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Cordel-->VEJA A VEJA! -- 19/02/2003 - 21:05 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VEJA A VEJA!
J.B.Xavier
19-02-2003


Veja a Veja, veja a Veja!
Veja a Veja da semana,
E conclua aí, amigo,
O que é ser um sacana!

Porque vou contar agora,
O que jamais alguém viu
A não ser na antiguidade
Da história do Brasil!

Foi lá em 54,
Que essa coisa começou,
E até 2003
A história não mudou.

Houve um homem de gravata,
Colarinho todo branco,
Que apesar de ser pilantra
Vendia a imagem de franco.

Amigo dos poderosos,
Inútil como pessoa,
Foi na carreira política
Que veio a ficar numa boa!

Posou em fotos marcantes,
Ao lado de presidentes,
Imoral até à medula,
Um vírus bem resistente!

Foi deputado, foi tudo,
Depois foi governador,
E após cinqüenta anos
Ainda é senador.

Bateu em câmeras-man
Mandou matar, apagou,
Coitado do desafeto
Que em sua frente cruzou.

De Toninho Malvadeza
Ele foi apelidado
Até que por um presidente
Ele foi requisitado.

Seu poder era tamanho
Em lidar com a escória
Que nem a morte do filho
Mudou a sua história.

E então se reuniram
ACM e FHC,
E desse encontro saíram
Com tudo por resolver.

Ok! Falou ACM,
Eu mexo lá no painel,
O povo que me condene,
Ainda assim vou pro céu!

Eu te vejo lá em cima,
Falou o FHC,
Faça isso pela causa,
E estarei com você!

Eu preciso saber quem
É, afinal.meu amigo,
E não creio haver ninguém
Que goste mais do perigo.

A ninguém eu pediria
Um sacrifício tamanho,
Mas considere que um dia
Nós vamos sair no ganho.

Eu te sacrificarei!
Seja-me portanto, grato,
Que te recompensarei
Antes do fim do mandato!

E disse ACM sisudo,
Sei não, estou a pensar
Que se descobrirem tudo
Terei que renunciar...

Nada de idéia infeliz
E nunca pense em renúncia,
Porque em nosso país
Tudo pára na denúncia!

Desta vez não é igual!
É uma parada dura,
Não é uma coisa normal
Como foi na ditadura!

Além disso, caso eu caia,
Terei que passar meu dia
Indo somente à praia
Ainda que em toda a Bahia...

Já você, fica no cargo,
Tranqüilo e cheio de glórias,
Ministrando o gosto amargo
Das medidas provisórias...

ACM, sou seu fã!
Nada a você eu ensino,
Tu já eras meu galã
Quando eu era ainda menino!

Já estavas no poder
Quando eu era fugitivo,
Porque só tu sabes ser
Sonhador e cognitivo.

Com o sonho tu alardeias
Esperanças à nação,
Depois, mostrando tuas peias
Usas a cognição!

Obrigado presidente
Por lembrar eras passadas
Quando, pra ser convincente
Era só descer porrada!

Hoje não é mais assim!
Hoje tá tudo mudado!
E se ofenderes a mim,
Cai na mão de advogado!

Agora até a OAB
Ergue da paz sua pomba
Por certamente esquecer
Uma certa carta-bomba...

Qualquer palhaço dá ordens,
Qualquer um hoje é valente,
Eu acabava as desordens
Com um belo soco no dente...

Calma, calma, ACM
Não se enerve junto a mim,
Porque até o diabo treme
Quando te encontra assim...

Pra você isso é barbada!
Não faça, assim, escarcel!
Ninguém vai ver, arrombada,
A porta desse painel...!

Sei não...eu tenho inimigos,
E o maior deles é Deus...
Que, para me dar castigos
Vai levando os filhos meus...

Que é isso, amigo ACM!
Nada de superstição!
Você é macho, e não treme!
Use a cognição!

Tá bom, tá bom, eu aceito,
Mas o preço, sem embargo,
É que quero ser eleito
Quando vagar o teu cargo!

Ta feito! Arrombe o painel!
Depois vemos a permuta...
E coloque no papel
Todos os filhos da puta!

Quero ver quem votou mal,
Esses não quero aqui.
Sou teu cabo eleitoral
E tu és meu Golbery...

ACM, sorridente
Disse: Ajudo você!
Mas me diga, presidente,
Nós temos um “plano B”?

“B”, “C”, “D”, e o plano “X”
Esse é de arrebentar!
Mas, foi o povo que quis,
Por isso vou te contar!

É um plano de respeito,
Que guardo no coração
Desde que fui eleito!
O codinome? Apagão!!

Então chegou o PT
Causando reviravolta
E acuando ACM,
Mudo em sua revolta.

Mas depois chegou o Lula
Puro qual uma criança
E ACM sumiu
Para tramar a vingança.

Buscando comprometer
Quem com ele discutia,
Mandou logo grampear
Os fones de meia Bahia!

E escutou inimigos,
Traçando vasto inventário
Até mesmo dos amigos
E dos correligionários.

Ouviu histórias de amor,
Picuinhas, planos mil
Em página vergonhosa
Da história do Brasil!

Pensando em seu velho amor,
Julgando ser D. Juan,
Pensou ser “el comedor”
Das bandas de Itapoã.

Mas seu amor, muito jovem,
Ia ainda ao pediatra,
Enquanto ACM há muito
Freqüentava o geriatra!

Não querendo desistir
De seu amor arretado,
O famoso coronel
Perseguiu seu namorado.

Mas o cabra, que de tolo
Não pode ser acusado,
Até porque não é santo
Sendo um grande advogado!

Ao sentir-se ameaçado
Pôs a boca no trombone
E delatou a escuta
Que havia em seu telefone.

Dali pra frente a bolinha
A montanha foi descendo,
E quanto mais avançava
Mais ela ia crescendo!

No que vai dar ninguém sabe
Mas pense um pouco, irmão!
Tu também pode vingar-se
Nessa próxima eleição!

Caiu na boca do povo,
Finalmente esse sacana.
Veja a Veja, veja a Veja.
Veja a Veja da semana.

* * *
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