja, 17.11.2004, p. 112).

Medições feitas com satélites, avaliadas pelo Centro Nacional de Dados sobre Gelo e Neve dos EUA mostram que no dia 16 de setembro de 2007 o gelo marinho no Oceano Ártico atingiu a extensão de 4,13 milhões de quilômetros quadrados, a menor extensão já registrada, bem mais baixo que o mínimo registrado em 21 de setembro de 2005 que foi de 5,32 milhões de km2. Ou seja, a capa de gelo encolheu um milhão de quilômetros quadrados, o equivalente a quatro vezes o território do Piauí. O degelo em 2007 foi sem precedentes e abriu pela primeira vez a passagem Noroeste, rota entre Europa e Ásia e a passagem Nordeste que circunda a Rússia. O recuo da banquisa em 2007 provavelmente é o maior do século. O gelo derrete todo ano no verão e recongela depois, porém a cada ano a porção que derrete é cada vez maior. A continuar o degelo à taxa registrada , o derretimento total do Ártico poderia vir em 2030 . (F S P, 22.09.2007, p. A-31).

Para os céticos a diminuição das camadas de gelo marinho e dos glaciares foi observada de forma sistemática em apenas algumas regiões dói planeta – justamente aquelas que têm mais visibilidade ou são atrações turísticas. Há pouquíssimas informações sobre a espessura e a profundidade das geleiras, tornando quase impossível verificar se a redução na quantidade do gelo no globo é significativa.

Porém, para o Centro Nacional de Gelo e Neve dos EUA, o Pólo Norte pode ficar sem gelo no verão de 2008. Tudo depende do padrão do clima. Segundo o pesquisador Mark Serreze, “um padrão quente, como o que tivemos no verão passado, irá aumentar as chances”. Um padrão mais frio irá ajudar a manter a cobertura de gelo no polo Norte. A taxa de redução do gelo em abril de 2008 foi de 6.000 km2 ao dia. (F S P, 13.05.2008, p. A-17).

Por sua vez o Ártico está sendo objeto de uma corrida por seu domínio por parte da Rússia, Dinamarca, Canadá, EUA e Noruega. Canadá, Dinamarca e Rússia usam como argumento que a cordilheira Lomonosov é extensão de seus territórios. Em agosto de 2007 uma expedição russa fincou uma bandeira a 4,3 km de profundidade para demonstrar a posse e colher material que prove que a área faz parte da plataforma continental da Sibéria. Estes países estão pensando no potencial petrolífero e de gás da região já que se acredita que 25% das reservas não conhecidas estejam no Ártico. A ONU até agora negou todos os pedidos. (F S P 2.8.2007, p. A-13).

No início de agosto de 2008 cientistas canadenses e dinamarqueses, em comunicado conjunto, afirmaram que a cordilheira Lomonosov, abaixo do polo Norte, está ligada às placas da América do Norte e da Groelândia. Os dois países podem discordar sobre onde dividir a cordilheira entre eles, mas concordam que ela não é uma extensão da plataforma continental russa. (F S P, 18.08.2008, p. A-15).

A Noruega inaugurou um campo de extração e processamento de gás natural e petróleo no Mar de Barents, a primeira instalação industrial deste tipo no Ártico, fora do Alasca. (Veja, 26.09.2007, p. 109).

Segundo relatório do Serviço de Levantamento Geológico dos EUA, o Ártico detém 13% do petróleo não descoberto existente no mundo, cerca de até 90 bilhões de barris e mais 47,26 bilhões de metros cúbicos de gás natural, o equivalente a 30% das reservas mundiais não descobertas. O relatório usou metodologia probabilística e incluiu apenas os recursos não descobertos que podem ser explorados com a tecnologia já existente. (F S P, 24.07.2008, p. B-5).

Porém , em 28 de maio de 2008 , os cinco países que disputam o controle do círculo polar ártico, representados pelos chanceleres da Noruega e da Rússia e da Dinamarca, o ministro de Recursos Naturais canadense e John Negroponte, subsecretário de Estado dos EUA assinaram uma declaração reafirmando os tratados internacionais sobre a região. Os EUA são o único dos cinco países que ainda não ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar, um pré-requisito para apresentar o pedido de posse de território no Ártico.

“Esperamos ter acabado com o mito da corrida ao polo”, disse o chanceler norueguês Per Stig Moeller. (F S P, 29.05.2008, p. A-12)

A Rússia divulgou em 27 de março de 2009 planos de criar uma força militar na região do Ártico. Documento assinado pelo presidente Dimitri Medvedev diz que o Ártico deve ser “a base prioritária de recursos estratégicos” do país, até 2020. O Canadá criticou “Não seremos acossados pelos russos [no Ártico] disse o chanceler Lawrence Cannon”. (F s P, 28.03.2009, p. A-20).

