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Artigos-->NOVA IORQUE: a cena muda -- 28/11/2001 - 17:57 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na cena novaiorquina, a cidade do espetáculo, a caça às tendências está fora de moda



Por Thomas Fischermann (DIE ZEIT online, 15/11/2001))

Trad.: zé pedro antunes



Hoje outra vez o ambiente está cool no Café Gitane. O pequeno Sandwich-Bar na Mott-Street tem o mesmo ar decadente de seus melhores dias. À porta de entrada, Patti Smith espera por um sanduíche. A garçonete serve almôndegas à Ikea (very nouveau impoverished). Mas Irma Zandl já não segura mais a onda. Ser cool no Soho e no centro de Manhattan? "É ridículo", ela comenta, "ver as pessoas à caça das últimas tendências".



Por duas razões, isso me surpreende. Em primeiro lugar, Irma Zandl veste uma saia de plástico laranja, a bolsa combinando. Em segundo lugar, Irma Zandl é a presidente de uma agência que pesquisa das últimas tendências. O Grupo Zandl assessora, em questões relativas à cultura jovem, firmas como a Coca-Cola e a Ford. O “laboratório de tendências”, uma instituição caseira, sabe tudo sobre os hábitos das pessoas jovens (idades entre 8 e 24 anos), seus repórteres não largam do pé de cabelereiros e barkeepers da cena de Nova Iorque, classes inteiras de estudantes acham-se empenhadas nas pesquisas de opinião. "HotSheet", uma publicação da agência (seis edições por 30,000 marcos), segreda aos leitores, em ritmo bimensal, "tudo o que é quente".



Mas, com efeito, as pesquisas de tendências já foram um dos maiores negócios de Nova Iorque. No início dos anos 90, a caça às modas de vanguarda assanhava ainda uma horda inteira de especialistas em marketing, publicitários e agentes diversos. Na época, Irma Zandl escreveu um livro sobre os assim chamados "consumidores-alfa": Ela se incluía entre os "caçadores do cool" e sussurrava aos ouvidos das firmas que os produtos de consumo de amanhã teriam de ser moldados de acordo com o gosto dos freqüentadores da noite.



Mas a caça às tendências saiu de moda. Em cidades como Nova Iorque e Londres, tantas tendências novas vieram surgindo nesse meio tempo e se justapondo, que, de alguma forma, tudo passou a ser “in”. Assim sendo, como haverá o empresário de programar suas estratégias de lançamento? E agora, ainda por cima, a recessão paira sobre a América, e os ataques terroristas e a guerra abafam os desejos de consumo e as aspirações a uma vida cool. Irma Zandl afirma: "Aposto que, com os cortes nos gastos, os caçadores do cool logo haverão de ser os primeiros a ter de acreditar nisso que estou dizendo".



Mas o Grupo Zandl naturalmente não vai sofrer com a mudança, conforme ela diz. Já há tempos ela vem orientando a firma no sentido de preocupar-se preferencialmente com as tendências de longo prazo. Em vez de seguir as modas de vanguarda, o Grupo Zandl funciona hoje como um barômetro da cultura popular, do gosto de massas que predomina entre as gerações mais jovens. "Para os nossos clientes é muito mais importante tornar a encontrar seus produtos nos supermercados do que nos bares da cena", revela a pesquisadora de tendências.



Mas haverá talvez ainda uma outra razão para que as coisas assim se configurem. A crer nos prognósticos do laboratório de tendências Zandl, coisas bastante incomuns podem ser consideradas “in”. Jovens americanos comem cada vez mais "nachos", ficam cada vez mais gordos, vestem cada vez mais roupas militares usadas, ouvem bandas pop cristãs, surfam no pio ‘Beliefnet.org ("Qual crença se adequa ao teu tipo?") e idolatram George W. Bush. É por isso que Irma Zandl não pode correr mais atrás das últimas tendências? Os últimos acontecimentos da moda já não satisfazem mais suas aspirações? "É claro que sim", ela diz. "Gosto de homens jovens, desses que andam por aí, estão por toda a parte, com suas jaquetas azul-claro peludas. Tenho o maior prazer em observá-los".



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