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Cartas-->Carta ao Coração II: O que virá após... -- 11/08/2002 - 23:58 (Rodrigo Nogueira da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Carta ao Coração (parte II): O que virá após...


Singrando por oceanos sombrios e alentados, meu pensamento ofega na esperança sempre pernóstica e definhante a mercê da possível realização de um sonho. Que pena as coisas não serem tal como imaginamos...Num minuto lá estava eu, dispersa na felicidade pueril, infinita na alegria vívida e imperceptível. Agora, tão-somente por ser agora, sinto-me só e apagada. E testo a realidade no desejo alienante de estar ébria em algo sublime, grandioso o bastante para suprimir a existência do mundo. Do meu mundo que desabaria e sorveria no calor obtuso, intraduzível de um coração. Mas o que virá após...
Nada. Nada viria após. Afinal, isto é previsível, isto é isto, não é aquilo e, por quê seria? Quem sou eu para julgar a possiblidade dos acontecimentos? Minha voz já não mais fala de mim, sou algo tácito, o invisível que saboreia os dissabores das próprias atitudes incoerentes. Meu Deus, ah! Quem me explicaria esse sentimento, essa febre semântica que explode em minha mente. “Eu”, o olhar sui generis da ignorância do amor. Vejo pessoas, pessoas e pessoas, faces homogêneas na minha atenção descompromissada. Não as reconheço. E o que é verdade...
De tanta mentira o mundo já não mais existe - se o mundo é real, e minha realidade já não é mais verdade, assim de tudo duvido. Duvido até que quem me faz dizer essas palavras, não me ama. Mas estou enganada. Talvez ainda não saiba, mas meu coração diz coisas que só meu olhar pode traduzir. E eu não vejo espelhos. E persisto em não saber o que virá após...

* * *

Minha bela Consuelo, por que pensar na possibilidade de descobrir aquilo que só pertence ao futuro? Olhe a sua volta, veja o brilho das pessoas e materialidade do presente. Não construa seus ideais tão somente em posteridades, faça sua trajetória vivendo a felicidade da realidade concreta, que por sua vez reserva-lhe tesouros outrora inimagináveis... Talvez falasse de “mim”.

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