O gelo no Ártico em 2008 está derretendo antes do normal e atingiu em junho de 2008, 11,4 milhões de km2, 0,72 milhões de km2 a menos do que a média entre 1997 e 2000. É a terceira mais baixa já registrada. Em 2008 o gelo derreteu nos mares de Chukchi e do Leste Siberiano seis dias mais cedo do que a média e 14 dias antes que em 2007. Há 50% de chance de o Pólo Norte ficar sem gelo no verão, tornando concebível a navegação em setembro do Alasca ao Polo Norte. (F S P, 4.7.2008, p. A-22).

Segundo Warwick Voncente , da Universidade Laval , em Quebec, os cinco mantos de gelo que cobrem a ilha Ellesmere , no Ártico canadense , encolheram 23% somente no verão de 2008 . A capa glacial tem 4.000 anos. A maior delas, de 55 km, se esfacelou totalmente em agosto. (F S P, 4.9.2008, p. A-16).

Segundo o Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve NSICD, o gelo marinho do Ártico atingiu em setembro de 2008 a sua segunda menor extensão já registrada: 4,52 milhões de km2. Embora seja 9,4% maior do que o recorde de degelo de todos os tempos, batido em 2007, essa extensão sinaliza uma forte tendência de declínio, o que pode significar um pólo Norte sem gelo no verão em um futuro próximo.

Segundo Walt Méier o degelo de 2008 é mais grave do que o de 2007, porque 2008 foi mais frio no norte. “Em termos de clima no longo prazo, isto não é uma recuperação de forma alguma. A tendência de longo prazo é de ladeira abaixo, e ela está ficando cada vez mais íngreme”.

A partir da segunda quinzena de setembro , quando começa o outono no hemisfério norte , o gelo marinho começa a se recongelar. (F S P, 17.09.2008, p. A-18).

Relatório da União Europeia, divulgado em novembro de 2008, afirma que o Ártico oferecerá novos recursos de energia e pesca à medida que o aquecimento global altere o clima da região. Novas possibilidades surgirão no transporte , oferecendo rotas de navegação que antes eram bloqueadas por icebergs . (F s P, 21.11.2008, p. A-18).

Especialistas em ciência polar reunidos em fevereiro de 2009 em Chicago, na 175ª Reunião Anual da AAAS – Associação Americana para o Avanço da Ciência assinaram atestado de óbito do Ártico. Segundo Mark Serreze, da Universidade de Colorado, “teremos um verão sem gelo no Ártico em 2030, ou antes, disso”. Segundo o pesquisador, o que tem acontecido recentemente em toda a área já pode ser explicado pela ciência.

Enquanto o ar próximo à superfície marinha aquece, causando o derretimento da camada de gelo sob o mar - e também sobre a terra – o Oceano Atlântico, que também está mais quente, tem jogado esse calor para o norte. A conseqüência é que esquenta tanto por cima quanto por baixo. E isso é que tem causado a diminuição do gelo em toda a região em números recordes nos últimos verões principalmente.

A mudança de comportamento registrada em todo o Ártico é tão crítica, que o ciclo de carbono também pode ser drasticamente alterado. Com o calor , a tendência é que toda a matéria orgânica congelada no solo do Ártico libere o carbono para a atmosfera . “Toda a região que antes ficava coberta de gelo está sendo exposta dez dias antes do previsto e ficando sem gelo até nove dias depois do esperado.” disse Matt Sturm, do Laboratório de Pesquisa e Engenharia de Regiões Frias do Exército dos EUA. “O que está ocorrendo é um aumento da quantidade de vegetação arbustiva na tundra, por causa do aquecimento”. E também a probabilidade de uma mesma área de floresta boreal queimar aumentou em mais de 30%%, e as duas alterações produzirão alterações no ciclo de carbono da região. (F s P, 14.02.2009, p. A-18).

Relatório preliminar divulgado em 25 de fevereiro de 2009 em Genebra, que encerrou o 4º Ano Polar Internacional, afirma que “parece certo agora que tanto o manto de gelo da Groelândia quanto o da Antártida estão perdendo massa e, portanto aumentando o nível do mar, e que a taxa de perda de gelo da Groelândia está crescendo”. (F s P, 26.02.209, p. A-14).

