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Contos-->O caçador de ilusões - 1 -- 01/08/2002 - 00:57 (Claudia O Hama) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Parte 1 – O início do jogo


Era uma vez...

...um caçador muito bonito, inteligente e experiente. Quase um mago de tanto saber. Gostava de caçar espécies diferentes de vários seres vivos para estudar, minuciosamente, suas vítimas. Viajava muito e partilhava seus conhecimentos com seus colegas em grandes convenções de pensadores ou em pequenas reuniões de magos.

Um dia, um passarinho fêmea, de uma espécie muito comum, pequena, colorida, curiosa e que se alimenta de ilusões, foi imprudente. Desavisado e muito atrapalhado, despertou-lhe a atenção. O passarinho cantou perto do caçador e voou à sua volta, como se debochasse do grande homem. Mal sabia a pobre criaturinha quem era o sujeito com quem estava se metendo!

Nessa altura da história, é bom que se saiba o nome de ambos. O caçador chamava-se Taulo e o delicado pássaro, Calau.

Taulo achou Calau uma ave interessante de se pesquisar. Pensou em capturá-la, mas as armadilhas comuns não lhe pareceram interessantes. Queria testá-la, e para tanto, engendrou um ardil mais sutil. Através de sua magia, criou um personagem, o Perso, pássaro livre e de bom canto, para seduzir Calau.

Calau era muito desajuizada, mas não era de todo tola. Ficou muito curiosa sobre Perso, mas procurava detalhes em sua plumagem, na aerodinâmica de suas asas, no pouso daquela ave diferente, algo que indicasse quem era aquele macho. Começou a desconfiar quando comparou o canto do pássaro com outro que ela já ouvira há muito tempo. Eram as mesmas notas musicais, apesar de soar como uma melodia diferente, ou, talvez, o tempo tivesse feito com que ela se esquecesse de como soava aquela música em seu pequeno coração.

Assim, um ficou à espreita do outro, avaliando-se mutuamente. Participavam de um jogo de astúcia, um analisando o outro, sem saber exatamente qual seria o prêmio do vencedor. E, num jogo assim, corre-se o risco de que os jogadores acabem se esquecendo do prêmio e concentrem-se apenas em sobreviver a cada etapa do mesmo.

Perso cantava no mesmo ritmo de Calau, convidando-a a dançar com ele. Calau fingia aceitar, mas mantinha uma certa distância para fugir se necessário. Era como brincar com fogo. Ambos poderiam sair chamuscados, mas como Perso era uma ilusão criada pelo caçador, ele não corria tanto risco assim. Ou pelo menos, é o que poderíamos deduzir pela lógica do raciocínio. Sim, mas nem sempre a razão domina nossos atos ou está a nosso favor.


(continua...mais tarde,rs)



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