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Artigos-->A Família, como vai ? -- 16/09/2008 - 19:34 (Valdomiro Carezia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Família, como vai?



Ninguém tem dúvida: a família está (ou deveria estar) na base de tudo. Só é incompreensível que esteja tão enfraquecida, tão ultrajada; que tenha tantos inimigos a atacá-la. A quem interessa a destruição da família?



Nas palavras de João Paulo II, “O matrimônio e a família constituem os bens mais preciosos para a humanidade. Contudo, verifica-se com apreensão os rumos por eles tomados, não só no Brasil mas no mundo inteiro. O clima de hedonismo e de indiferentismo religioso que está na base de esfacelamento de boa parte da sociedade propaga-se no seu interior e é causa da desagregação de muitos lares”.



Realmente, estamos próximos a uma sociedade totalmente materialista, pela degeneração dos costumes, pelo total desrespeito à vida, à sua dignidade. Vibra-se no meio científico com o que chamam de “revolução genômica” onde o homem será cientificamente controlado como um simples ser vivo; os embriões serão matéria-prima; onde será possível escolher quem pode e deve nascer, como e quando se deve morrer; onde seja possível escolher o sexo e demais características de um filho... Uma verdadeira desumanização do homem que, fácil e legalmente, poder-se-á livrar dos indesejados, seja pelo aborto, pela eutanásia ...



Uma sociedade onde o matrimônio cristão terá pouca expressão (caminhará para o desuso), dando lugar às “parcerias” ou “pactos”, sem se importar com os sexos envolvidos...



O grande problema está na desinformação e na alienação do povo que a cada dia dá mais credibilidade aos meios de comunicação. Fala-se, pensa-se e age-se conforme os ditames da moda, atrelada aos interesses de uma minoria que define e aprova nossas leis, graças aos “acordos” políticos e econômicos...



Como já mencionamos em artigos anteriores, a Campanha da Fraternidade de 1994 trabalhou o tema Família, com o propósito de uma ampla conscientização da sociedade. Decorridos tantos anos, ainda vemos que essa conscientização não foi atingida e, como nunca, se faz necessária. A família precisa da ajuda de todos...



Cada um de nós é chamado a repensar nosso modo de viver, nosso modo de ser família; em especial os pais, educadores e profissionais envolvidos com aspectos familiares precisam saber de sua importância e valorizar cada dia mais seu papel nessa cruzada em prol das famílias.



Lembramos especialmente os nossos governantes, políticos, legisladores: é preciso combater as leis que atacam e enfraquecem os valores familiares.



Trata-se de, através da família, salvar a sociedade de um colapso moral, já em andamento.



A esse propósito, em 1994, o Senador Marco Maciel, em significativo discurso em defesa das famílias, lembrou, com propriedade os objetivos da referida Campanha da Fraternidade: “redescobrir os valores da família, lugar de encontro, espaço de vivência humana, ponto de partida de um mundo mais humano e de acordo com o plano de Deus, e a criação de condições sociais e políticas objetivas, para que a família possa realizar a sua missão”.



Com otimismo marcante, assim conclui sobre o valor da campanha: “Finalmente, pondo em prática o mandamento do amor fraterno, a Campanha da Fraternidade quer nos ajudar a olhar com confiança para um amanhã novo da família, que já pode ser descortinado”. Infelizmente, não passou de otimismo.



Valorizou a família como “a célula primeira da organização social e que reflete a vocação do homem para a vida gregária”, bem como o seu papel “na construção de uma sociedade mais estável, mais pacífica e, conseqüentemente, mais justa.”



Sobre a influência dos meios de comunicação social, o Senador argumentou: “Muitas vezes, os membros da família, no momento em que estão reunidos, têm sua atenção deslocada para fatos exógenos ou fatores estranhos, em função desse apelo excessivo que a mídia exerce sobre as sociedades dos nossos dias, que se caracterizam pelo uso excessivo do rádio e televisão.”



Registre-se também o aparte do senador Gerson Camata salientando a posição de alguns partidos políticos que já colocavam “como base do seu programa de governo ou como um programa a executar a legalização do aborto e a dissolução integral da família, que seria o casamento de homens com homens e de mulheres com mulheres.” Defendeu a posição da Igreja Católica, principalmente no Espírito Santo, sobre “a posição dos parlamentares que, sendo católicos, atendam aos ditames doutrinários da Igreja Católica.” Afinal, a nossa Constituição (art. 226) é clara ao estabelecer que a família é a base da sociedade e tem especial proteção do Estado.



Nessa mesma linha ficou o aparte do senador Amir Lando: “...estamos vivendo um momento de dispersão dos valores, de dispersão das relações sociais. Assim entendemos, hoje, as secessões, as lutas raciais, etc, porque estamos perdendo a essência dos valores fundamentais que são cultivados na família. [...] Se não se preservar essa célula, que constitui o laboratório da personalidade dos cidadãos, vamos aos poucos perdendo a cidadania e perdendo a construção da dignidade das nações.”



Belas e eloqüentes palavras, mas faltam as necessárias medidas práticas; ao contrário, continuam a proliferar projetos e normas que atacam e fragilizam a instituição familiar. Quando teremos representantes em quem possamos realmente confiar?



Encerramos com o premente apelo de João Paulo II à redescoberta da família, célula primeira e vital da sociedade: “É preciso fazer realmente todo o esforço possível para que a família seja reconhecida como sociedade primordial e, em certo sentido, `soberana`. A sua `soberania` é indispensável para o bem da sociedade. Uma nação verdadeiramente soberana e espiritualmente forte é sempre composta por famílias fortes, cientes da sua vocação e de sua missão na história.”



vcarezia@ig.com.br

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