Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62287 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10389)

Erótico (13574)

Frases (50677)

Humor (20040)

Infantil (5459)

Infanto Juvenil (4781)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140819)

Redação (3310)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6211)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Silêncios -- 04/09/2002 - 15:45 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nossos Silêncios

(por Domingos Oliveira Medeiros)



O silêncio do início

Assim foi considerado

Era o primeiro silêncio

O silêncio esperado

O amor que se previa

A paixão que acontecia

Eu estava enamorado



Quase nada se falava

Quase tudo se dizia

Entre olhares calados

O amor acontecia

Eram gestos carinhosos

Afagos bem generosos

Era tudo que se ouvia



E o tempo foi passando

Nosso silêncio aumentava

Não se ouvia barulho

Só o amor escutava

Nas mãos entrelaçadas

Conversas eram trocadas

Na paz que ali reinava



Era o silêncio sadio

Do desejo e da alegria

Dos que se gostam e se amam

O silêncio de quem confia

O silêncio que se consente

O silêncio do amor presente

O silêncio que se vivia





E assim eram as noites

Eternas, silenciosas

Juntos ali trocávamos

Confidências amorosas

Quando ouvimos rumores

De mágoas e dissabores

E de questões duvidosas



Até que veio o silêncio

O silêncio inexplicável

Sem gestos e sem flores

O silêncio injustificável

O silêncio doentio

O silêncio por um fio

O silêncio abominável



O silêncio que incomoda

O silêncio indiferente

O silêncio ensurdecedor

Que explode dentro da gente

O silêncio quase total

Silêncio que não é normal

Silêncio que está doente





Silêncio de quem ouve mal

Silêncio que esconde a verdade

Silêncio sem trégua e sem forma

E que antecipa a saudade

Barulho que se faz presente

Em cada gesto indiferente

Repleto de falsidade



Foram tantos os silêncios

Durante a nossa amizade

E agora que se despedem

Vão deixar muita saudade

Sejam silêncios berrantes

Sejam silêncios falantes

De mentiras e verdades



Teve o silêncio do sim

Teve o silêncio do não

De quem estava afim

E silêncio de separação

O silêncio pragmático

O silêncio enigmático

O silêncio do perdão



Teve até o mais cruel

O silêncio sem retrato

O silêncio indiferente

O silêncio sem recato

O silêncio que entristece

O silêncio que arrefece

E o que mata no ato



Mas de todos os silêncios

Um só eu guardo comigo

O silêncio do teu corpo

O silêncio do abrigo

Minha impressão sincera

Mesmo de quem já era

Do meu amor inimigo

















































.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui