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Erotico-->52. REVELAÇÕES FINAIS (FIM DE "SOB O SIGNO DO MEDO") -- 23/10/2002 - 07:31 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Frustraríamos os prezadíssimos leitores e leitoras se, ao apagar da luzes destes acontecimentos, não lhes saciássemos a vontade de saber como foi que as personagens do drama caminharam pelas sendas de suas vidas.

Maria do Carmo, verdadeiramente, obteve da mãe as informações sobre as atividades de submundo da família e do marido. Revoltou-se contra eles, não porque julgasse que eram criminosos, mas porque a mantiveram durante tanto tempo alheia aos reais interesses dos familiares. Desejou manifestar o desagrado a todos, mas foi tolhida pela progenitora, que lhe demonstrou cabalmente que não eram pessoas cordatas, quando se tratava dos negócios perigosos do tráfico. Lembrou-lhe o primo que falecera em virtude de super carga de cocaína, para lhe dizer que fora despachado por ordem do próprio pai e do avô, tendo em vista que, em estado de euforia pelo uso dos alucinógenos, punha em risco a segurança da organização.

— Não estás querendo dizer que fariam o mesmo comigo?...

— Estou te dizendo que o teu destino será o mesmo, que não haverá refúgio no mundo capaz de te esconder, se divulgares os segredos da família.

— Mas isso é uma verdadeira máfia.

— Os procedimentos são ainda mais rigorosos, uma vez que as quadrilhas italianas conseguem manter certo respeito de sangue, separando os dissidentes, dando-lhes oportunidade de se refugiarem em outros países, enquanto o pessoal da organização, simplesmente, os manda desta para melhor.

— A polícia não pode...

— A polícia, simplesmente, está nas mãos dos bandidos. Quando se trata de um ou outro policial honesto, logo recebem serviços sem importância. Ou são enviados para os combates nas favelas. Qualquer decisão que interfira nos negócios dos traficantes é barrada pelos superiores. Quando a pressão da opinião pública se exerce, quase sempre por influência dos noticiários de jornais e revistas e da televisão, aí vêm os governantes propor ações de combate ao crime, através da convocação de corporações militares. A maioria das vezes, no entanto, o que se vê são as desculpas esfarrapadas da falta de milicianos ou da falta de armamento compatível com a guerra que o tráfico exige. Mas as verbas são exíguas, porque o Estado está cada vez mais pobre. Não é verdade que os morros são guetos, onde ninguém paga nada para o Governo? Mas as camorras cobram alto preço por impedirem que a legalidade se instale ali. Em suma, estou falando sobre o que não entendo. É que ouço o teu pai contar que pagou tanto para este ou para aquele, trazendo todo o mundo no bolso, até políticos eleitos com o dinheiro emprestado pelos traficantes, a troco de serviços oficiais.

— Quer dizer que quem manda no país...

— ...são os bandidos, assassinos, ladrões, traficantes, contrabandistas, seqüestradores...

— Sendo assim, nossa família deve ser muito importante.

— Há poucas com o mesmo poder de influenciação.

— De onde retiram tanta força?

— Somos os representantes do tráfico internacional.

— Qual o papel de Leandro?

— Leandro é um dos peões que movimentam a distribuição. São muitos para as diversas regiões em que dividiram a cidade. Ele controla a entrada e a saída da coca e mantém o morro em paz. Quando interrompeu a viagem de núpcias, você não ficou sabendo, mas o que veio fazer foi acabar com uma guerra entre as quadrilhas do morro dele.

— E por que não me contou nada?

— Estava proibido pelo comando.

— Quer dizer que minha mãe está cometendo uma imprudência ao me contar...

— Não penses assim. Não te falei nada antes, porque também estava impedida. Agora me autorizaram a dizer algumas coisas por alto. O segredo que contei e que não devia foi a morte de teu primo. Mas acho que irás preservar-me da repreensão de teu pai.