Segundo avaliações da NASA, a partir de observações feitas entre 1973 e 2007 em regiões próximas ao Alasca que perderam muito gelo, a quantidade de calor do Sol absorvido pelo Ártico quadruplicou nos últimos 30 anos, o que aumenta o risco de o sistema climático do planeta cruzar uma fronteira sem volta, ou seja, o “ponto de virada”, momento em que o processo não pode mais ser revertido e o sistema seguiria em “resposta positiva” , com sua deterioração se retroalimentando , acelerando um eventual colapso. A maior absorção de calor decorre da perda de superfície branca do gelo, que gera um círculo vicioso no qual a própria perda da superfície congelada acelera o processo de derretimento , pois a radiação ao invés de ser refletida de volta , é absorvida pela água e causa elevação da temperatura da mesma e maior derretimento. (F S P, 11.03.2009, p. A-13).

Conforme assinala Mark Lynas, pequenas variações de temperatura podem significar uma diferença brutal para a vida humana, mais do que para o planeta.

Na última grande glaciação, entre 80 mil e 12 mil anos atrás, a temperatura média era de apenas 6° C menor do que é hoje. ( F s P , Mais, 15.03.2009, p. 8) .

Estudo feito pela NASA e NSIDC mostra que apenas 10% do gelo do Ártico, em 2009, tem mais de dois anos de vida, ou seja, mais de 90% da região está coberta por uma camada de gelo jovem, portanto, fina e frágil. Em anos anteriores essa taxa era de 70%%. (F S P, 7.4.2009, p.. A-14).

Segundo previsão do projeto Catlin Artic Survey, liderado por Pen Hadow, dentro de dez anos, o polo Norte vai ser um grande oceano aberto, sem gelo, durante o verão. O grupo analisou o comportamento do gelo ártico por três meses, na parte norte do mar de Beaufort, ao redor do Polo Norte e a parte do gelo da região têm ao redor de 1,8 m de espessura e por ser fino vai derreter. Grande parte da região está coberta por gelo de menos de um ano, mais vulnerável.

Como o Oceano Ártico desempenha uma posição central no sistema climático da Terra, o processo poderá causar inundações que afetarão um quarto da população mundial, aumentar de forma substancial a emissão de gases-estufa [que costumam ser aprisionados pelo gelo] e provocar mudanças climáticas extremas. O degelo vai viabilizar a rota oceânica regular entre os oceanos Atlântico e Pacífico, pelo Ártico, durante o verão. (F S P, 15.10.2009, p. A-17).

O gelo plurianual, aquele que não derrete quando o verão chega praticamente desapareceu. David Barber, especialista em Ártico da Universidade de Manitoba, no Canadá, encontrou centenas de quilômetros de “gelo podre” – camadas de gelo recente de 50 cm de espessura, cobrindo pequenos pedaços de gelo mais velho. “Eu nunca vi nada assim em meus 30 anos de trabalho. Foi muito dramático. Hoje nós temos um Ártico quase livre de gelo sazonalmente [no verão]. Em 2009 dois navios de carga alemães navegaram com sucesso saindo da Coréia do Norte e indo através da costa da Sibéria sem a ajuda de quebra-gelos. As empresas de navegação já estão procurando se beneficiar das águas que esquentam.” (F S P 30.10.2009, p. A-23).

Segundo estudo de Josh Willis do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, a corrente do Golfo, responsável pela circulação termo-halina do Atlântico, que ajuda a distribuir o calor do planeta, funcionando como um colossal radiador continua firme e forte. Muitos cientistas temiam que o degelo do Ártico, causado pelo aquecimento global , lance um excesso de água doce no mar , acabando com a diferença de densidade que faz a corrente afundar e isso mergulharia a Europa numa era do gelo , mas o estudo mostrou que não houve alterações no volume da água que afunda nas últimas duas décadas . O cientista combinou medições de satélites com dados dos flutuadores robóticos Argos, um conjunto de bóias automatizadas que mergulham até 2.000 m e sobem depois, medindo temperatura e salinidade ao longo da coluna d´água. (F s P, 27.03.2010, p. A-27).

Estudo divulgado em 2011 afirma que o aquecimento do Ártico a uma velocidade duas vezes maior do que a média global deve elevar o nível do oceano em até 1,6 metros em 2100, ampliando as estimativas anteriores do IPCC em 2007 que estima aumento entre 18 e 59 centímetros até o fim do século.

Segundo o AMAP (Projeto de Monitoramento e Avaliação do Ártico, com sede em Oslo) “o nível global dos oceanos tem previsão de aumento entre 0,9 m e 1,6 m até 2010. O derretimento das geleiras do Ártico e das calotas de gelo da Groelândia dará uma contribuição substancial para isso”. Mesmo tratando-se de um evento relativamente lento, ele deve trazer conseqüências desastrosas para as cidades costeiras, principalmente as densamente povoadas e de localização mais baixa, como algumas regiões de Bangladesh, Vietnã e China. (F S P, 4.5.2011, p. C-7).



