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Artigos-->COMPORTAMENTO -- 02/04/2007 - 15:49 (HENRIQUE CESAR PINHEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu gosto muito de observar o comportamento das pessoas, seja onde for. Na rua, no trânsito, nos supermercados, num salão de beleza e acompanhar o que elas fazer.



Nessas minhas observações vejo que as pessoas agem sem a menor preocupação, com elas e com as outras. Nos supermercados, por exemplo, muito deixam os carrinhos no meio das passagens e saem despreocupadamente para olharem ou pegarem coisas em outras prateleiras. No trânsito param-se os veículos em qualquer lugar sem observar o risco de acidentes, ou mesmo a passagem de pedestre ou de outro veículo.



As pessoas quando atravessam uma rua, ou uma via de grande movimento geralmente escolhem o lugar mais errado, muitas vezes uma curva, onde o motorista do veículo que por ali for passando não tem grande visibilidade. Os acidentes se sucedem aos montes.



Outros dirigem conservando a mão esquerda bem devagar, obrigando que as ultrapassagens sejam feitas pela direita. Muitos ciclistas andam, também, despreocupadamente conversando a mão esquerda, assim como que dirige carroças, num total desrespeito às leis de trânsito e mais precisamente às leis de segurança.



Porém, o mais grave nisto tudo é comportamento de nossas autoridades que não se preocupam em orientar a população como agir, proceder diante de determinados fatos. Não há uma educação de trânsito e as pessoas agem só por instinto, sem raciocinar sobre a situação, ficando à mercê da Providência.



As autoridades brasileiras têm apenas um lema: multar, isso praticamente em qualquer campo. Não fazem um trabalho de prevenção. Veja que a indústria da multa no trânsito foi instalada e ficou. Ora, os governantes querem mais dinheiro para os cofres públicos e daí não vão ter preocupação em matar a galinha dos ovos de ouro, fazendo trabalho preventivo.



Outro dia, aqui em Fortaleza, digo outro dia, mas já faz uns dois anos, houve uma enchente grande devido a fortes chuvas na cidade. Por muitas horas o trânsito ficou engarrafado. Na BR 116, uma via de acesso à cidade, houve locais que não passou carro por horas a fio.



Nenhuma autoridade teve a preocupação de fechar a entrada da via para que os motoristas para lá não fossem. Como o alagamento estava a uns cinco ou seis quilômetros da entrada, os carros iam e lá ficavam, sem poder voltar. O primeiro retorno era onde estava alagado.



Se houvesse preocupação das autoridades com o povo, a primeira providência teria sido fechar a entrada da BR 116 e orientar os motoristas sobre a melhor opção de viagem, para que evitassem os alagamentos. Ao longo de toda a cidade não se via uma autoridade do trânsito orientando a população.



Para confirmar este meu pensamento sobre a indústria da multa que assola, ou melhor, assalta a população, certa vez fui multado injustamente lá em Juazeiro do Norte. Parei o carro ao longo da paralela, no meio da rua, mas de forma que não atrapalhasse o trânsito e passasse outro carro. Não encostei no meio-fio porque não havia como, porque tinham carros estacionados. Minha parada foi rápida para a descida de um passageiro. Nisso, chega um guarda do trânsito apitando e pedindo para que eu saísse. A pessoa desceu e eu fui imediatamente embora. Poucos segundo. Inclusive nesse ínterim, vários carros passaram ao meu lado, de forma que ficou bem evidente que não estava atrapalhando o trânsito.



Dias depois recebo, com surpresa, uma multa da Autarquia Municipal de Trânsito, justamente por ter parado e não estacionado no local onde o guarda me abordou. Ou melhor, apitou para mim, pois ele não se deu nem ao trabalho de se dirigir a mim, ficou de longe apitando, numa total arrogância.



Como eu conhecia o diretor do órgão fui lá e falei com ele, expus o que houve. Ele disse para eu não me preocupar que resolvia o problema. Ao que eu rebati. Não é só isso que eu quero. Quero que seus funcionários ajam com hombridade e honestidade. Multando quando for para multar e não inventando. Se por acaso eu não conhecesse você teria que pagar uma multa que não devia. Continuei meus argumentos e falei sobre a indústria da multa e porque não se fazia um trabalho de orientação para se evitá-las. Ele, simplesmente, respondeu que as multas eram necessárias para o município, que recolhia em torno de R$100.000,00 (cem mil reais) por mês e não podia abrir mão de tanto dinheiro.



Em Juazeiro do Norte interior do Ceará a arrecadação é essa, onde a população é de aproximadamente duzentos e cinqüenta mil habitantes. Imagine no Rio e em São Paulo, com uma população em torno de quatro milhões e doze milhões de habitantes, respectivamente, e onde o poder aquisitivo é bem maior do que em Juazeiro do Norte, portanto, com muito mais carros rodando, proporcionalmente à quantidade de habitantes, ou seja, se de duzentos mil habitantes em dez mil tiverem carros, por exemplo, no Rio e em São Paulo de duzentos e cinqüenta mil, quarenta terão veículos próprio.



Portanto, este é o nosso país.; estas são nossas autoridades.; e este é nosso povo.

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