Tudo está calado
Ninguém ao meu lado
Pecado?
Castigo?
Já não sei o que fazer.
Nas árvores os pássaros continuam cantando,
O céu imensamente azul e a lua nessa semana fez o traçado da noite mais acesa...
A casa, o carro, o campo... Perderam-se
A dor, o silêncio e a fome...
Mereço? Pois todos os dias, sob a correnteza, ajoelho e rezo o terço, peço a mãe, ao pai, ao criador...
Venta forte.;
Chove ou quente resfria, batem as portas os Cezares, enquanto ao meu redor o mundo me aperta, me acorrenta, deprime e dilacera. Deixa o meu corpo intacto de morto com febre de alma penada. Com uma sede desgraçada, contando com as noites eternas e os dias infinitos, a correr em cada amanhecer com um grito amordaçado de dor e esperança.
Não tenho saída, vou e volto como de direito, mas não saio. A cabeça doi, não mais adormece.
A força esvai-se, embora outros guerreiros prefiram acreditar no outro dia, em frente de uma tv ou diante da rua com as mãos dos outros.
Prefiro não entender, sabendo que do mal que alimenta minha triste saga, foi breve, mas eterna. É a minha loucura, de sair por aí a mendigar amigos, que preferem em seus castelos anônimos ficar. |