— Claro!

— Por outro lado, a tua boca deve manter-se calada, como se nada soubesses. Continua a proceder como simples moça da sociedade. Vai às festas da benemerência e ajuda o quanto podes os infelizes. Jamais solicites qualquer atribuição no seio da organização.

— Posso falar com Leandro?

— Menos o que te disse sobre o primo. Diz a ele que fui autorizada a te dar os esclarecimentos, para que não provocasses problemas, por causa de tuas investigações. Ele vai entender tudo muito bem, melhor do que tu mesma.



Naquela noite, entenderam-se marido e mulher. Leandro fez questão de mostrar como funcionava o terminal do computador em sua sala particular, para que a curiosidade da mulher não viesse a prejudicá-lo. Mostrou-lhe também a submetralhadora:

— Fizeste uso dela?

— Só para assustar ou manter as assembléias atentas. Quando é preciso atingir alguém, a organização faz uso de mercenários.

— Quer dizer que nunca feriste ninguém?

— Vamos deixar o passado no passado. Quanto menos souberes, menos irás revelar, em caso de tortura.

— Será que a polícia...

— Quem está falando da polícia? Há muitos que gostariam de exercer o meu papel e não hesitariam em apertá-la, se bem que, para fazê-lo, teriam de desafiar o teu avô e aí o papo é outro. Seria uma guerra de gigantes.

Do Carmo notava que Leandro se expandia na referência de suas atribuições. Parecia estar feliz.

— Sentes prazer em falar sobre os teus deveres de criminoso?

— Não me interpretes mal. O prazer que estou sentindo é o de que não tenho mais segredos para ti. Eu não tenho grandes pesos na consciência...

— Acho que não tens consciência.

— Que seja, mas estava incomodado de ter de fazer muitas coisas sem teu conhecimento. Agora vou desempenhar as obrigações de modo mais livre. Por exemplo, posso te dizer, com toda a franqueza, que, se atravessares o meu caminho, deverei removê-la, simplesmente, não precisando consultar nenhum dos superiores. Farei relatório depois.

— Quer dizer que sou um zero à esquerda...

— Quer dizer que somos zeros à esquerda. Só valemos quando estamos proporcionando lucros à organização. Qualquer indício de prejuízo, seja no campo que for, mesmo que alguma notícia extravase para a imprensa, estaremos condenados.

— Pelo que entendi, a imprensa exerce um poder que o próprio Governo não tem. Minha mãe falou sobre os noticiário e tu vens com essa idéia...

— Temos alguns jornalistas na mão. No entanto, se os nomes se publicarem, a entidade internacional queimará os citados, substituindo-os imediatamente. Basta cortar o fornecimento das drogas e das armas. Gente não falta querendo esse gordo quinhão. Não te esqueças de que a solidariedade é precária em nosso meio. Aqui manda o mais forte e a força está na organização e na coesão dos diversos departamentos. E na lei do silêncio, que vale para todos. Penso que tenha dado a ênfase certa ao fato de que quero que te mantenhas calada.

— Foi o que minha mãe me mandou.

— Pois aí está a garantia de nossa vida.



Encerrava-se o ciclo de atendimento a Orivaldo. Estava na hora de se solicitar da Justiça que se manifestasse a respeito dos tiros que a polícia lhe dera. Quando o advogado de defesa do Estado arrolou Mário como testemunha, as chapas de raios X tinham desaparecido.

No banco das testemunhas, o advogado do garoto interrogava:

— Por favor, Doutor, a bala perfurou algum órgão vital?

— Não! Apenas rompeu uma veia na perna.

— Houve sangramento ou hemorragia?

— Houve. Mas...

— Os detalhes técnicos estão nos depoimentos. Informe-nos o que nos interessa. Quanto tempo ficou a criança internada?

— Dois anos.

— Se não ficasse sob os cuidados do Senhor, teria morrido?

