QUESTÕES DE VESTIBULARES JULHO DE 2007 - HISTÓRIA MEDIEVAL.
Compiladas pelo Prof. Edson Pereira Bueno Leal
1 VUNESP ano 1000
O ventre contraído pelo temor da privação, pelo medo da fome e do amanhã, assim segue o homem do ano 1000, mal alimentado, penando para, com suas ferramentas precárias, tirar seu pão da terra. Mas esse mundo difícil, de privação, é um mundo em que a fraternidade e a solidariedade garantem a sobrevivência e uma redistribuição das magras riquezas. Partilhada, a pobreza é o quinhão comum. Ela não condena, como hoje, à solidão o indivíduo desabrigado, encolhido numa plataforma de metrô ou esquecido numa calçada. A verdadeira miséria aparece mais tarde, no século XII, bruscamente nos arredores das cidades onde se amontoam os marginalizados.
(Georges Duby, Ano 1000 ano 2000: na pista de nossos medos.)
A partir do fragmento, pode-se concluir que o surgimento da miséria no século XII associou-se
a) aos valores medievais, que favoreciam a concentração de riquezas.
b) às ações do clero, que desestimulavam a livre iniciativa e a busca do lucro.
c) à estrutura produtiva medieval, que assegurava apenas a subsistência.
d) ao crescimento do comércio, que trouxe consigo a busca do lucro individual.
e) à economia solidária, que não estimulava o aumento da produção.
2 PUC SP CONCEITO IDADE MÉDIA
A Idade Média é muitas vezes chamada de “era das trevas”. A expressão
a) revela análise cuidadosa da inexpressiva produção intelectual e artística do período, voltada apenas à temática religiosa.
b) permite refletir sobre a forma como a história é escrita, com os julgamentos e avaliações que um período faz do outro.
c) nasceu do esforço medieval de negar a antigüidade oriental e valorizar a estética e a filosofia greco-romanas.
d) demonstra o desprezo do racionalismo contemporâneo pelas concepções mágicas tão em voga no período medieval.
e) descreve o único período da história ocidental em que os Estados nacionais, criados na antigüidade e recriados no século XV, não existiram.
3 MACKENZIE CONCEITO DE IDADE MÉDIA
De um modo geral, a organização social funda-se numa especialização das atividades de duas elites, uma encarregada das funções espirituais e, a outra, da ação militar, ambas sustentadas pelo trabalho da massa camponesa. O nível de vida dos eclesiásticos e cavaleiros era ainda muito medíocre, [...] mas, se ele se elevar, se a produção agrícola aumentar, os especialistas da prece e do combate disporão de maiores riquezas para o seu lazer, para as despesas do luxo, para as empresas de conquista longínqua, para as pesquisas artísticas e intelectuais.
E. Perroy (adaptado)
As referências presentes no trecho acima permitem relacioná-lo à vida social e econômica
a) dos fenícios, em particular nas antigas cidades-Estado de Biblos e Tiro.
b) dos romanos, ao tempo da República e dos conflitos entre patrícios e plebeus.
c) das tribos árabes, que habitavam, por volta do século VI, a região onde estavam as cidades de Meca e Iatreb.
d) de reinos europeus, nos séculos em que se consolidava o sistema feudal
e) dos povos pré-cabralinos, às vésperas da chegada de europeus ao continente.
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