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Artigos-->Por Favor, Não Leia Este Artigo -- 23/11/2001 - 16:29 (Magno Antonio Correia de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Qualquer mapa está impregnado de eurocentrismo. O tamanho relativo do continente sempre se encontra superestimado. A posição por ele ocupada também denuncia essa visão desprovida de imparcialidade científica, porque não há nada que autorize a colocar o norte obrigatoriamente na parte de cima e o sul necessariamente de forma subalterna – afinal, o universo não tem parte de baixo nem parte de cima. Olhando para as estrelas, um brasileiro e um francês verão a mesma paisagem: um abismo infinito. No entanto, para qualquer atlas, o francês, se quiser enxergar o brasileiro, terá de apontar a luneta para os calcanhares; se o equipamento for capaz de atravessar o oceano, lá estará ele, um sorridente e belo mulatinho.



O detalhe parece tolo, mas tem repercussões psicológicas profundas. Estar abaixo é quase sempre pior do que ficar por cima. As vítimas de rolos compressores que o digam. Estar abaixo, no caso, significa reconhecer a história tal como a ditam os sujeitos de cima. “Descobrem” países; “desbravam” continentes; submetem povos, em resumo.



Um jeito interessante de especular é imaginar o que teria acontecido se os chineses não houvessem usado a pólvora apenas para fabricar fogos de artifício. Em vez das letrinhas que o compõem, este texto estaria sendo redigido por meio de uma porção de sinais esquisitos. Bem, talvez nesse ponto se possa ver uma vantagem. Quem sabe pelo menos nisso tenha sido bom que o macarrão haja prevalecido?



Prevalecido é modo de falar. Se mais de dois bilhões de habitantes vive sob culturas muito distintas da européia, dança outros sambas e ouve outras músicas, não é muito correto falar-se que o continente europeu ou seus filhotes (entre eles o Canadá e os Estados Unidos) sejam os donos do mundo. Antes de se cristalizar essa conclusão, Bin Laden e seus amigos devem ser capturados e inquiridos.



Enfim. Com o devido perdão dos ancestrais portugueses, parece que tudo estaria bem melhor se a Europa nunca houvesse existido. O homem seria um ser mais adaptado à natureza. E só usaria calça “jeans” se fosse preciso.



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