— Sem os cuidados de profissionais da área da saúde, teria morrido, por diversas...

— Muito bem. Vamos adiante. Não é verdade que a Justiça precisou resguardar o menino, que recebeu ameaças de morte?

— A polícia precisou isolar o quarto, durante certo tempo...

— Estou referindo-me ao episódio das orelhas cortadas. Não é verdade que foram encontradas três orelhas sob o travesseiro da criança?

— Sim.

— E isso, a seu ver, não constitui uma espécie de ameaça de morte?

— A meu ver, sim. Mas...

— Obrigado, Doutor. Quem o Senhor acha que teria colocado as orelhas sob o travesseiro?

Mário não respondeu de imediato. Percebeu que seu parecer era meramente técnico. Não entendia por que ninguém declarava a pergunta insólita.

— Não tenho a mínima idéia.

— Mas sabe de onde provieram as orelhas?

— Sei. De dois cadáveres do necrotério.

— E não é lógico concluir que, estando a polícia tomando conta do hospital, dia e noite, tinha ela acesso ao necrotério?

— Os funcionários do setor, com certeza. A polícia não sei, pois só assumiu...

— Meritíssimo Juiz, estou satisfeito com as declarações da testemunha.

No entendimento do médico, teria sido de grande importância que fosse reinquirido pelo representante do Governo, mas este o dispensou, inexplicavelmente. Percebeu a manobra do defensor da vítima, fazendo que o júri guardasse na memória que a criança esteve às portas da morte e de que a polícia tinha interesse em demonstrar que poderia atingir outros inocentes, através da ameaça das orelhas.

Em casa, conversando com Marlene a respeito, Mário chegaria à conclusão de que era bem possível que a máfia dos advogados tivesse implantado os pavilhões auditivos, através de algum funcionário.



Baltazar não foi visitado por Leandro, aplicando o dinheiro guardado em uma creche, para filhos de prostitutas. Dava às mulheres segurança quanto à proteção dos bebês e, ao mesmo tempo, através da ajuda de pediatras e psicólogos, ia oferecendo às mães palestras a respeito das futuras reações dessas crianças, quando se inteirassem de sua profissão. Mantinha a esperança de tirar algumas da rua, mas, passado algum tempo, verificou que elas preferiam abandonar os filhos, ao perceberem que não poderiam dar conta da educação deles.

— Querido amigo, dizia-lhe o Doutor Mário, se não abrires as portas de tua instituição a quem tem dinheiro para pagar as estadias, em breve te verás falido. Sabes qual foi a importância estabelecida pelo juiz para a indenização, por parte do Governo do Estado, para o filho do traficante? Cinqüenta mil reais.

— Mas só com Isabel gastaram cem mil!...

— Não te espantes. O que desejavam era formar jurisprudência...

— Ou seja?...

— Queriam que alguém recebesse indenização. Agora, lembrando a conclusão do julgamento, poderão executar o Estado em milhares de outros processos.

— Isto quer dizer que os policiais não poderão mais atingir os civis inocentes...

— Caso contrário, a coisa vai sair muito cara. Mas existe outra conseqüência bastante séria. O poder público acaba de mãos atadas perante o crime, de sorte que só vai atirar quando estiver certo de que não há testemunhas. Inclusive, se matar bandidos, as famílias poderão reivindicar ressarcimento das perdas e danos, bastando comprovar que há crianças e mulheres em estado de abandono.

Baltazar não queria acreditar:

— Não me digas que o caso do pequeno Leandro foi pensado até esse ponto.

— Digo, sim. E digo mais: sabiam que o pai estava ligado a uma organização criminosa e que isso iria interessar ao tráfico, para preservação das quadrilhas nos morros e favelas.

Chegava Marlene, chamando os dois para a mesa. O almoço estava para ser servido.

Sentadas em outra mesa estavam as quatro crianças: Orivaldo e os três filhos do casal. Servia-os a velha Raimunda, agregada à família por força de ter sido reconhecida pelo juiz como tutora do menino e guardiã do dinheiro depositado em nome dele.

