é bom de vez em quando
não seguir as regras.;
e quando isso acontece,
se não dá em filhos,
alivia o mundo...
ser muito certo ao ponto de
emudecer diante da tragédia,
pode parecer honesto,
mas é covardia deixar a vida,
assim, paralizada.
e nada mais fazer senão
berrar indignado,
dar murro no carro alheio,
quebrar gravetos
já mortos no chão...
então, caramba,
como querer que a vida retorne
ao tempo em que um toque
nos ombros não era assalto
e a aurora não nos amedrontava?
as mãos como suporte do queixo
e milhões de pensamentos burbulhantes
eram frutos do pathos criador!
a ênfase não está no cara que me olha
desconfiado, tecendo em mim um louco.;
está nele, que parece mais próximo
da insignificância do que eu da satisfação...
por que o sorriso na tua boca parece falsificado?
não se lisongeia um porco por estar fedido.
também que alegria tem o bêbado da esquina
quando a ressaca sem dinheiro o deixa desesperado?
vai ver eu estou lá também...lúcido!
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