Se soubesses o desejo que me ronda qual serpente enlaçada à cintura, que ora sobe, ora desce, atravessando meu corpo com maestria...
Seu contato com minha pele ardente me conduz a uma sensação voluptuosa, que me inflama e excita. Não a temo. Vejo-a, libidinosa, me sugar o seio túmido e estremeço de prazer.
Delicio-me com a umidade da sua língua escorregadia a me lamber o umbigo perfeito e antecipo o êxtase que me aguarda, ao vê-la arrastar-se para baixo. Habilidosa, dirige seu toque encantador ao botão de carne proeminente, que vibra descontrolado. Tento retardar ao máximo a explosão orgástica. Sou vencida quando, em um golpe de mestre, introduz sua sólida e espessa cauda em minha vagina alagada. Absorvida por monumental orgasmo, não percebo que me tornei uma fornalha viva. Minha seiva se transmutou em chama que irrompe, imoderada, como um vulcão em atividade.
Dessa forma alimento aos infelizes a quem a mãe natureza negou o prazer sexual.
Estou sempre pronta para me doar e não o faço em sacrifício.
Da minha serpente não me aparto, ela se incorporou a mim.
Trago-a enroscada no alto da cabeça a me coroar como Deusa da volúpia e Soberana dos sentidos.
Como vês, apossei-me do desejo. Somos uno.
20/10/02
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