Joana servia a mesa dos adultos.



Desejava muito Mário discutir os pontos espíritas que ia absorvendo nas leituras com alguém igualmente interessado nessa filosofia. Não encontrava, porém, tempo para freqüentar os cursos no Centro. Sabia que havia sessões de debates, em que os mais experientes passavam aos novatos as explicações suscitadas por estes. O médico não gostava de se sentir principiante na esfera do pensamento abstrato, contudo, forçava-se a admitir que, à medida que progredia nos estudos, ia percebendo que bem pouco conhecia, apesar de se ter dedicado com afinco a Kardec.

Baltazar não tinha cabedal de cultura teórica e o máximo que conseguia entender eram as orientações práticas para se desenvolver no mediunismo. Compreendia, por exemplo, que não deveria alimentar-se excessivamente no dia em que se disporia à incorporação espiritual. Não tomava sequer café, porque alguém lhe dissera que a cafeína era estimulante capaz de mantê-lo desperto, enquanto precisava alhear-se de si mesmo, para dar azo a que o espírito pudesse utilizar-se de seus recursos mentais e físicos.

Quando Mário lhe expôs que era muito mais valiosa a atitude moralmente sadia, exemplificando com os bons pensamentos de respeito ao Pai e de amor aos semelhantes, Baltazar soube introjetar no intelecto que, nessas ocasiões, não deveria sequer pensar no ódio que as pessoas sentiam aos que lhes dominavam as vidas, a poder de arbitrariedades e da força das armas.

— Sabes a razão desse recolhimento? — perguntava-lhe o Doutor.

— Para não atrair espíritos maus, caboclos degenerados, pretos revoltados, índios antropófagos ou brancos...

Aí hesitava, para não ofender o amigo. Mas Mário definia os “brancos”:

— ...ou brancos cheios de vaidade, de orgulho, de egoísmo, prepotentes, infelizes por se julgarem superiores na Terra, quando a verdade lhes revelou que os espíritos não mantêm a coloração da pele, podendo ser tostados nos ardores infernais do báratro.

Sentia que passava a idéia errônea que tanto lhe repugnara no Catolicismo. Emendava:

— Quem não age em vida com discernimento evangélico, cumprindo os mandamentos segundo a ordenação do Cristo, vai transportar para o etéreo a consciência pesada, já que os sofrimentos se acentuam, porquanto adquiriu a possibilidade do discernimento mas não quis aplicar tal saber para o alívio das dores dos irmãos, não lhes tendo oferecido oportunidades de progresso espiritual. Nesse caso, ao censurar as próprias mazelas, coloca-se nas condições dos que criticava acerbamente, transferindo para si mesmo as características raciais desprezadas.

Falava sem preocupação quanto ao rigor técnico das apreciações. Sabia que Baltazar iria continuar interessado em oferecer-se como intermediário entre os planos. Mas ia salpicando idéias naquela cabeça, crente de que, uma hora ou outra, nesta vida ou em outra condição qualquer, os pensamentos se despertariam para essa linha de raciocínios, facilitando-lhe a adaptação às novas circunstâncias existenciais.

Mal podia imaginar que os benfeitores lhe assopravam intuições da espiritualidade, tão simples lhe pareciam os temas, à vista da complexidade do que vinha lendo em André Luís. Aliás, os protetores se entusiasmavam com a demonstração de fé na teoria espírita, uma vez que Mário não punha nada em dúvida, regozijando-se intimamente por saber que Kardec chegara a imaginar que o plano da espiritualidade dava seqüência ao princípio material, conforme desenvolvera em A Gênese, ao discutir os elementos químicos e suas propriedades atômicas. Mas esses pensamentos não se expunham, porque lhe faltavam os amigos que poderiam interessar-se pelos assuntos. Até no Centro Espírita era difícil de encontrar alguém preocupado com outra coisa que não fosse a prestação de auxílio fraterno no campo das doações de víveres e agasalhos. Quanto ao ensino, era por demais elementar, pois o público era, quase sempre, analfabeto. Pensava em conversar com Marlene, mas a esposa se mantinha irredutível quanto às verdades que aprendera no catecismo e que se repetiam nos sermões dominicais. Mário reconhecia que a esposa precisava de muita coragem para enfrentar os embates da vida, que o gerenciamento do lar se complicava cada vez mais, com o crescimento dos filhos, além do acréscimo daquelas duas criaturas culturalmente tão diferenciadas.

