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Artigos-->Segunda Guerra Mundial - O Holocausto Judaico -- 18/02/2008 - 10:30 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Segunda Guerra Mundial . O Holocausto Judaico .

Prof. Edson Pereira Bueno Leal, fevereiro de 2008 .



Início da perseguição aos judeus

Quando Hitler foi eleito chanceler , havia 600.000 judeus na Alemanha , integrados à vida do país e com intelectuais como Albert Einstein , Hannah Arendt e Walter Benjamin . Cerca de 350.000 conseguiram deixar o país antes da guerra e dos que ficaram menos de 1.000 sobreviveram até 1945 .

De 1901 a 1932 , de 100 prêmios Nobel , 33 foram para os alemães , 18 para os britânicos e 6 para americanos . Dos laureados alemães , oito , cerca de 25% eram judeus , quando na época os judeus representavam apenas 1% da população alemã .

Apenas dez semanas após chegar ao poder, Hitler demitiu a maioria dos judeus que trabalhava para o Estado . Todas as universidades eram estatais e de um momento para outro todos os acadêmicos judeus ficaram sem emprego .

Com esta medida Hitler deu início a um imenso êxodo científico da Alemanha , que em muito contribuiu para a derrota na guerra . O Conselho de Assistência Acadêmica, criado para auxiliar os professores exilados registrou ao final da Segunda Guerra cerca de 2.541 acadêmicos registrados , a maioria alemães e austríacos , dos quais 27 ganhadores de prêmios Nobel .

Na Primeira Guerra Mundial o químico Fritz Haber inventou um método econômico de sintetizar amônia , base dos nitratos essenciais para a produção de fertilizantes e explosivos que evitou a derrota alemã logo no início , pois o bloqueio naval aliado impediu o acesso ao nitrato chileno .

Os físicos exilados da Alemanha possibilitaram aos EUA o desenvolvimento da bomba nuclear , como o italiano Enrico Fermi , o pai da bomba H Edward Teller e o austríaco Erwin Schrodinger .

Com as migrações, de 1951 a 2002 , dos 327 prêmios Nobel concedidos 55% foram para os EUA , 13% para o reino Unido e apenas 9% para a Alemanha .

Bibliografia : Medawar, Jean e Pyke, David . O Presente de Hitler - Cientistas que escaparam da Alemanha Nazista . Editora Record.

Documentos do genocídio

Os SS tomavam muito cuidado para manter em total segredo a operação “ câmara de gás” . Não só os documentos eram secretos , mas a linguagem oficial tinha também os seus códigos . Não se falava em execuções, mas em “tratamento especial”. Os nazistas procuraram destruir todos os documentos que se referiam aos campos . Mas havia centenas de milhares de papéis dispersos por uma infinidade de lugares . Alguns fatalmente iam escapar .Muitos arquivos sobre o transporte de judeus foram destruídos . Mas os da estação de Minsk , foram encontrados quase na íntegra e recuperados pelo Exército Vermelho e permitem estabelecer as partidas de judeus para Auschwitz . Muitos documentos financeiros também foram recuperados porque as estradas de ferro cobravam da gestapo pelo transporte dos deportados , simples ida para os judeus e ida e volta para os policiais que os acompanhavam .

Embora os campos tenham sido arrasados , restaram documentos e testemunhas .Foram recuperadas cartas do comandante de Treblinka sobre a construção do campo , documentos do transporte para os campos Somente durante o verão de 1942 os documentos registram o envio de 310 mil judeus do gueto de Varsóvia para Treblinka .

Na cidade de Bad Arolsen , na Alemanha ,um antigo quartel da SS contém o que é provavelmente o mais extenso registro de horror humano jamais mantido . São mais de 47 milhões de arquivos que cobrem 26 quilômetros de estantes , contidos em cadernos comuns , de capa dura ,divulgados pela primeira vez em 2006 . No “Totenbuch” ou Livro da Morte , compilado no campo de concentração de Mautrausen, na Áustria está registrado o “presente” que o comandante do campo preparou para Hitler por ocasião do aniversário do Fuhrer em 20 de abril de 1942 , quando para comemorar o dia cerca de 300 prisioneiros russos foram selecionados para execução e executados com um tiro na nuca , uma bala disparada com uma pistola na base do crânio , à razão de um cada dois minutos .

Os arquivos foram utilizados exclusivamente pelo Serviço Internacional de Rastreamento da Cruz Vermelha para averiguar o destino de milhões de pessoas desaparecidas sob o regime nazista , mantidos fora do alcance do público por objeções da Alemanha , mas agora a comissão de 11 países que controla o arquivo decidiu abri-lo aos historiadores pela primeira vez .Os documentos são um golpe contra os que negam o Holocausto . ( F S P 19.05.2006 , p. A-15) .

