Quando mocinha eu vivi uma realidade diferente das outras meninas de minha idade.
Estive presente no mundo, mas ao mesmo tempo ausente dele.
Uma doença afastou-me do convívio dos amigos, das delícias e loucuras que é a adolescência.
Isso não vem tanto ao caso nesta crónica, mas só estou explicando o porquê de eu ter me interessado pela culinária só depois dos dezoito anos.
Mesmo assim eu só me interessei pela parte dela referente a doces, mais precisamente a pudins.
Eu adorava inventá-los, diversificá-los.
Aprimorava-me neles e sozinha dominei a técnica de preparar pudins deliciosos.
Foi nessa época precisamente que conheci o amor.
O que tem a ver pudins com amor? __ você deve estar perguntando __ Eu explico.
Diz-se, que o homem se prende pelo estómago.
Bem, "ele" provou dos meus pudins e se apaixonou.
Agora, depois de quase trinta anos passados, ainda me diz que se apaixonou primeiro pelos meus olhos. E depois pelos pudins que eu preparava.
Eu rio deliciosamente quando "ele" me diz estas coisas.
O pudim foi só um pequeno detalhe.
Ainda os preparo, não poderia deixar de prepará-los. Se foram eles que me ajudaram a conquistá-lo!
Ó, o nosso amor... tem tanta doçura! Combina com pudins...
Meu doce amor, a nossa história é tão linda. Não perdemos a magia, estarmos juntos ainda nos proporciona tanta alegria.
Ainda gosto de ir colocando pedacinhos de pudim em sua boca e como é bom quando você me diz:
__ Hum, que delícia... ninguém no mundo faz melhor que você. Os seus pudins são incomparáveis, não existem iguais. E o seu amor, tem gostinho de quero mais.