Usina de Letras
Usina de Letras
143 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10362)

Erótico (13569)

Frases (50614)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Apenas amo, e nada mais... -- 18/08/2002 - 20:30 (Rodrigo Nogueira da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Apenas amo, e nada mais...

“Às vezes não compreendo que possa outro amá-la, que ouse amá-la quando eu, somente eu, a amava, de um amor tão ardente, tão completo! Quando não conheço ninguém, nada sei, não tenho a não ser Laudilene!" (Ghoete, p.77)

Estava só. Só entre os mais de 6 bilhões de pessoas que ocupam a Terra. Parece até ridículo, mais foi assim. Até que... Ah! Até que um dia você surgiu, num dia qualquer de estrela e lua no céu, e daí em diante os meus dias passaram a ser mais felizes e mais tristes. Quem poderia imaginar que aquele sentimento intenso nascido a partir daquele momento marcaria tão profundamente minha vida . Não consigo imaginar nada além do que eu sinto, e sua voz ainda ressoa nos recônditos mais submersos de minha mente. E flutuo no espírito de paz de seu semblante, impulsionado por sua beleza, gigantescamente absoluta.
Nada agora pode ser aclamado como exato e perfeito, enquanto houver em meu caminho sua doce presença. Presença que amo, e que não posso negar, até por que não sou eu quem fala, mas meu coração, pobre coração que nesses idos tempos não mais interpreta o mundo senão através de sua luz, meu amor.E assim permita que eu te chame, meu amor, não tal como mera palavra dissipada do autêntico sentido, objeto semântico inóspito ao sentimento, mas expressão de um homem que não mais conseguiria absorver da vida uma migalha sequer de sentido que não fosse envolvida por sua presença, que manifesta-se sempre quando percebo que estou feliz. E o que seria de mim, o que seria de mim se não soubesse que um dia encontraria a razão de minha vida? Mas que bom, tudo acontece, ainda que tarde tudo acontece , e talvez não fosse tarde, até por que o tempo é parte do planejamento que alguém me preparou, ou não. Mas o que interessa mesmo é que você veio, e veio muito linda, magnífica, trazendo consigo todo o encanto possível e impossível, que contrói e destrói o âmago existêncial de alguém capaz de sentir esta sua energia que flui por esses seus lindos olhos, marcantes, incisivos, meigos, simplesmente tradução de sua fulgurante interioridade, sempre realçada por esta sua sensibilidade, que eu adoro e compartilho.
Estou agora a admirar o instante, ao fundo ouço “somewhere”, linda canção, que traduz meu momento, meu momento de vôo pela imaginação distante, desgarrada da atroz realidade física, que me diz coisas que não quero aceitar, não quero entender. E assim sinto-me bem, testando um pouco da felicidade que este meu pensamento faz sentir, e sinto cheiro de flores, estou a passear no jardim dos deuses, flutuando por entre as borboletas coloridas, absorvendo as delicias visíveis da aquarela vegetal que nenhum humano seria capaz de conhecer, senão através da minha querida Laudilene, minha deusa Oréiades, musa mitológica, força do amor, minha vida.
Estou edificado, qual montanha rochosa, na imponência insegura desse amor, e não mais sinto-me só, ao meu lado tenho um sentimento de amor que me norteia por caminhos ora improváveis, caminhos obtusos, labirintos de imagens, de fotografias vultuosas desse amor. Mais agora estou tranqüilo, estou forte no desejo ardente de te encontrar e te explicar a relatividade enlouquecedora que consumo no afã desse amor, que escraviza e ao qual pertenço. Mas ao mesmo tempo estou triste, não consigo compreender sua distância, essa sua vontade ilógica de não querer estar perto, de não querer refletir todo o meu sentimento, que de tão verdadeiro fez-se minha realidade. E tudo volta a ser relativo, quem pode questionar? O certo e o errado já não é avaliável, na medida em que razão já não mais possui espaço neste meio. E o momento também já não pode ser julgado através da sua consciência de mundo já consolidada; então liberte-se, alce vôo ao além do seu lugar, abra os olhos, rasgue as vendas, enxergue a amplitude das coisas e não se prenda a detalhes. Veja a grandeza desse amor, e pense que poderia ser melhor se você assim permitisse...

Qualquer Lugar do Mundo, em 18 de Agosto de 2002.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui