O meu nome é Manézinho
Vim da cidade de icó
Sou cordelista e poeta
Mas aqui me sinto só
Tá faltando parceiro
Para um duelo certeiro
Que tenha Borogodó.
Num aparece ninguém
Que queira aqui Porfiar
E que tenha qualidade
E goste de duelar
Sem agressão pessoal
Que saiba rimar legal
Para bater ou apanhar.
Pode ser quadra ou décima
Ou mesmo vir de sextilha
Em quadrão ou parcela
Igual a mim na setilha
No galope à beira mar
Escolha e pode chegar
Você mesmo faz a trilha.
Escolha o tipo e decida
Eu aqui estou esperando
Para brigar no cordel
Os mestres desafiando
Na moral de cavalheiro
Tou esperando o primeiro
O meu estro já tô afiando.
Podem o tema escolher
Sendo homem ou mulher
Precisa é ter coragem
Sabendo como é que é
Tudo dentro do riscado
Cordel limpo e arretado
E na vitória ter fé.
Parece que por aqui!
Eu não tenho adversário
Os que tinha correram
Se escondendo no armário
Eu não quero falar mal,
Mas nesses bato de pau
Por isso estou solitário.
Eu chamo Lílian maial
Piolho chato e coadinho
O Géber Romano e Jorge
Rubenio no meu caminho
Airam, Milene e françuá!
Mestre Egidio do Pará
Para eu não ficar sozinho.
Estou chamando o Fiúza
Domingos e Lumonê
Dom Kless e Geraldo Lyra
Athos e o Xavier JB!
Antonio Albino Pereira
Georgina e Zé Ferreira
Tanajura quero ocê.
Podendo vir qualquer um
Que saiba fazer cordel
Aceitando os desafios
E fazendo seu papel
Vamos alegrar a usina
Naquilo que se destina
No atacado ou a granel.