2011



Dados da NASA a serem apresentados pelo Centro Nacional de Dados do Gelo e Neve dos EUA mostram que a extensão do gelo marinho no inverno de 2011 chegou a 14,4 milhões de km2 no final de março, valor semelhante ao de 2006, ano que teve a menor extensão máxima registrada. (F S P, 5.4.2011, p. C-7).

Dados da Universidade de Washington (EUA), em julho de 2011 mostram que o volume de gelo ficou 51% menor do que a média e 62% menor do que a máxima, estimada para 1979. O IPCC estimou, em 2007 que se o ritmo de degelo continuar, o polo Norte ficará totalmente descongelado no verão do fim do século, mas alguns cientistas já antecipam o derretimento total para 2050. (F S P, 29.08.2011, p. C-7).





2012





O gelo atingiu 4,1 milhões de quilômetros quadrados em setembro de 2012, a menor medida feita por satélite desde o fim dos anos 1970. Segundo o Centro Polar e Climático da UFRGS os dados indicam que o degelo é provavelmente o mais extenso em 500 anos pelo menos e veio para ficar.

Os animais que vivem no gelo irão sofrer por ter menos área para caçar. Os navios terão mais espaço para navegar pelo extremo norte do mundo e a exploração de petróleo nos países árticos deve crescer. (F S P, 08.09.2012, p. C-5).

Os mantos de gelo da Antártida e da Groelândia estão em derretimento acelerado e perderam quatro milhões de toneladas nas décadas de 1990 a 2010. O valor representa 20% da água e causou um aumento de 55 mm no nível do mar nesse período.

Os resultados são de um trabalho que reuniu 47 cientistas de 26 laboratórios e cruzou informações coletadas por dez satélites, usando quatro técnicas diferentes. O trabalho publicado na revista “Science” afirma que o resultado é compatível com o cenário de aquecimento global e o problema deve se agravar nas próximas décadas, apesar de não ser possível ainda dizer o quanto.

A situação é mais grave na Groelândia onde a redução do manto de gelo é dois terços do total global. Na Antártida a porção oriental do continente teve um tênue aumento no seu manto, mas as perdas ocorridas no lado ocidental foram muito maiores, fazendo o saldo ficar negativo. A Groelândia perde massa cinco vezes mais rápido hoje do que no início dos anos 1990, segundo o geocientista Erik Ivins, da NASA, co-líder do estudo. ( F S P ,30.11.2012, p. C-7).









ARCA DE NOÉ



Idealizado pelo governo da Noruega, mas com o apoio de bancos públicos e privados de todo o mundo e da FAO, está sendo construído um gigantesco armazém de sementes no remoto arquipélago norueguês de Syalbard, localizado no Círculo Ártico, m a 1.200 quilômetros do Pólo Norte.

Com área de mil metros quadrados foi incrustada em uma montanha, somente com a entrada à vista e o resto está debaixo do permafrost (solo permanentemente congelado). O depósito está a 130 metros do nível do mar , para evitar qualquer problema decorrente de eventual elevação do nível do oceano .

A arca consiste em um corredor de cem metros de comprimento e cinco de diâmetro que leva a três câmaras subterrâneas, cada uma com capacidade de armazenar 1,5 milhão de amostras. Graças à grande capacidade , qualquer variedade existente poderá ser armazenada .

A temperatura será mantida constante em -18°C sugando o gelado ar do Ártico e nos períodos mais quentes por um equipamento de refrigeração. De novembro a janeiro, durante a noite polar no Ártico, as portas permanecerão sempre fechadas. As novas remessas serão sempre levadas no verão.

Sementes de trigo e arroz podem sobreviver nesta temperatura por mais de mil anos, mas a idéia é sempre ter as amostras mais frescas por isso, as sementes deverão ser regularmente renovadas, mas se uma catástrofe acontecer à humanidade sobrevivente poderá utilizar as sementes congeladas. A arca vai funcionar como uma espécie de seguro dos outros 1.400 bancos de sementes existentes no mundo. ( F S P , 24.11.2007, p. A-28) .

A idéia de preservação é muito bem vinda, pois acontecimentos recentes que nada tem a ver com cataclismos, mostram que amostras valiosas podem ser perdidas párea sempre. “Em 1992, os talibãs destruíram a coleção nacional de sementes do Afeganistão, em Cabul. Variedades milenares de trigo foram perdidas. O banco de sementes iraquiano, localizado em Abu Gharib, foi arrasado por vândalos em 2003, durante a invasão americana. Amostras de espécies raras de uva, trigo, lentilha, centeio e cevada desapareceram” (Veja, 27.02.2008, p. 96). .



NAVEGAÇÃO EM 2009.





Dois cargueiros alemães navegam pelo Oceano Ártico, estando prestes a se tornar os primeiros a navegar por inteiro pela Passagem Nordeste, como é conhecido o trecho entre os oceanos Atlântico e Pacífico, pelo Ártico. Normalmente os navios fazem este trajeto pelo Canal de Suez no Egito e a distância entre Ulsan na Coréia do Sul e Roterdã na Holanda, de 20.000 km, fica reduzida para 14.800 km.

A camada de gelo está menor e mais fina. Sua espessura encolhe em média 17 centímetros por ano. Os navios têm os cascos reforçados, mas por precaução foram acompanhados por um quebra-gelo russo. Tiveram ainda que parara alguns dias no Estreito de Vilkisky até encontrar um trecho não coberto pelo gelo para seguir viagem e a região só é navegável durante três ou quatro semanas por ano, portanto ainda não é uma rota confiável. (Veja, 23.09.2009, p.106-108).



LIXO





Coleta feita em 2011 pelo navio Artic Sunrise, do Greenpeace no mar de Barents, a noroeste do arquipélago de Svalbard, Noruega, a menos de 1.300 km do pólo Norte revelou a existência de plástico, ou seja, lixo no Ártico. A pior situação ocorre no norte do Pacífico uma zona de aproximadamente 15 milhões de km2 que abriga a famosa “grande mancha de lixo”. (F S P, 6.9.2011, p. C-7).





MAR DA SIBÉRIA BORBULHA COM METANO





Grupo liderado pelos russos Natalia Shakhova e Igor Semiletov, da Universidade do Alasca em Fairbanks e da Academia Russa de Ciências, afirma que metade das águas do mar do leste da Sibéria está supersaturada de metano em sua superfície. Em alguns pontos, a concentração do gás é cem vezes maior do que a esperada. Em outros, até mil vezes. A quantidade de metano que sai da Plataforma Ártica Leste Siberiana é comparável ao que sai de todos os oceanos da Terra.

O gás vem de vários depósitos de permafrost, ou solo congelado, abaixo do leito marinho. Resquícios da Era do Gelo, eles são ricos em matéria orgânica, que ao se decompor libera metano em grande quantidade. O permafrost age como uma “tampa” para o gás, mas na região ele está em degradação acelerada, agravado pelo fato de que as águas da região são rasas – 50 metros em média, o que torna o vazamento mais preocupante, pois não dá tempo para o metano ser oxigenado ou degradado no mar e ele vaza direto para a atmosfera. O geoquímico alemão Martin Heimann , do Instituto Max Planck afirma que não está claro se o aumento das emissões decorre da lenta erosão do permafrost ou se ele foi disparado pelo aquecimento global. (F S P, 5.3.2010, p. A-18)





DERRETIMENTO PODE TER CUSTO DE US$ 60 TRILHÕES. 2013.



Simulação feita por cientistas da Holanda e do Reino Unido, publicada na revista “Nature”, apresenta números impressionantes. A emissão de gás metano pelo derretimento do solo congelado no Ártico , vai acelerar a mudança climática e trará um prejuízo global de US$ 60 trilhões até 2100. Mais de 80% dos danos serão em países pobres.

A liberação de metano do permafrost ( solo permanentemente congelado), da Sibéria, vai resultar na emissão de 50 bilhões de toneladas de metano aprisionados na região causando um aumento de 15% no impacto financeiro no relatório Stern , que estimava em US$ 400 trilhões a perda econômica gerada pelo aquecimento até 2.100.

Gail Whiteman, da Universidade Erasmus , de Roterdã, líder do trabalho afirma :” Isso é uma bomba relógio econômica que não vem sendo reconhecida atualmente no plano mundial”.

Cerca de 30% das reservas não mapeadas de gás e 13% das de petróleo estão na região e o investimento pode atingir US$ 100 bilhões nos próximos dez anos.

Segundo os cientistas não há muito o que fazer. Medidas paliativas seriam controlar a circulação de navios e a exploração de petróleo para evitar a emissão de carbono negro ( forma de fuligem), que faz o gelo absorver a radiação. Os cientistas reconhecem que o estudo ainda é muito impreciso. Chris Hope, da Universidade de Cambridge, afirma “ No escopo da simulação, há 5% de chance que o prejuízo seja de ‘apenas’ US$ 10 trilhões, mas há 5% de risco de que o impacto seja de US$ 220 trilhões “. ( F S P , 25.07.2013, p. C-5) .



