Usina de Letras
Usina de Letras
181 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62272 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13574)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5454)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->A ignominiosa morte da razão -- 04/12/2001 - 10:42 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os que definem o comunismo como a pior praga que já acometeu a humanidade, pelo fato de ter sido a causa da morte de milhões de pessoas, dão a impressão de ser justa e honesta sua indignação contra essa ideologia pela forma contundente, apaixonada inclusive, como defendem a vida humana. Afirmam tais pessoas que a ideologia comunista é iníqua exatamente porque não respeita a vida como a mais preciosa dádiva de Deus aos homens, levando a cabo a existência de milhões de inocentes de forma sumária pela simples loucura de querer instaurar no mundo sociedades iguais ou comunistas.



Eu concordo plenamente com os críticos do comunismo em relação ao extermínio em massa dos inimigos dessa ideologia. E me afasto milhões de quilômetros deles quanto à defesa ardorosa do capitalismo exatamente porque teimam em negar que tanto um quanto outro sistema, ressalvando-se as diferenças intrínsecas à natureza de ambos, desprezam a vida humana, tendo gerado mortes aos milhões no decurso do tempo.



Os milhões que morreram em todas as guerras obviamente não podem ser debitados na conta do comunismo, visto que foram vidas ceifadas à conta de ações militares com fins expansionistas e/ou patrióticos, conflitos civis, religiosos e de outras naturezas.



Por limitar sua indignação às mortes por razões ideológicas, os críticos do comunismo dão a entender que aquelas por ele causadas são mais ignominiosas do que as causadas, digamos, pela Inquisição ou pela Revolução Francesa. E o que dizer do silêncio desses críticos quanto à ação americana no Afeganistão, em função da qual já morreram milhares de pessoas? Aliás, o silêncio somente é quebrado para defender o “direito” norte-americano de fazer a “guerra justa”, de contra-atacar os que lhe impuseram as mortes absurdas em 11 de setembro.



Não sabemos de pessoas como Olavo de Carvalho e seus discípulos terem erguido a voz em defesa da dignidade da vida dos afegãos. Parece mesmo que matar em nome de valores presumidamente justos aos olhos do ocidente capitalista é aceitável e digno, ao passo que matar em nome de ideologias ou fanatismos não. A dignidade da vida, então, passa a ser relativizada, com a morte se tornando uma moeda com a qual se paga justamente por ela em alguns casos, em outros significando sua indesculpável traição.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui