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Artigos-->O INVENCÍVEL BRANCO DO PAPEL -- 26/12/2001 - 01:58 (VOGELHEIM) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu estive ensaiando, desde o dia 24 de dezembro, produzir uma mensagem de Natal, ou mesmo de fim-de-ano, mas a inspiração não ajudou muito. Quis fugir daquele tradicional esquema de desejar boas festas, ser um pouco mais criativo, mas as idéias nem mesmo giravam (quanto mais cristalizar...). Aí eu me vi num cenário tipicamente natalino, em termos de latitudes mais avançadas, diante do imenso campo de neve representado pela interminável brancura da folha de papel que se estendia diante de mim. O clima era frio em função da inexistência de "idéias quentes". A visão era de uma imensidão branca instransponível. Nenhuma rena, sem trenós, nem mesmo uma lebre à vista. Olhei para uma reprodução do quadro "A Adoração dos Pastores" do pintor Giorgione, que estava fazendo as vezes de presépio na minha escrivaninha. O menino Jesus, Maria, José, pastores maravilhados, mas nenhuma inspiração. Levantei a taça de vinho tinto que estava acompanhando minha jornada, ensejando um brinde ao aniversariante Menino Jesus. O líquido cor de rubi desceu suavemente pela garganta, dando uma sensação de calor no caração. Aí, eu fitei, de novo, again, novamente, o branco do papel, tentando vislumbrar ao menos um distante esquimó, mas sem êxito. Foi quando me ocorreu que deveria haver algum simbolismo contido nessa situação de uma imensidão branca, de aparência tão relaxante, que teimava em se interpor entre eu e um texto consistente. Era um branco envolvente, reconfortante, apesar da minha ansiedade em vencê-lo. Era algo bom, benéfico e belo. Então eu me lembrei de todas as tradicionais chorumelas de fim-de-ano que eu estive tentando evitar, e verifiquei com um sorriso autopiedoso, que a mensagem estava ali. O tempo todo na minha frente. A mensagem mais importante para o momento em que estamos vivendo. A mensagem para mitigar os nossos medos, para embalar nossas noites de sono. A mensagem ideal para todo o mundo. A paz, na forma de um imenso cobertor branco, que chega a se confundir com um campo de neve, com uma folha vazia de papel. Pois é justamente isto que resolvi desejar a todos vocês, meus irmãos, companheiros de jornada: meus votos de que haja paz. Paz no mundo, paz na sua vida, paz em casa, paz na família, paz no escritório, paz interior. Levantando outro brinde ao aniversariante mais famoso do mês, interiorizo mais uma pequena torrente de rubi líquido, que aquece a noite mas não chega a embotar os sentidos. E, ao final de tudo, taça vazia (porém vitoriosa), me deparo com os campos nevados da brancura do meu papel, onde já estava escrita a mensagem que repasso a vocês com uma imensa felicidade no coração.

Feliz Natal e Magnífico Ano Novo!

São os votos de Vogelheim & Família.
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