“Quando me aposentar, terei tempo para me dedicar ao Espiritismo, uma vez que os filhos estarão formados e a esposa conformada.”

Gostava do jogo de palavras e se estimulava para novas leituras.

Por essa época, não temia mais a Leandro, que lhe mandava regularmente a polpuda mesada para a criação do filho. Orivaldo correspondia plenamente e ia tirando de letra as duras lições do rigoroso colégio em que fora matriculado. Amava os pais adotivos, que lhe haviam dado o conforto e a segurança de um lar estabilizado. Recuperara totalmente a saúde e, mercê de acompanhamento especializado, pôde crescer segundo os padrões de seu biotipo. Mário via nele, em cor acentuada, as linhas másculas do pai. Em que se iria transformar quando adulto, o tutor não imaginava, mas ia fazendo de tudo para dar ao afilhado as noções básicas da honestidade e da solidariedade humanas, como se não bastasse a riqueza afetiva do tratamento dos tempos da internação.



— Eis a esperança em um mundo melhor! — comentava Dráusio, encarando Alfredo, para que completasse a observação.

— Se todas as pessoas se voltassem para os semelhantes com igual vontade de ajudar, com muito amor, não haveria necessidade de virmos insuflar-lhes idéias, o que tanta aflição nos causa.

— Seria o Cristianismo em ação. Até os padres católicos e os pastores protestantes iriam ter razão, quando afirmam que a influência espiritual é absolutamente inútil. Mas, quando os homens são os lobos dos homens, a verdade sofre tremendos abalos, e tudo o que o Cristo pregou queda esquecido. Como o Mestre sabia ler no coração dos homens, prometeu-nos o Espírito de Verdade, o Consolador, cujo papel está sendo exercido pelo Espiritismo. Com a evolução dos fatos, talvez venhamos a ter a necessidade de o próprio Jesus volver à Terra, porque a Humanidade está estilhaçando...

Neste ponto das elucubrações, soavam aos ouvidos de ambos as palavras de José sobre a assimilação do medo dos encarnados pelos mensageiros invigilantes e ambos se sentiam pesarosos por estarem progredindo tão lentamente. Oravam, então, ao Pai, pedindo luz para o entendimento da existência, segundo as leis cósmicas, que se propunham a estudar.



Nada está pronto e definitivo na Terra, local de expiação e regeneração. Porém, enquanto os homens não compreenderem, com João Evangelista, que “Deus é amor”, o sofrimento estará à espreita de todos, na aplicação da lei divina da Justiça. Isso é inexorável, embora aos homens possa parecer que têm poder sobre a vida e a morte.

Chegará o tempo de Raimunda, de Joana, de Gouveia, de Lourenço, de Leandro, de Mário, de Marlene, de Baltazar, de Maria do Carmo, de Orivaldo e de todas as personagens que se enredam nesta trama maravilhosa que é a vida. Todos hão de receber a misericórdia do Pai, que dá a cada um segundo as obras, para que possam evoluir, adquirindo, pelo amor ou pela dor, os méritos das virtudes. Oremos, para que o entendimento da verdade se dê o mais cedo possível nas almas dos mortais.


Indaiatuba, de 07.11.94 a 02.01.95 e de 08.3 a 04.04.95.
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