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Artigos-->A LOGOSOFIA E AS CAUSAS DA SOLIDÃO HUMANA -- 26/05/2000 - 22:28 (MARCO AURÉLIO BICALHO DE ABREU CHAGAS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A LOGOSOFIA E AS CAUSAS DA SOLIDÃO HUMANA



Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas

1 - O vazio experimentado;

2 - O desconhecimento do mundo interno;

3 - A orfandade espiritual;

4 - A presença do espírito na vida humana;

5 - Lutamos pela vida sozinhos;

6 - As entidades mentais (agentes causais do comportamento).

7 - Quem vive sem um ideal carrega a morte sobre os ombros.

8 - Conclusão.



INTRODUÇÃO:



Vivemos no mundo, hoje uma aldeia global, e nos sentimos tão sós!

Em meio à multidão e estamos sós. Os meios avançados de comunicação ao mesmo tempo que nos aproximam do resto do mundo, experimentamos uma profunda solidão. Por que? Qual a causa dessa desagradável sensação? O que esta faltando?



Quais as reais causas da solidão experimentada pelo ser humano?



É como se estivéssemos em um quarto escuro e não enxergamos nada a um palmo do nariz? O que falta para vermos o que está ali naquela escuridão que nos transmite tanta solidão?



Uma fresta de luz seria capaz de permitir ver o que existe naquele recinto em trevas.

Quais, então, as causas da solidão experimenta pelo homem?



O VAZIO EXPERIMENTADO:



Quando me aproximei da Fundação Logosófica experimentava um grande vazio e também, paradoxalmente, um grande cheio. Aos poucos fui aprendendo que deveria esvaziar esse cheio, representado por tudo aquilo que era efêmero, estéril e não tinha nada a ver com minha vida e forma de ser e, por outro lado, encher esse grande vazio, que sentia que se expressava muitas vezes em perguntas sem respostas, como, por exemplo, para que vivo, por que estou neste mundo, para onde vou, quem sou eu, o que acontece depois da morte, era ou seria o fim de tudo, por que nasci neste planeta, neste continente, tenho uma missão a cumprir; para que fazer o bem se no final todos vamos, os bons e os que fizeram o mal, vamos para o mesmo lugar? E muitas outras que me inquietavam.



O DESCONHECIMENTO DO MUNDO INTERNO:



Comecei a ver com a luz do conhecimento logosófico que havia dentro de mim, um mundo, o chamado mundo interno que pertencia somente a mim. Cheio de recursos, valores, forças, energias e outras coisas que desconhecia. E também havia nele falhas, defeitos, e peças a serem ajustadas e substituídas. Embora esse mundo fosse meu, inviolável, eu não exercia o domínio sobre ele. Vi até que eu vivia mais fora dele do que dentro. Era como aquele ser que tinha uma casa e não a habitava e não sabia o que tinha dentro dela. Quem sabe esse desconhecimento do próprio mundo interno não seria uma das causas da solidão humana?



A ORFANDADE ESPIRITUAL:



Não encontrava nas propostas existentes, nas religiões, nas filosofias, nas seitas, esse amparo espiritual que tanto buscamos na vida. Essa paz que almejamos. Essa felicidade que queremos ter. Percorri vários caminhos e as dúvidas aumentavam. Por que sou assim? Deus me fez assim? Por que vivemos? Qual o objetivo da vida? Por que e para que o esforço tenaz em ser bom se no final teremos um destino comum? A vida deve se resumir em comer, dormir e trabalhar? Há uma vida espiritual como dizem? Ou isso é uma ilusão?



Sentia-me um órfão espiritualmente.