ANTÁRTIDA



Continente quase do tamanho da América do Sul, armazena em forma de gelo 75% de toda a água doce da terra e 90% do volume de gelo do planeta.

O Tratado da Antártida, adotado em 1959 sob a inspiração do Ano Geofísico e ratificado em 1961, consagra o território antártico à paz, e uma emenda ao tratado, o Protocolo de Madri, de 1991, proíbe ali, até 2041, qualquer atividade que não seja a pesquisa científica, o turismo e, principalmente, a preservação ambiental. (Folha de S. Paulo, No Coração da Antártida, 22.3.2009, p. 29).

A capa congelada que recobre a Antártida tem espessura média de 1.800 m, mas chega a passar de 4.700 m. Parte dela se apóia sobre rochas que esto abaixo do nível do mar, o que torna o manto mais vulnerável ao aquecimento global.

Enquanto no Ártico, a superfície do mar congelado dobra de tamanho entre verão e inverno, em torno da Antártida ela se multiplica por seis, passando de quatro milhões, para 22 milhões de km2, uma área maior do que o próprio continente (14 milhões de km2). (Folha de S. Paulo, No Coração da Antártida, 22.3.2009, p. 44).

A Antártida é o segundo continente mais próximo do Brasil. Porto Alegre está a somente 3.600 km da Estação Antártica Comandante Ferraz, mais perto do que Boa Vista em Roraima que está a 3.776 km.

A Plataforma de Larsen perdeu 15.000 quilômetros quadrados de gelo em duas grandes quebras, em 1994 e em 2002 e começou a soltar icebergs de grande tamanho. O que está derretendo na Antártida são as geleiras e plataformas de gelo situadas na região mais amena, a península Antártica.

Cientistas concluíram que este aumento é consequência do ritmo natural de expansão e retração das geleiras. Glaciologistas da Universidade de Washington, nos EUA, analisaram a composição química de rochas recolhidas nas montanhas em torno da plataforma e concluíram que o manto de gelo diminui em ritmo constante há 10.000 anos. Se o degelo continuar nesse passo, serão necessários outros 7.000 anos até que todo o manto escorra para o mar, aumentando o nível do oceano em 5 metros. (Veja, 5.3.2003, p. 87).

Na Antártica as variações climáticas não foram uniformes na Península Antártida a temperatura média aumentou 5°C nos últimos cinquenta anos, mas a região concentra apenas 5% do gelo de todo o continente. Já nos vales de McMurdo, no interior, a temperatura caiu 1.o C nos últimos quinze anos. (Veja, 17.04.2002, p. 64).

Porém, o primeiro estudo de satélite do inventário completo de gelo da Antártida revelou que ela está liberando 146 quilômetros cúbicos de água no mar por ano equivalente a uma elevação de 0,4 milímetros do nível global do mar. (F S P 3.3.20006, p. A-14).

Estudo feito a partir de imagens de satélite constatou que entre 2001 e 2005 um grupo de 30 geleiras existentes na península Antártica chegou a perder 4.000 m2 de área por ano, em sua linha de frente em média. Os termômetros da península Antártida, região mais setentrional do continente gelado, registraram uma alta média de 5°C nos últimos 50 anos. Segundo o glaciólogo brasileiro Jefferson Simões, apenas 0,7% do gelo do planeta está derretendo e a Antártida tem uma participação pequena nesse processo, de 0,08%%. (F S P, 1.10.2007, p. A-14).

Outro trabalho feito por Eric Rignot do Instituto de Tecnologia da Califórnia, publicado na revista “Nature Geoscience”, conclui que a Península Antártida perdeu 60 bilhões de toneladas de gelo em 2006, 140% a mais do que em 1996 e a plataforma de gelo da Antártida Ocidental perdeu 132 bilhões de toneladas de gelo em 2006, 59% a mais do que em 1996. Segundo ele a mudança da temperatura do oceano ao redor do continente é a principal razão para explicar este aumento. Por sua vez a temperatura do mar muda porque a mudança de temperatura na atmosfera altera a circulação de ventos na região e isso pode estar relacionado com as mudanças climáticas globais. Já do lado leste da Antártida a situação está em equilíbrio. (F s P, 15.01.2008. p. A-13).

O Reino Unido se prepara para reivindicar na ONU o controle de mais de um milhão de km2 no fundo do mar da Antártida O objetivo é reconhecer o direito britânico de explorar petróleo, gás e minerais em uma área com raio de 640km2 ao redor da chamada “Antártida britânica”, triângulo de terra que começa no pólo Sul e reivindicado desde 1908. A proposta contraria o Tratado da Antártida, de 1959, do qual os britânicos são signatários e que congelou a disputa pela região. Contraria também o protocolo ambiental, assinado em 1991 que declarou a região “reserva natural, destinada à paz e â ciência” e que proíbe a exploração de recursos naturais, exceto para fins científicos até 2048. (F S P, 18.10.2007, p. A-25).

Grupo de pesquisa franco-australiano divulgou resultados em 2008 de uma pesquisa realizada com satélites que detectou um aumento de dois cm no nível médio do mar próximo à Antártida. Esse aumento ocorreu não por causa do derretimento das geleiras, mas devido a um aquecimento das águas ao redor de 0,3°C Em 15 anos os cientistas coletaram registros da temperatura e salinidade em várias profundidades até os 700 m. Os dados permitem afirmar que o mar não subiu de modo uniforme e nada permite dizer que o nível do mar vai continuar a aumentar no mesmo ritmo nos próximos anos. Não foi possível ainda determinar qual o papel do carbono neste processo de aquecimento atmosférico e oceânico. (F S P, 18.02.2008, p. A-15).

Estudo feito por Alexey Karpechko, da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, Reino Unido, publicado em 30 de outubro da revista “Nature Geoscience” conclui que a atividade humana é a responsável direta pelo aquecimento das calotas polares no Ártico e na Antártida.

Para chegar a esta conclusão os cientistas analisaram dados de temperatura coletados nos pólos ao longo do século XX. Os dados alimentaram dois tipos de modelo climático em computador. Ambos incluíam os efeitos dos fenômenos naturais, mas apenas um deles computava as conseqüências de atividades humanas que podem afetar o clima, como níveis aumentados de dióxido de carbono na atmosfera e flutuações de ozônio na estratosfera. Foram os modelos que incluíam os fatores humanos que se aproximaram melhor das temperaturas observadas nos polos. (F S P, 31.10.2008, p. A-21).

Pesquisa publicada na revista “Nature Geoscience” relaciona as cheias nos lagos subglaciais da geleira Byrd, no leste antártico, a um aumento de 10% na velocidade de escoamento dessa geleira.

Os autores do trabalho, da Universidade do Maine a da Universidade de Washington afirmam que dados de altimetria de satélites indicam que a água de alguns lagos subglaciais (descobertos em 1950), podem se mover rapidamente e por longas distâncias por meio de sistemas interconectados. A ligação entre as inundações e os fluxos de gelo tem sérias implicações para equilíbrio do manto de gelo da Antártida, já que as inundações podem modificar a taxa de entrega de gelo sólido ao Oceano Austral. As inundações ocorreram entre dezembro de 2005 e fevereiro de 2007. Durante o evento de 2005, a geleira Byrd descarregou cerca de 8% mais massa do que o normal. Em 2008 os lagos estão estáveis. (F S P, 17.11.2008, p. A-12).

Grupo de pesquisadores liderado por Drew Shindell (NASA) e Eric Steig (Universidade de Washington), publicou artigo no periódico “Nature” de janeiro de 2009 concluindo que a Antártida inteira esquentou 0,6º C de 1957 a 2006. Na Antártida Ocidental, a parte voltada para a América do Sul o aquecimento foi de 0,85º C. Os dois terços orientais tiveram aumento de 0,5ºC.

O grupo usou poucos dados de estações meteorológicas, mas principalmente medidas de temperatura tomadas por satélite, que cobrem toda a região. Os dados mostram que o continente como um todo está ficando mais quente, mas há variação conforme a região. A Antártida contém dez vezes mais gelo do que a Groelândia, mas a maior parte do gelo, 70% se concentra na Antártida Oriental que é mais fria, tem manto de gelo mais espesso e é mais estável, portanto os riscos de derretimento são de longo prazo, coisa para séculos, ou milênios. (f s P, 22.01.2009, p. A-15).

Com 5° C a mais na região oeste da Antártida, o manto de gelo que existe lá provavelmente entra em colapso, como já ocorreu entre três e cinco milhões de anos atrás, quando a temperatura na Antártica esteve mais alta.

Isto ocorrendo, o nível do mar poderá aumentar em até 5 metros. Esta afirmação foi feita por um grupo liderado por TIM Naish, da Universidade Victoria (Nova Zelândia). Segundo o modelo matemático a quebra é rápida em termos geológicos, mas lenta em termos humanos. O gelo pode sumir em 5.000 anos, para reaparecer em 7.000 anos, portanto um colapso catastrófico em centenas de anos dificilmente ocorreria como alguns grupos de pesquisa estimam. (F s P, 22.03.2009, p. A-24).