Segundo o Prof. Hilberg “Que fim levaram esses três milhões de judeus poloneses? Sabemos que eles foram levados para Auschwitz, Treblinka , Belzec . Podemos prová-lo com os documentos relativos aos transportes . se esses campos não eram campos de extermínio , onde estão essas pessoas? Quando o Exército Vermelho chegou a Treblinka , para onde centenas de milhares de judeus haviam sido deportados, não havia mais nada . Apenas estâncias agrícolas . Onde estão estas pessoas ? “ .

Antisemitismo de Hitler

É incompreensível a perseguição aos judeus considerando que eles tinham 900 anos de integração . O iídiche , idioma falado por 12 milhões de judeus europeus até a II Guerra é essencialmente um dialeto alemão medieval . Os judeus alemães estavam entre os mais assimilados da Europa . Muitos judeus acreditavam que a perseguição anti-semita não os atingiria , pois eles se consideravam simplesmente alemães . ( Veja, 2.7.2003 , p. 43) .

Hitler já em 1919 afirmava em uma carta que “ o anti-semitismo racional” , de qualidade superior ao “anti-semitismo emotivo” levaria à sistemática supressão dos direitos dos judeus , tendo como inabalável objetivo final sua eliminação .

Hitler já havia explicitado seu pensamento sobre os judeus no 4°capítulo de Mein Kampf : " Da mesma forma que a raposa não se comporta filantrópicamente com os gansos ou o gato com o rato, o ariano não deve ter qualquer piedade para com as raças inferiores ou misturar-se a elas "..." O judeu não tem uma civilização própria . Não tem qualquer idealismo . Mostrou-se incapaz de construir um Estado . As conquistas artísticas de que se vangloria não são mais do que vigarices ou roubo intelectual . Além disso , recebeu de seu Antigo Testamento ordem de destruir o mundo ."

Para Hitler a derrota na Primeira Guerra Mundial foi o momento mais negro da história alemã e ela tinha sido culpa dos judeus . Muitos alemães pensavam também desta forma. Durante a década de 1920 , os judeus foram ainda responsabilizados pelas crises econômicas de 1922-1923 e pela implantação da brilhantes , mas politicamente frágil República de Weimar ( 1919-1933) .

A palavra genocídio foi cunhada pelo jurista polonês Raphael Lemkin, em 1944 , para descrever as atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus durante a II Guerra . A palavra é composta pela palavra grega geno que significa raça ou tribo e o latim cidio que significa massacre .Lemkim era um judeu que perdeu 49 parentes na guerra e procurou criar um conceito inexistente no direito internacional que punisse com rigor uma tentativa patrocinada , ou apoiada por um Estado , de exterminar um grupo étnico , racial ou religioso . Uma convenção em 1948 definiu o genocídio como crime gravíssimo contra a humanidade .

Bibiografia – Kershaw, Ian . Hitler 1889-1936 Hubris . .

Holocausto e a população alemã.

O holocausto judaico é sempre uma questão incômoda pelo envolvimento da população alemã . O cientista Raul Hilberg em "A Destruição dos Judeus Europeus" , levantou o papel no massacre dos funcionários da companhia de luz e gás que os desligavam para o judeu deportado, dos locadores de casas e apartamentos , do Correio, dos ferroviários , dos industriais , etc. Todo mundo sabia um pouco do massacre . Milhares de alemães lutaram com impressionante fanatismo até o fim . A maior produção industrial alemã foi registrada na primavera de 1945 , um mês antes da capitulação incondicional . Como imaginar que uma população com tão elevado nível cultural tivesse se envolvido sistematicamente no extermínio de toda uma etnia ?

O anti-semitismo na época estava espalhado por toda a Europa, mas jamais havia alcançado a dimensão de assassinato em massa .

Como um povo pode ter embarcado em idéias preconcebidas tão absurdas quando a ciência na época já tinha provado cientificamente que a idéia de raça era uma aberração estatística? É difícil compreender como a propaganda nazista conseguiu fazer com que pessoas de uma das mais cultas e civilizadas nações que já existiram , matassem sem pudor seus concidadãos .

Segundo a filósofa alemã Hannah Arendt , os nazistas conseguiram promover a matança de judeus por que , entre outras razões , a sociedade alemã da época mergulhou em massa " no auto-engano , na mentira, na estupidez " .

Para Gotz Aly , autor de “Hitlers Volksstaat “ , a maioria dos alemães foi conivente com as atrocidades hitleristas , sobretudo por que havia um monumental sistema de compensação, um “Estado do Bem Estar Social “ nazista , fruto dos bens pilhados das nações que invadiu e com o uso da mão de obra escrava dos “seres inferiores “ internados em campos de concentração . Para ele , não interessava aos alemães saber de onde vinha , nem de que maneira era obtida a riqueza que sustentava o seu bem estar , pois o Terceiro Reich havia sido o responsável pela superação da crise posterior à Primeira Guerra e havia recuperado a auto-estima dos antes humilhados alemães . Com esta tese , os alemães foram cúmplices e não vítimas do regime assassino de Hitler . ( F S P 8.5.2005 , p. A-27) . A partir de 1943 a economia começou a entrar em colapso com as derrotas que acabaram com a possibilidade de novas conquistas territoriais e com a prioridade dada ao extermínio dos judeus , que consumiu os já escassos recursos .

