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Teses_Monologos-->Monólogo do Filósofo -- 12/04/2002 - 22:13 (Francisco Assis de Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Monólogo do Filósofo
Dedicado a todos os povos


Do ponto de vista filosófico, a degeneração que a televisão provoca na população jovem, é imensa em comparação com o benefício que proporciona. Se fosse programada numa forma mais racional, teria a aprovação da ciência e da filosofia, pois seria valiosa para a comunidade. No plano intelectual, ela bloqueia a mente humana. Assim sendo, num futuro longínquo, pode ir ao extremo de transformar os indivíduos em robôs: capazes de executarem com precisão absoluta um trabalho mecânico, mas sem nenhuma aptidão de raciocínio para outros.
No mais, não terão existência real, consistirão em seres latentes. Serão privados da faculdade de amar, do senso de retidão, lealdade e justiça. Cessarão de ter os sentimentos morais comuns ao gênero humano, somente mantendo àqueles ligados à matéria. Vai ser uma comunidade homogênea, falando das mesmas coisas, já que perderam a individualidade. E todos trajarão roupas idênticas, num culto à imitação. Os lugares de diversão serão repetidamente os mesmos. E como os cardumes de peixes caminharão sempre juntos e em casual direção.
A inteligência se sobressairá num dos ramos da ciência, e revelará total ignorância dos demais. A criatividade será substituída pela combinação de dados, de sons, de desenho, e de cores. Não haverá mais improvisação. Tudo será estabelecido antecipadamente, sem interferência do pensamento do agente. É impossível estimar como será a comunicação nessa época, pois não mais haverá o amor paterno pelo cientista. Em suma: vai ser mais fácil o homem se transformar num computador cansado, do que imprimir qualidades humanas a qualquer máquina.
Lições de Benevolência
– Todo ser humano é a não-existência do que sempre existiu, visto que, somente o nada é inconcebível, porque não podemos conceber aquilo que não existe. E da mesma forma que não pode agredir seu hospedeiro para não destruir seu ninho e perder seu sustento, também não deve se contentar eternamente com a condição de parasita. Prepare-se para viver do bom costume: ditado pela tradição, velado pelo mistério e trazido à lembrança nas parábolas. Se tiver a intenção de tornar-se um verdadeiro filósofo, é necessário aprender a harmonizar opiniões opostas; e reconhecer que a verdade é como um fato, se revelará de qualquer modo. Nunca se descuide dos laços de amizade, todavia, não veja isso como uma necessidade, pois eles não fazem conhecer o interior humano onde adormecem a lealdade e a gratidão. Todas as pessoas devem ver a justiça como um atributo exclusivamente de Deus, que em si não outorga privilégios a ninguém. Este é o único motivo pelo qual, a classe que exerce o poder sobre as outras, a abomina. Procure vislumbrar na harmonia das partes do corpo, associadas ao fim a que ele se propõe, a beleza física do ser vivente, dentro e fora de si mesmo. Busque entender que, se alguém ao longo da sua vida cultivou o hábito de semear a discórdia entre os irmãos, é porque viveu somente para o seu mundo. Porém, se ao contrário, teve o gozo de um procedimento condizente com o seu ambiente, agirá em todo o caso, dentro dos limites do dever e do ideal moral. Por isso, faça todo esforço para que as circunstâncias adversas não perturbem a sua serenidade quotidiana. E se possuir força moral, discipline seus apetites e desejos, para o bem do corpo e a projeção da alma. Empenhe-se para perder o seu estado inteiramente humano, procurando ver segundo a não conveniência sua, porque o homem é uma ação moral, uma obra perfeita da arte divina, apesar de, em toda a sua rudeza ser uma aparência disforme na natureza. O ser adulto tem de conservar seus hábitos de criança, para não tolher a espontaneidade de se admirar como é; porque o mal só se apodera do homem quando ele perde a aptidão de portar-se como menino. Se sente prazer em pensar, escreva para estimular o seu espírito crítico e abrir os horizontes infinitos do pensamento, pois pensar é participar da Literatura Divina. Se almejar a evolução espiritual, o primeiro passo nessa direção, é refrear a gula; assim, aliviará as suas pernas do peso que têm de suportar e deixará seu ser total menos material e mais psíquico. E simultaneamente, ficará convencido de que, cada indivíduo tem a prerrogativa de achar no seu âmago, tudo aquilo que necessita, evitando assim pedir ajuda àqueles que são iguais a ele, e logrando êxito sozinho. Em breve, perceberá claramente que a excepcional prova de amor que aqueles que se amam podem dar um ao outro, são os laços da ternura. E sem meandros lhe será ensinado que um ato heróico resultante em morte, é menos ecoante do que o heroísmo festejado em vida. Portanto, não deve preocupar-se em agradar ao mundo, consciente de que está desagradando a Deus. Não faça como fazem a prostituta e o ladrão, que à semelhança do cão de caça, são usados e estão sempre cansados, pois nunca apanham a presa para si. Perceba que a existência humana contém uma evidente duplicidade, a qual pode