São tantas as tentações que me cercam, são inúmeros os apelos do Ego pra que eu me convença do quanto sou “bom”, que cheguei ao fim deste ano bastante desanimado. Primeiramente porque sei de minhas limitações; se tenho consciência de algumas habilidades, sei também de tantas outras deficiências que aquelas parecem se deixar eclipsar sem nenhuma resistência. Tem ainda minha extrema timidez na manifestação do que penso e de como metodicamente me preocupo com a forma às vezes mais do que com o conteúdo. Ainda assim, tenho compartilhado informações e conhecimentos, adquirido outros tantos, com pessoas muito honestas na Usina.
Não desejo parar de escrever no site, ainda que muitos tenham por mim certa reserva de preconceito, uma sutil forma de censurar um tipo de pensamento à grande maioria indesejável ou pouco atraente.
Seguirei escrevendo, a ver se de alguma forma consigo atingir o alvo de todo pretenso escritor, que é alcançar a mente e coração de quem o lê, e, como leitor, continuarei a “vasculhar” os textos da Usina, a encontrar preciosidades que rareiam cada vez mais num país em que poucos lêem e pouquíssimos escrevem com qualidade.