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Contos-->Blekalt na Noite de Natal -- 02/08/2002 - 19:05 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acredita-se na vida que ninguém consegue viver sozinho.
Essa máxima é válida, não só para os homens, mas para as flores que são mais belas juntando a sua beleza efêmera a de tantas outras. E com certeza, até os animais devem ter essa necessidade.
O caso a seguir nos remonta, o que na verdade nem percebemos, ou quem sabe a linguística do entendimento.
Era natal e todos estavam preparando-se para receber alguém, não só de importância.
O coração estava mais receptivo.
As casas recebiam um colorido originário do capricho humano e da propaganda de vendas. Enquanto a cidade permitia-se enfeites melindrosos, de cunho familiar,sob um tempo quente do dia-a-dia que rumava ao frio tênue do momento.
De formas que na terça-feira D.Zulmira acabará de pintar a frente de sua casa.E toda orgulhosa solicitava de suas filhas Yane, Eliane e Denise que complementasse com a ornamentação do natal.
Denise a mais nova, achou de enfeitar também uma velha samambaia, que ficava ao chão. Bem escorada na parede do muro, agora pintado de verde-musgo, com traços de vermelho, em leves dizeres de Feliz Natal.
A irmã mais velha, Yane, seduzida pela idéia da mais nova, experimentou colocar um pisca-pisca, que ficou até bem. Realçou a tristeza da árvore.
Quando D. Zulmira viu deu uma gostosa gargalhada, como se concordasse com o feito e colocou umas cadeiras preguiçosas para o pátio, como a esperar por convidados. E todas foram à cozinha terminar os comes e bebes da ceis que estava prestes a acontecer.
Lá pelas 23 e 45 os fogos começaram a anunciar a chegada do natal. Enquanto muitos fieis vinham a pés da missa do galo, outros chegavam de carro na casa de D. Zulmira. Eram amigos e parentes.
A casa já estava cheia e bem iluminada. A comida começava a ser servida quando Rubenita, com o seu filho Pablo e sua sobrinha Eliane chamam a atenção do público pra uma brincadeira que há anos ambos vem traçando.
A música pára, as luzes apagam-se. E Yane, como comentarista, nun cantinho pouco iluminado explica.
É natal diz os fogos acirrados no céu escuro. Todos se abraçam, desejam-se, presenteiam-se...
Todos agitados começam a calar pra dar ouvidos a menina que já está falnado num prêmio surpresa.
De subito, "Chupa Cabra", um cachorro vira-lata, todo mulambento. Maltratado abeça em sua casa. Entra no pátio sem ser notado e como de costume, sem ter sido jamais descoberto vai categoricamente, quieto passar por debaixo das folhas da Samambaia em forma de Palmeira.
Passa uma, duas... E fica horas ali embaixo. Como se estivesse sob uma secção de mágica, de carinho...
E no caso dele, que só era tratado a ponta pés era o máximo.
Talvez estivesse aproveitando o seu carinho presente ao lado da festa que desenrolava-se do jeito que as moças planejaram.
Todos divertiam-se a valer, quando uma explosão repentina, um grito e muita fumaça num curto-circuito aliado a coincidência da falta de enérgia e ao desespero de todo aquele povo, que não sabiam pra onde correr, se esconder foi montada também um enorme fuzuê. Era gente atravessando a rua, era gente descalça, senhoras chorando, fazendo par com as crianças, que nem sabiam o porque de tanta agonia.
A bem da verdade que a Almirante Barroso, parou, lotou, murmurou...
Só após meia hora, quando os plantonistas da CEA chegaram e que tudo recomeçou.
As pessoas comentavam o incidente com os curiosos, enquanto a D. Zulmira. Coitada. Assentada na calçada tomava um copo de água com açucar.
As meninas de tão nervosas, ainda não sabiam o que dizer. Mas foi só a luz chegar que tudo começou a clarear.
E lá estava deitado sobre a planta, em compassadas agonias, aquele cãozinho, que o Pablo identificou como sendo o "Chupa-Cabra".
É que quando ele se acariciou na planta havia dois fios descascados que se encontraram ao corpo do animal, causando todo aquele transtorno.
Ainda sem entender o que aconteceu até o Seu dono o levou com um pouco de pena. Coisa rara de acontecer. Só podia ser presente de natal.
E como osso duro é difícil de quebrar. Uma semana depois o "Chupa-Cabra" voltava a enamorar, so que agora a roseira...
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