A PRESENÇA DO ESPÍRITO NA VIDA HUMANA:



Sentia que algo superior existia na vida. Havia um equilíbro universal muitas vezes, expressado na natureza, que denuncia a existência de uma Ordem Superior reinante. Meu organismo físico, por exemplo, funciona independentemente de minha vontade. Em momentos de dificuldades e de dor experimentava e experimento, uma força ou a presença de uma energia que me sustenta e me faz vencer o momento difícil. Estou aprendendo que essas manifestações comprovam a existência de algo superior que vive em nós e que se chama espírito. Não uma entidade etérea de que se fala tanto, mas um ente real que nos anima e nos distingue de um ser sem vida. É um hálito divino. A Logosofia apresenta uma nova e original concepção do ESPÍRITO HUMANO. E a participação desse espírito em nossa vida deve ser mais efetiva e constante para ajudar-nos a vencer nessa luta pela vida. Estou aprendendo que a luta pela vida com o auxílio de meu espírito fica mais suave, mais leve e as vitórias e acertos aumentam. Esse espírito precisa extrair das experiências que vivemos no dia-a-dia o conhecimento para enriquecer a sua evolução. E não é questão de se crer nessas coisas mas trocar esse crer pelo saber. As mudanças efetivas experimentadas pela humanidade através dos tempos aconteceram em virtude dos conhecimentos adquiridos e não em razão do número de crencas acumulado através dos tempos.



LUTAMOS PELA VIDA SOZINHOS:



A luta é lei da vida. Devemos viver lutando. Lutando contra o mal e contra tudo o que de uma forma ou de outra compromete o equilíbrio de nosso ser psíquico e espiritual. Mas nessa luta podemos contar com um grande aliado que está sempre do nosso lado. O nosso espírito. Esse convidado de pedra. Que quer ter uma atuação efetiva em nossa vida e não pode ou é tolhido, porque ignoramos a sua presença e muitas vezes o negamos. Também, como esse espírito, ou melhor, esse conceito está tão envolvido em crenças e preconceitos que isso o impede de atuar em nossa vida, ou melhor, nos impede de vê-lo, realmente.



AS ENTIDADES MENTAIS (AGENTES CAUSAIS DO COMPORTAMENTO):



Há entidades mentais que transitam em nossa mente. Que vivem dentro e fora da mente. Povoam o nosso recinto mental que podemos graficamente compará-lo com uma casa, a casa mental. Nessa casa vivem os pensamentos, entidades mentais autônomas que atuam dependendo ou não de nossa vontade e que determinam o nosso comportamento, a nossa conduta. Se esses pensamentos são bons, nossa vida será boa. Mudando esses pensamentos se muda a vida. A nossa felicidade também tem muito a ver com esses pensamentos, esses agente causais.





QUEM VIVE SEM UM IDEAL CARREGA A MORTE SOBRE OS OMBROS:



O ideal de vida nos permite recobrar as energias despendidas no esforço constante de ser melhor e de fazer o bem.



Esse ideal é o dínamo da vontade. Ele nos levanta da queda e nos convida a seguirmos em frente com a fronte erguida. O ideal de aperfeiçoamento nos faz seguir o exemplo eloqüente dos rios que renovam constantemente as suas águas.



CONCLUSÃO:



A concepção logosófica do homem, da mente humana, da vida, do universo e de Deus contribuem para tornar a nossa vida mais iluminada e digna, pois vamos aprendendo que essa vida se constitui num formoso campo de aprendizado e superação. A vida é mais que os problemas e as dificuldades que enfrentamos. A convivência com os nossos semelhantes é fundamental para impulsionar o nosso ser à realização e por outro lado nos permite conhecer o ser que somos.



Com esses conhecimentos transcendentes nunca estaremos sós, desolados, porque são forças alentadoras que sustentam a vida e dignificam a figura humana.



Haveremos de corresponder ao bem que recebemos do Criador que nos dotou de todas as condições para transformarmos essa Terra tão maravilhosa em um vale de venturas e felicidades, se soubermos, é claro, conquistar os conhecimentos que se encontram generosamente espalhados por todas as partes, utilizando a nossa inteligência em todo o seu esplendor.

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