Os nazistas costumavam se referir aos campos de concentração com eufemismos usando termos como “administração” e aos campos de extermínio como “economia . O genocídio era a "solução final " . Nos campos era proibida a palavra "Cadáver" , falava-se apenas em "figuras" para se referir aos corpos. ( F S P . Mais 19.11.2000 ,p 10).

Essa atitude “objetiva” , como relata Hannah Arendt, era típica do modo de pensar da SS.

As soluções para a questão judaica

Dessa forma, durante o período de governo hitlerista houve três soluções para a chamada “questão judaica”. A primeira delas, adotada no começo do regime, foi a expulsão, que se mostrou, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial em 1939, impraticável, tendo em vista os problemas que surgiram durante a guerra e que se tornaram um óbice à emigração forçada, como a dificuldade no transporte de pessoas, além do que, com a conquista dos territórios poloneses havia cerca de 2 milhões de judeus a mais para se preocupar.

De outro lado, era natural o esgotamento dessa via tendo em vista de um lado os entraves em se conseguir emigrar e do lado alemão a falta de movimentação para fazer os processos caminharem.

Muito embora essa solução ainda parecesse ser a vontade do governo, que só suspendeu a emigração em 1941, ela já não era mais possível e, dessa forma, segundo afirmou o próprio acusado, ele teve três idéias que fizeram parte da chamada segunda solução, a concentração.

A primeira delas foi a “idéia de Nisko” que consistia numa área na Polônia que seria destinada à formação de um Estado judeu autônomo sob a forma de protetorado, um lugar sem moradia, sem água, na qual os poços estavam repletos de doenças como cólera e tifo.

A segunda idéia foi o projeto Madagascar que previa a evacuação de 4 milhões de judeus para aquela ilha no sudeste africano. Esse projeto serviu, na verdade, como pano de fundo para os preparativos da “solução final”. Dessa forma, quando, um ano depois, o plano foi considerado ultrapassado todos estavam preparados para o que seria a única solução logicamente possível.

Antes, porém, houve uma terceira tentativa igualmente fracassada, que visava também à criação de uma pátria judaica, dessa vez numa cidade-fortaleza boêmia que se revelou pequena demais para a realização do intento. Igualmente aqui existiu um escopo obscuro, o de servir como uma miragem para os outros países.

Como explica Hannah Arendt, “tudo isso aconteceu quando o tempo de ‘soluções políticas’ já havia passado, e a era da ‘solução física’ havia começado”.

A solução final

A partir de 1941 já era sabido que a solução que se delineava como única possível era a terceira solução ou “solução final”, o extermínio. Este se dava por duas formas: fuzilamento e câmara de gás.

Antes da entrada em operação dos campos de concentração , os judeus já vinham sendo eliminados pelos nazistas de forma sistemática desde 1941 . Acredita-se que em março de 1941 Hitler deu a Goering e a Himmler a ordem de execução em massa dos judeus .

Os assassinatos eram feitos a bala e ficavam a cargo dos Einsatzgruppen ( grupos especiais formados por policiais , SS e SD ) , esquadrões especialmente destacados para esta tarefa que em 18 meses de atividade , estima-se tenham eliminado cerca de 1 milhão de judeus na Polônia , Estônia, Ucrânia , Lituânia, Letônia e Bielo-Rússia . Para realizar matanças em larga escala os nazistas reuniam grupos de judeus nas cidades e os conduziam para locais ermos , onde eram fuzilados em barrancos , charcos ou fossos cavados especialmente para receber os corpos . Para otimizar a distribuição dos cadáveres métodos foram desenvolvidos como por exemplo obrigar os prisioneiros a deitar em fila de bruços nas valas quando eram mortos com tiros na nuca e o grupo seguinte era obrigado a deitar sobre os corpos e assim por diante . Em outras localidades , foram feitas experiências com uso de produtos químicos para dissolver os corpos , espalhados quando muitas das vítimas ainda agonizavam .

Outra forma de execução era com as câmaras de gás rodantes “ As portas dos caminhões são fechadas e os motores postos em funcionamento , mas tubos de borracha são adaptados aos canos de descarga e os gases introduzidos no veículo . Em princípio a manobra deve demorar um quarto de hora ; na realidade , ela dura horas e quando se reabre o caminhão , ainda se encontram algumas vítimas que não tiveram tempo de morrer “ ( Hohne , Heinz , A Ordem negra ; Laudes Editora, Rio de Janeiro , 1970, p. 207) . No campo polonês de Kulmhof havia dois ou três caminhões com capacidade para 80 pessoas .