Em abril de 2009 foi anunciada, detectado por um satélite europeu, o rompimento da ponte de gelo que prendia a plataforma de gelo no oeste da Antártida. O colapso vinha sendo monitorado em tempo real pelo satélite Invista, da Agência Espacial Europeia, nas últimas semanas. A ponte de gelo de 40k de extensão, por até 2,5 km de largura se esfacelou entre 4 e 5 de abril. Agora é questão de tempo para essa estrutura, à plataforma Wilkins, oito vezes maior que a cidade de São Paulo, se esfacelar. (F S P, 7.4.2009, p.. A-14).

Segundo cientistas do Scar – Comitê Científico de Pesquisa Antártica, o buraco de ozônio, funciona paradoxalmente como um escudo do continente gelado contra o aquecimento global. É por isso que as terras antárticas ainda não esquentaram tanto quanto o resto do globo. As moléculas de ozônio absorvem a radiação ultravioleta do Sol, ajudando a esquentar a estratosfera. Com menos ozônio nesta camada, esse pedaço esfria o que fortalece o vórtice polar, um imenso redemoinho que domina a circulação do ar sobre o continente austral e mantém a Antártida normalmente fria. ( F S P , 2.12.2009, p. A-22) .

Bibliografia: Lynas , Mark . Seis Graus. Jorge Zahar.





LAGO VIDA



Alison Murray e seus colegas do Centro de Pesquisas do deserto em Reno (sudoeste dos EUA) fizeram perfurações no manto de pelo menos 20 quem recobre o Lago Vida na Antártida e encontraram uma salmoura resfriada a 13 graus Celsius negativos, que se mantém líquida pela quantidade de sal seis vezes superior à do mar. Encontraram uma diversificada comunidade de bactérias.

Levemente amarelado, o líquido contém tanto ferro que fica laranja-escuro quando exposto à atmosfera. Também há elevadas quantidades de enxofre e nitrogênio. Amostras da água revelaram a presença de exemplares de pelo menos oito filos bacterianos. (F S P, 27.11.2012, p. C-9).



2012



O oeste da Antártida está esquentando em um ritmo que é o dobro do estimado anteriormente , segundo estudo publicado em dezembro de 2012 , na “Nature Geoscience”. A média anual de temperaturas na estação de pesquisa Byrd, no oeste do continente, aumentou 2,4° C desde a década de 1950, um dos crescimentos mais rápidos e três vezes mais veloz do que a média global, segundo a pesquisa. O oeste da Antártida contém gelo suficiente para aumentar o nível do mar em 3,3 metros se derretesse processo que pode levar séculos. Um painel de especialistas da ONU prevê que o nível do mar aumentará entre 18 e 59 cm neste século ou até mais, caso o degelo da Groelândia e da Antártida acelere. (F S P, 26.12.2012, p. B-5).



2013



O aquecimento global está aumentando a área de bancos de gelo em volta da Antártida no inverno segundo novo estudo publicado na revista “Nature GeoScienses”. Quando o gelo da costa da Antártida derrete no verão devido ao aumento da temperatura do mar, a água produzida flutua sobre a mais densa e quente água salgada. No inverno, a água do derretimento do gelo volta a se congelar. ( F S P, 1.4.2013, p. C-5).

Cientistas lideradas por Nerilie Abram , do British Antartic Survey, de Cambridge, realizaram estudo publicado em abril de 2013, na revista especializada “Nature Climate Change”, indicando que no verão, o degelo na Antártida está dez vezes mais rápido do que há 600 anos, fenômeno que se intensificou ainda mais nos últimos 50 anos.

Para chegar aos resultados, , os cientistas perfuraram a uma profundidade de 364 metros , calotas na ilha James Ross, norte da geleira antártica.

Com isso mediram as temperaturas de centenas de anos que ficam registradas nas sucessivas camadas da geleira que revelam também o movimento de degelo e de congelamento.

“Constatamos que , há 600 anos, havia condições mais frias na península antártica e uma menor quantidade de gelo derretido”, afirma Nerilie. Há 600 anos, as temperaturas eram aproximadamente 1,6 graus Celsius menor do que as registradas no fim do século 20,e a proporção de neve que derretia a cada ano e depois voltava a congelar era de 0,5% e hoje a quantidade de neve que derrete é dez vezes maior. ( F S P , 16.04.2013, p. C-5) .

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