O PFL perdeu uma grande chance de ficar calado. Ao mesmo tempo em que tenta vender pro Brasil a idéia de que o país deve dar chance a que uma mulher o governe, numa esperteza política típica de um partido sempre ávido pelo poder, aderindo à onda do discurso feminista segundo o qual a mulher sempre é melhor que o homem em tudo que faz, usou outro peso ao destilar seu veneno sobre Marta Suplicy. Se fossem um pouco mais espertos, os caciques do partido refletiriam antes de desqualificar a administração petista da mulher Marta, porque se o discurso político de viés feminista quer honrar a figura da mulher Roseana não deveria atingir a de Marta, acusando-a de corrupção de forma leviana.
Aliás, o PFL revelou sua máscara: quer usar uma mulher para continuar sugando nas tetas do poder. Que projetos políticos distintos desse atual governo ela nos apresenta? Que propostas “radicais” ela tem em mente para mudar a miséria que assola o Brasil, fruto da inércia de um governo medíocre, cego à realidade amarga de seu povo, do qual faz parte seu irmão, Sarney Filho? Que milagres fará Roseana para convencer o eleitorado brasileiro que ela é diferente do seu PFL que agorinha mesmo deixou milhões de empregados ainda mais à mercê dos interesses dos patrões, ao mudar a CLT?