Porém também a Wehrmacht executou assassinados em massa . Em algumas regiões que ocupou nos Balcãs , foi o exército o responsável pela construção de guetos , deportação da população judia e fuzilamentos e massacres da população civil , acusada de colaborar com a resistência . O extermínio sistemático de 3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos também foi obra do exército. Em Babi Yar , onde foram fuzilados 30.000 pessoas , o responsável foi o 6°Exército alemão .

Embora alguns soldados com desvios de comportamento executassem as matanças com prazer , a maioria tinha consciência de estar praticando um ato criminoso e muitos sofreram colapsos nervosos depois de participar dos massacres . Muitos tinham filhos e recebiam ordens de executar crianças o que era muito difícil .

Em razão destas perturbações os líderes nazistas ao invés de parar com as execuções , passaram a estudar formas impessoais de extermínio .

Segundo o professor de psicologia social James E Waller em em "Becoming Evil " para os praticantes do genocídio , o mal que cometem não é um problema moral. Isto acontece porque suas vítimas são colocadas fora do círculo de pessoas pelas quais sentem alguma obrigação moral e, assim , sua remoção acaba sendo pouco diferente ( na mente dos infratores ) do ato de esmagar um inseto. O homem sempre é capaz de maldades extraordinárias quando recebe permissão para tanto . Para muitas pessoas o mal do genocídio e do assassinato em massa é `permissível` porque é sancionado pelo grupo social , político ou religioso no poder . ( Valor, 22.11.2002 , p. 17) .

Desta forma foram experimentados o uso da dinamite e a asfixia por monóxido de carbono . Caminhões passaram a servir como câmaras de gás ambulante . Até se chegar aos campos de extermínio que no entender de Hannah Arendt eram "mundos dementes , mas que funcionavam" . ( Veja, 10.07.2002 , p. 57-58) .

Heydrich era o chefe do escritório central de segurança do Reich , uma divisão da SS . Em outubro de 1941 recebeu uma carta de Goering , assessor de Hitler onde pedia que organizasse uma “solução fina para a questão judaica na Europa” . Heydrich então organizou a Conferência de Wannsee, em janeiro de 1942, que tinha como objetivo discutir a “solução final” , que foi a construção de campos de extermínio . Adolf Heichmann ficou responsável pela organização da deportação de judeus para os campos.

Anotação pessoal do chefe das SS Heinrich Himmler encontrada nos arquivos da antiga KGB em Moscou ,assinala que em 18.12.1941 registrara a conversa sobre “ a questão dos judeus – para ser exterminados como os partisans” . Segundo o historiador alemão Christian Gerlach , a decisão de aniquilar os judeus foi precipitada em parte , pela entrada dos EUA no conflito em 1941. ( Veja , 4.2.98, p. 61 ) .

"O extermínio de judeus começou com a invasão da União Soviética pelas tropas nazistas em junho de 1941 . Mas foi a construção de seis campos de extermínio na Polônia , com câmaras de gás , a partir do final de 1941 , que concretizou um plano organizado de genocídio dos judeus europeus . Pela primeira vez na história da humanidade, milhões de seres humanos foram assassinados num processo industrial, numa linha de produção da morte , em que todos os aspectos de como matar seres humanos foram racionalizados e medidos , em termos de economia de tempo e energia , de custo e benefício. Os nazistas queriam matar o maior número de pessoas , no menor intervalo de tempo , com o menor custo e de forma que se pudesse aproveitar ao máximo os corpos como matéria prima para a indústria ( ossos e cabelos) e para acelerar o próprio processo de extermínio ( a gordura dos corpos era aproveitada como combustível na sua incineração ) " . Cytrynowuicz, Roney . Memórias da Barbárie .

A partir de julho de 1942 carregamentos ferroviários de judeus começaram a chegar à Polônia , provenientes de vários locais da Europa Central e Ocidental . As câmaras de gás de Chelmo , Belzec e Auchwitz já estavam funcionando . ( Carneiro , Maria Luiza Tucci , Mais 20.07.2003 , p. 7) .

Os números são inconcebíveis : 152 mil morreram em Kulmhof, 600.000 em Belzec, 250.000 em Sobinor , 700.000 em Treblinka , 200.000 em Lublin-Majdanek, mais de um milhão em Auschwitz.

Milhões de judeus duraram minutos, desceram dos trens e foram escolhidos para a morte, sem mais paradas ( e Levi lembra que todas as crianças – todas! – estavam nesse número; não havia crianças nos campos). Não havia quase fugas a caminho do campo pois se acreditavam que eram colônias agrícolas onde poder-se-ía trabalhar e levar uma vida melhor do que no gueto.