ser explicada até aos que não alcançam no seu entendimento, que: quando os ideais são transcendentes, a luz não fica submersa nas trevas. Que aquele que avilta os seus princípios morais, converte em céticos todos os outros que com ele convivam. Nessa hora terá o ensejo de conceber que, em algo que um ser humano despendeu tempo para pensar, não pode haver compreensão sem esforço. Conhecerá bem, que aquele ser que tem domínio da sua mente, não será vítima do efeito dos sedativos para induzi-lo ao sono contra a sua vontade. E lhe será permitido conceber, que as emoções somáticas, associadas à parte espiritual do homem, satisfaz o seu orgulho e suaviza a sua vaidade. Contudo, se tiver a intenção de compreender prontamente a elevação da consciência alheia, antes, terá de empenhar-se em engrandecer a sua. E assim compreenderá porque todo sábio sabe tornar menos dolorosa a estranha visão oposta da sua nudez psicológica, e porque a mente é a única atividade da alma que atende sua urgência de satisfação. E lhe será evidenciado porque os cientistas ao inverso dos filósofos, não gozam da condição de auto-suficiência, ainda que tendo possibilidade de trazer uma contribuição original à cultura da humanidade. E desse modo verificará que, se Deus desse para todos, aptidão natural para pensar racionalmente, seria a falência das escolas, pois o ser humano de sensibilidade, é capaz de conceber profundamente. E por outro lado, descobrirá que os homens não nasceram para competir entre si, mas para se amarem e usufruírem o bem sem disputa, à semelhança do plano divino. E só assim perceberá claramente que não há razão para bisar por costume, a menos que não saiba distinguí-lo da oportunidade. Faça-se consciente de que, se a minha vida é um céu iluminado, é porque a formo no espírito e a vivo com total simplicidade, impedindo desse modo, que ele se esconda. Que se uma pessoa real pode ser um idealista de fato, sem perder o seu caráter prático, qualquer criatura que tencione elevar sua alma acima do ponto alcançado, deve edificar dentro de si sua torre de ascensão. Visto que nenhum objeto do conhecimento superior pode ser conhecido por meio do aprendizado inferior. Algo que está acima do entendimento intelectual, não pode ser apreendido e descrito usando as idéias comuns do intelecto. Por esse motivo, aquele que almeja sabedoria infinita, deve procurar harmonizar-se com os aspectos nobres da vida e dedicar-se por qualquer meio a servir aos outros. Todavia, temos de conviver com condutas genuinamente emocionais, fruto do raciocínio facultativo, que não se baseia em concepções imparciais. Por isso, quando os homens pensam a verdade universal, não pode haver grandes divergências nos seus pensamentos, porque vivenciam unanimemente todos os efeitos das causas que desencadeiam. Em conseqüência disso, é indispensável compreender, que somente o sucessivo esforço do homem de erguer-se acima do seu nível de nascimento, o fez elevar-se intelectual, mental e espiritualmente. Ninguém tem o direito de julgar totalmente culpado aquele que não detenha o domínio da mente. É necessário ter no espírito que, todo ser humano tem a obrigação de tentar influenciar seus semelhantes que não ambicionam ver, embora, com total liberdade para desistir. Justiça é a meta cobiçada por aqueles que estão buscando um caminho para Deus. Que conscientes dessa necessidade, se esforçam para compreender a razão contida atrás de todo ato. Ao passo que a sabedoria é um conhecimento pessoal e profundo, gerado no interior do homem, tal qual uma bênção alcançada por meio da prece, quando raciocínio e intuição se confundem. Porém, a iluminação que significa compreensão do homem e da sua finalidade, motivada por inspiração da divindade, não está ao alcance da inteligência arbitrária do ser humano. O oceano é simultaneamente fonte e desembocadura, simbolizando o universo. Do mesmo modo que o homem é o fluxo que mana de um lado para o outro num vai e vem infinito. Da foz para a nascente, a corrente é aparentemente impossível. Do fim para o começo desconhecido, a caminhada não é compreendida. Umas certas correntes se fazem inertes e se escondem por tempo indefinido. E muitas criaturas humanas têm o mesmo destino, ficam estáticas e desaparecem, porque não fizeram jus à vida e a realidade que retinham em seu poder. É essencial entender que aquilo que encaramos como destruição, não é coisa alguma além da outra fase natural de um processo construtivo. Para completar sua instrução, saiba que o demônio é o aspecto carnal do homem, que vive a miséria ou entrega-se à ganância, sendo induzido por tudo que o façam ver ou ouvir. Que o converteu em escravo de todas as invenções materiais que o mundo o fez conhecer. Assim sendo, a tendência natural pela posse e o desejo de acumulação, podem transformar o homem honesto num ladrão, impedindo sua união essencial com seus semelhantes e com Deus. Pois em todas as criaturas existem dois instintos opostos, e somente quando eles se combinam entre si, é que surgem os incompreendidos, os heróis, os gênios, e conseqüentemente, os iluminados.

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