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Artigos-->Lungaretti: Tudo por dinheiro ou delator arrependido? -- 05/09/2007 - 10:37 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tudo por dinheiro, ou um delator “arrependido”



Produzido pelo Ternuma Regional Brasília



Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado



Celso Lungaretti ingressou na militância do movimento estudantil de esquerda em 1968, logo sendo recrutado para a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Era, pois, comunista convicto, que propugnava implantar no Brasil a ditadura do proletariado, embora, como outros terroristas, declare que lutava contra a ”ditadura militar”.



Lungaretti, logo após ser preso pelos órgãos de segurança, revelou, com a pronta verve dos covardes, tudo o que sabia acerca de sua organização criminosa. Delatou seus companheiros de crime, revelando a localização de um sítio onde a guerrilha de Carlos Lamarca preparava uma aventura rural no Vale do Ribeira. Ele, sem cerimônia, assumiu que comprara, em seu nome, uma gleba de terra na região e levou as autoridades a debelar o foco guerrilheiro em local vizinho. Logo depois, Lungaretti prestou-se a aparecer na televisão, em rede nacional, declarando-se arrependido e concitando os jovens a não aderirem à luta armada. Toda a malta comunista arrepiou-se e o país acreditou na sinceridade dessa mudança de atitude de um “revolucionário”. Por que ele não se imolou pela causa, como fez Lamarca e outros bandidos? Afinal, a televisão teria sido o maior palco para um ato de bravura de um homem que agora se diz herói.



Celso Lungaretti, a partir daí, passou a ser o alvo preferencial da sanha por justiçamento dos terroristas. Somente sobreviveu por obra da vigilância dos militares e policiais que hoje ele considera os seus algozes.



Trinta e quatro anos se passaram - ano de 2005 - e Lungaretti voltou à cena e lançou um livro em que, novamente, explicita a dubiez do seu caráter. A verdade não é a tônica dos seus relatos. Pretendeu ele - e não sei se conseguiu - redimir-se perante os seus companheiros de luta armada, novamente delatando, desta vez aqueles que garantiram a sua integridade física. Tudo, na verdade, para poder candidatar-se a uma indenização junto à Comissão da Anistia. Incomodava-lhe assistir aos vultosos ganhos de ex-terroristas, recebidos das generosas benesses da indústria dos direitos humanos.



É patético verificar - é só ver na Internet - que Celso Lungaretti mostrou sua total falta de compostura, ao ver, inicialmente, suas pretensões indenizatórias fugirem pelo ralo dos recalques das esquerdas que não se esquecem das suas delações.



É deprimente o seu depoimento a um órgão da imprensa:



“Quando veio à tona a intenção do governo federal de fixar um teto para as reparações, procurei a imprensa para relatar o meu caso. Já que se evidencia tanto o fato de algumas pessoas terem sofrido pouco e recebido muito, seria justo mostrar também que há quem tenha sofrido muito e recebido pouco... Finalmente, quero lembrar que as anistias milionárias criaram um paradigma e a igualdade de todos perante a lei se o governo fixar um teto apenas para as reparações vindouras. Haverá enxurradas de ações na Justiça, com forte probabilidade de êxito. Ou se revê todo o processo, ou se concede a todos os casos semelhantes o mesmo tratamento dado ao Cony”.



Aí se vê nova delação. Lungaretti acusa um seu companheiro de imprensa e de causa, Carlos Heitor Cony, de ter recebido além do que merecia, o que, convenhamos, foi a sua maior verdade. Os escorpiões se matam pelos seus rabos venenosos...



Mais patético ainda é um requerimento de Lungaretti ao Ministro da Justiça, em que ele diz: “Por estar desempregado, desde dezembro de 2003, com dependentes desatendidos e pensão judicial em atraso, não recebendo sequer resposta aos e-mails que enviara à Comissão de Anistia, recorri em junho de 2004 ao Ministério Público Federal, à Comissão Nacional dos Direitos Humanos da OAB e à Ouvidoria Geral da República, que acolheram minhas denúncias e abriram procedimentos para apurá-las”. Como vêem, mais delação. Não sei se o postulante recebeu indenização, e, na verdade, nem quero saber, pois que isso só aumentariam os meus engulhos ante tanta indignidade.



Celso Lungaretti, talvez agora com os bolsos cheios, referindo-se à nota do Alto Comando do Exército emitida em reação ao recente lançamento de um livro revanchista e às bravatas de um ministro destemperado, escreveu o seguinte:



“Para que haja uma verdadeira reconciliação nacional, não à imposição da paz dos vencedores sobre os vencidos, é imperativo que as Forças Armadas brasileiras reconheçam que o período 1964/1985 não passou de uma anomalia, assim como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália. Suas congêneres desses países renegam o período em que, submetidas ao comando de forças totalitárias, atentaram contra os direitos dos povos e dos cidadãos”. Desonestamente, não incluiu as sanguinárias ditaduras comunistas.



Teve, ainda, a audácia de fazer referência a um grande combatente da luta armada vencida por nós, brasileiros de bem, cacarejando o que disse um certo ministrinho da justiça, um tal de José Carlos Dias, sobre o militar em pauta: “emporcalhou com sangue de suas vítimas a farda que deveria honrar”. Nem Lungaretti, nem o ministrinho tem noção do que é vestir farda e lutar pelo Brasil.



Estamos às vésperas do desfile de Sete de Setembro. Aconselho a Celso Lungaretti a não estar no palanque das “autoridades”, pois que ele, ao ouvir o grito da tropa de “Brasil, acima de tudo”, vai emporcalhar as calças e, imediatamente, passará a delatar o ministrinho de estar tirando meleca do nariz, para disfarçar o cheiro da sua impudência.





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