Os que se salvaram , esses pertenciam quase todos a outra categoria, aqueles que por qualquer razão eram privilegiados.

Nos campos quase não havia suicídios. Os quase mortos estavam muito ocupados em continuar vivendo , e é próprio dos animais esse apego desesperado pela sobrevivência.

O campo de triagem de Westerbork na Holanda era um campo vastíssimo, com dezenas de milhares de prisioneiros judeus e Berlim exigia do comandante local que toda semana partisse um trem com cerca de mil deportados: no total partiram de Westerbork 93 trens com destino a Sobibor, a Auchwitz e a outros campos menores...Mas depois de algumas semanas um encarregado da enfermaria de Westerbork , observador perspicaz, notou que os vagões de carga das composições eram sempre os mesmos: iam e vinham entre o Lager de partida e o de destinação (...) Primo, Levi. “Os afogados e os Sobreviventes.

Na Polônia foram construídos os campos de Kulmhof, Lublin, Treblinka, Sobibor ( 200.000 mortos) , Belzec ( 600.000 mortos) e Auschwitz . Em Belzec, Sobibor e Treblinka foram construídas inicialmente pequenas câmaras de gás . Em 1942 elas chegaram a oito ou dez em cada um , 24 a 25 no todo . Cada câmara tinha capacidade para 200 pessoas ou mais . O gás utilizado era uma mescla de monóxido de carbono e de dióxido de carbono . Era um sistema muito ruim . Levava duas ou três horas para matar as pessoas . Era impossível, por exemplo, efetuar uma fornada por hora . Era preciso esperar a morte , retirar os cadáveres e lavar a câmara para o carregamento seguinte . Nos campos ( exceto Auschwitz) não havia forno crematório . Eram instalações muito precárias . Os cadáveres eram incinerados ao ar livre , sobre grelhas . Isto levava um tempo enorme . Por essa razão , Belzec foi fechado , e a seguir Treblinka em agosto de 1943 e Sobibor em outubro de 1943. Para não deixar nenhuma prova atrás de si, os campos foram arrasados . O chefe das S.S. de Lublin , Globenik deu ordem para que se construíssem estâncias agrícolas no local . Efetivamente os ucranianos se instalaram em Treblinka e cultivaram as terras . Mas essa ordem não foi executada em Sobibor e Belzec. ( Raoul Hillberg. O Estado de São Paulo, 18.07.1982, p. 156) .

Documentos aprendidos pelos soviéticos nos campos de extermínio mostram que os fornos crematórios foram sendo ampliados à medida que a matança aumentava de intensidade . Foram construídos pela firma Topf & Sohne , de Erfurt e podiam queimar 1250 corpos por dia, até 2200 em épocas de pico .

Segundo o historiador alemão Joachim Fest , a prioridade na eliminação dos judeus era tanta que “a malha ferroviária , por exemplo, foi modificada para acelerar a evacuação dos judeus dos guetos, embora isso prejudicasse a mobilidade e a resistência do Exército. Na perspectiva de Hitler , se a guerra não poderia ser ganha , era preciso ao menos eliminar os judeus da face da Europa. Hitler era consequente na sua desumanidade patológica.” ( Veja, 24.11.99, p. 15).

O americano Edwin Black , escreveu um livro "IBM e o Holocausto" onde sustenta que a IBM forneceu máquinas de tabular dados por intermédio da Dehomag que facilitaram a tarefa nazista de eliminar os judeus , agilizando a sua contagem , controle dos horários dos trens para deportações e o funcionamento dos campos de extermínio . ( F S P 12.02.2001 , p. A-11) .

Pesquisa realizada em 2001 pelo Ibope , que perguntou a mil pessoas de 16 anos ou mais se sabia o significado da palavra "Holocausto" , cerca de 77% responderam que não sabiam . Cerca de 32% nunca ouviram falar a respeito do extermínio dos judeus na Ii Guerra . ( F S P 27.07.2001 , p. A-9) .

Anti-semitismo na Itália

As leis raciais italianas, ao contrário das alemãs ( as ditas leis de Nuremberg, de 1935), nunca chegaram a ser aplicadas. Hannah Arendt , num capítulo de seu “Eichmann em Jerusalém”, analisa este hiato entre a disposição da lei e sua aplicação no caso italiano, dinamarquês e búlgaro, três casos nos quais os nazistas encontraram resistência a seu plano de eliminação dos judeus.

Na Itália os judeus não viveram totalmente confinados pelo menos até setembro de 1943. Com a queda de Mussolini e a rendição da Itália, constitui-se ao norte de Roma a república de Saló, um estado fascista, governado por Mussolini e dirigido pelos comandantes alemães estacionados em território italiano, o marechal de campo Kesserling á frente. Os nazistas começaram a pressionar os italianos, exigindo a deportação dos judeus para os campos da Polônia.

O Gueto de Varsóvia

Outro local famoso na 2a Guerra pela perseguição aos judeus foi o Gueto de Varsóvia, uma área de pouco mais de 4 quilômetros quadrados onde cerca de 500.000 pessoas viviam confinadas desde 1941. Em meados de 1942 os judeus do gueto começaram a ser deportados para o campo de extermínio de Treblinka , onde 300.000 foram executados nas câmaras de gás. A saída transcorreu sem resistência até 19 de abril de 1943 quando , precariamente armados os judeus conseguiram matar pelo menos doze soldados nazistas que entraram para destruir o gueto. Os revoltosos foram mortos, mas o gesto mostrou que os anos de humilhação não tinham quebrado sua capacidade de resistência.

A Convenção sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, aprovada e apresentada para assinatura e ratificação na Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1948, trazia, em sua introdução e artigo 2º, o seguinte texto:

As Partes Contratantes Tendo deliberado sobre a declaração elaborada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em sua resolução 96 (I) datada de 11 de dezembro de 1946 afirmando que o genocídio é um crime perante o direito internacional, contrário ao espírito e objetivos das Nações Unidas e condenado pelo mundo civilizado, Reconhecendo que em todos os períodos da história o genocídio infligiu grandes perdas à humanidade, e Estando convictas de que, para libertar a humanidade desse odioso flagelo, faz-se necessária a cooperação internacional [...]

Artigo 2º

Na presente Convenção, define-se genocídio como qualquer dos atos abaixo mencionados, cometidos com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo

nacional, étnico, racial ou religioso, a saber:

a) matando membros do grupo;

b) causando grave dano físico ou mental aos membros do grupo;

c) infligindo deliberadamente ao grupo condições de vida calculadas para ocasionar sua destruição física no todo ou em parte;

d) transferindo forçosamente crianças do grupo para outro grupo.

Feitas as execuções , ossos , cabelos, ouro dos dentes , tudo era coletado e vendido em um comércio macabro .

Com o avanço das tropas russas , à medida em que elas se aproximavam , os SS em alguns campos chegaram a matar todos os sobreviventes , para impedir que falassem .

Auchwitz

Em Auschwitz , Huss , o comandante do campo não gostava de monóxido de carbono por ser muito lento e por isso optou pelo Cyclon B

O Cyclon B era utilizado para descontaminar os suprimentos de água dos soldados e logo depois descobriu-se sua eficácia no extermínio em massa de prisioneiros.

"Usávamos Cyclon B, ácido prússico cristalizado , que jogávamos dentro da câmara da morte através de uma pequena abertura . Ele levava de três a quinze minutos para matar os que estivessem em seu interior , dependendo das condições climáticas . Sabíamos quando estavam todos mortos porque paravam de gritar , e normalmente esperávamos cerca de meia hora para abrir as portas e retirar os cadáveres , quando então nossos comandos especiais tiravam os anéis e lhes extraíam os dentes de ouro" . ( Franz Rudolf Ferdinand Hoess , comandante de Auschwitz, diário pessoal . F S P 16.6.85,p. 12)

Em Auschwitz morreram um milhão de judeus nas câmaras de gás . Quinhentos mil de 1942 a maio de 1944 e quinhentos mil de junho de 1944 a novembro de 1944 .

Hans Munch , médico auxiliar de Josef Mengele em Auchwitz afirmou em entrevista aos 87 anos : “ Pude fazer com os seres humanos, experiências que normalmente só são possíveis com coelhos” . Munch era encarregado das pesquisas com reumatismo e malária e inoculava doenças em pessoas saudáveis . “Viver tranquilamente num lugar onde centenas de milhares de seres humanos são mortos em cãmaras de gás é algo com que a gente se acostuma muito rapidamente . Não me causou nenhum incômodo.” ( F.S.P. 7.10.98, p. 1-11) . Para ele , os judeus eram sub-humanos, “ uma escória abominável. Tão servis que não podia sequer qualificá-los como seres humanos. “ . Como bem lembra Norberto Bobbio, “o mecanismo da ideologia do extermínio consiste exatamente na desumanização : os índios não eram homens para os conquistadores espanhóis , os judeus não eram homens para os nazistas, os inimigos de classe não eram homens para os comunistas: piolhos , justamente , ou então cães raivosos” ( F.S.P. Mais 24.5.98, p. 5-5 )

