Estive por um triz a desandar
Do meu rascunho livre e folgazão,
Mas, ao tentar o mestre, ouvi um “não”
Que me repôs a rima salutar.
Aí, fui ler as trovas dum irmão,
Para saber a forma de encerrar
E foi deveras muito elementar,
Porque pedia ao povo uma oração.
Senti o quanto é sério este dever
E pus-me a meditar na melhor rima
P’ra conquistar calor e bem-querer.
Não precisei compor uma obra-prima,
Mesmo porque não tenho tal poder:
Bastou-me requerer a sua estima.
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