Segundo Bem Abraham que esteve em Auchwitz o hobby de Mengele eram os gêmeos : torturava um deles para ver a reação do outro . Enxertava tecidos de pele e cabelo de um no outro para ver se havia rejeição . Além disso, amputava membros de prisioneiros e implantava os membros trocados para estudar a possibilidade de devolver partes do corpo aos soldados feridos nos campos de batalha . Levava prisioneiros jovens e em boas condições físicas e os mergulhava em água gelada para verificar a resistência do ser humano . Experimentava também os métodos mais eficazes de castrações e esterilizações para que quando os alemães se tornassem donos da Terra , eliminassem as raças inferiores como os poloneses , russos , tchecos, etc. " . Segundo o médico Alfred Pasternak os alemães infectaram as pessoas com malária , tifo , cólera e tuberculose , para testar a eficácia de vários produtos da indústria farmacêutica alemã . Para estudar a regeneração de músculos e nervos e a cicatrização de ossos , simularam feridas que poderiam ocorrer no campo de batalha . Propositalmente , infectaram indivíduos com todo tipo de bactéria , streptococus , gangrena, tétano , vidro moído e lascas de madeira . Então usavam drogas à base de sulfa para ver sua eficácia . ( O Estado de SP, 12.6.1985, p. 15) .

Theodor Adorno escreveu que depois de Auschwitz não se poderia mais escrever poesia , pois está em essência afirma a vida e Auschwitz deixou claro a todas as pessoas a idéia de uma morte possível e total da humanidade.

A viagem levou uns vinte minutos. O caminhão parou; via-se um grande portão e, em cima do portão, uma frase bem iluminada (cuja lembrança ainda hoje me atormenta nos sonhos): ARBEIT MACHT FREI — o trabalho liberta. Descemos, fazem-nos entrar numa sala ampla, nua e fracamente aquecida. Que sede! O leve zumbido da água nos canos da calefação nos enlouquece: faz quatro dias que não bebemos nada. Há uma torneira e, acima, um cartaz: proibido beber, água poluída (...). Isto é o inferno. Hoje, em nossos dias, o inferno deve ser assim: uma sala grande e vazia, e nós, cansados, de pé, diante de uma torneira gotejante, mas que não tem água potável, esperando algo certamente terrível acontecer, e nada acontece, e continua não acontecendo nada. LEVI, Primo. É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988. p. 20

Auschwitz diferencia-se dos demais pois além de ser o maior campo de concentração , abrigava um complexo de campos de trabalho forçado que servia à indústria alemã .

O comandante do campo Rudolf Hoss esteve em 1941 em Treblinka para aperfeiçoar os métodos de extermínio . De volta a Auschwitz , Hoss mandou construir fornos crematórios maiores e mais eficientes . As câmaras de gás foram ampliadas para acomodar até 2.000 judeus de cada vez. O psiquiatra americano Leon Goldensohn , no julgamento em Nuremberg , perguntou a Hoss se ele não sentia culpa pelas milhares de vidas que tirou . Hoss respondeu ( Quando Himmler nos dizia algo , parecia tão correto e natural que obedecíamos cegamente “ . Quanto a matar crianças da idade de seus filhos respondeu “ Não era fácil, mas estávamos convencidos das ordens que recebíamos e da sua necessidade “ . ( Veja, 26.09.2007 , p. 85) .

O Museu do Holocausto , em Washington divulgou em setembro de 2007 uma série de fotografias que mostra o campo de Auschwitz sob o ângulo dos oficiais do Exercito Alemão , um contingente de aproximadamente 4.000 pessoas . As 116 fotos foram descobertas casualmente na época por um oficial americano e guardadas na sua gaveta desde então e revelam a rotina alegre e despreocupada mantida pelos alemães no campo , paralelamente ao martírio dos prisioneiros .

Em uma das fotografias, oficiais da SS , cantam alegremente acompanhados de um acordeom .Outra datada de 22.07.1944 mostra um grupo de mulheres soldados sorrindo e comendo framboesas , em um dia que segundo os registros tinham chegado 150 prisioneiros dos quais 117 enviados diretamente para as câmaras de gás .

Ou seja , as fotos mostram o sistema de valores cultivados pelos nazistas que se amparava na total ausência de compaixão por seres humanos que os nazistas julgassem inconvenientes à sua causa .Para os oficiais alemães e seus comandados, as mortes não eram assassinatos , mas tarefas rotineiras, ordens a serem cumpridas . É a chamada banalização do mal como a chamou Hannah Harendt .

No livro Os Carrascos Voluntários de Hitler , o historiador americano Daniel Jonah Goldhagen relata que muitos policiais alemães na Polônia , passavam o dia fuzilando mulheres e crianças jogadas em valas comuns e no fim da tarde , voltavam para seus lares , abraçavam a família como se tivessem passado o dia em um escritório e confraternizavam em atividades sociais . ( Veja, 26.09.2007 , p. 84-85) .

O presidente Franklin Delano Roosevelt e seu sucessor Harry Truman sabiam sobre as câmaras de gás , mas nenhum campo foi bombardeado , já que os aliados , tinham outros objetivos estratégicos .Segundo o israelense Tom Segev, especialista em Holocausto , “ Hoje nos parece evidente que, se ao menos os trilhos da estrada de ferro tivessem sido destruídos , teríamos poupado milhares de judeus húngaros “ , os últimos a serem exterminados . O presidente americano George W Bush em visita ao memorial das vítimas do holocausto em Jerusalém , comentou com sua Secretária de Estado, Condoleezza Rice que os EUA deveria ter bombardeado Auschwitz para evitar que prosseguisse o extermínio naquele campo de concentração nazista . ( F S P , 12.01.2008 , p. A-14).

O OSKAR SCHINDLER BRASILEIRO

A partir de uma dissertação de mestrado do historiador carioca Fábio Koifman tomou-se conhecimento do trabalho do embaixador Luís Martins de Souza Dantas , que durante 20 anos chefiou a missão diplomática brasileira na França e que no período da guerra concedeu vistos diplomáticos para entrada no Brasil a pelo menos 800 pessoas consideradas indesejáveis como judeus , comunistas e homossexuais , podendo ser comparado ao industrial alemão Oskar Schinder , que salvou do holocausto 1200 pessoas , sendo retratado no filme A Lista de Schindler.

Os vistos eram muito difíceis nesta época e havia orientação contrária na diplomacia brasileira à imigração de judeus . Um dos beneficiados com os vistos foi o diretor teatral polonês Zbigniew Ziembinski que chegou ao Rio de Janeiro em 1941 . Seu trabalho lhe custou um inquérito administrativo , acusado de dar vistos irregulares . ( Revista Veja , 14.03.2001 , p. 122-123 ) .

Na América Latina o país que mais recebeu judeus foi a Argentina com 50 mil, depois o Brasil 27 mil , o Chile 14 mil e o México 2 mil. Os EUA receberam aproximadamente 190 mil .

ROMÊNIA

A Romênia tinha um programa de extermínio independente dos alemães . Cerca de 350 mil judeus morreram pela ação das tropas romenas ou nos campos de concentração de Golta .

Além dos judeus foram mortos aproximadamente 140 mil deficientes , 250 mil ciganos , 25% da população cigana de antes da guerra , quase dois milhões de eslavos em uma população de 2,7 milhões de antes da guerra e 3,5 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos nas prisões alemãs .

Os judeus e o sigilo bancário

O sigilo bancário na Suíça nasceu em 1934 para proteger os bens dos judeus alemães perseguidos pelos nazistas . Terminada a guerra , os parentes dos depositantes tiveram que enfrentar os bancos suíços . Cerca de 7.000 parentes dos donos originais das contas exigiram a restituição de seus bens .Apenas 961 conseguiram , e a Suíça devolveu o equivalente a US$ 10 milhões . O restante continuou preso . ( Veja, 15.05.1991 , p. 45) .

O retorno dos judeus à Alemanha

Nos anos 1980 a comunidade judaica na Alemanha Ocidental era de aproximadamente 26 mil membros , composta de judeus alemães que sobreviveram à Segunda Guerra Mundial e os que retornaram após a guerra , em sua maioria da Europa Central .

Em 1989 , ano da queda do muro de Berlim , a comunidade judaica alemã ocidental é de menos de 30.000 membros . Na primavera de 1990 , a Alemanha Oriental , já agonizante , reconheceu pela primeira vez em sua história, a responsabilidade de toda a Alemanha pelo Holocausto . Seu último governo eleito decidiu pagar reparações aos judeus e ao Estado de Israel , como a Alemanha Ocidental fizera desde os anos 1950 .

Mas por falta de recursos , a Alemanha Oriental decidiu pela abertura irrestrita de suas fronteiras a todos os judeus da União Soviética que quisessem emigrar . Em 1991 , os judeus da União Soviética são autorizados a emigrar , e a Alemanha se torna o maior destino da emigração judaica na Europa .

Após algumas hesitações , depois da unificação, o chanceler alemão , Helmut Kohl , decidiu manter a política iniciada pela extinta RDA . Seguiu-se então um fenômeno surpreendente , Em menos de 15 anos , aproximadamente 200.000 judeus entraram na Alemanha , muitos se fixando em Berlim. . Ou seja , na Alemanha de 2008 , a comunidade judaica declarada em todo o país é de 110.000 pessoas , mas somando-se os não declarados , estima-se ser superior a 200.000 pessoas .

Em Berlim , em 2008 existe uma comunidade de 12 mil pessoas cadastradas oficialmente e provavelmente o dobro , incluindo os não cadastrados que dispõem de dez sinagogas , escolas , restaurantes e mercearias kosher, bibliotecas, uma livraria . Em 2006 foram ordenados três rabinos , a primeira vez que isso aconteceu na Alemanha desde a era nazista . ( F S P , Mais , 17.02.2008 , p. 10) .



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