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Artigos-->Euclides Pinton - UM CATÓLICO EXEMPLAR -- 04/08/2007 - 20:22 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






EUCLIDES PINTON



* 11-05-1930



† 25-07-2007





Cumpre-nos o triste dever de informar o falecimento de nosso companheiro Sr. Euclides Pinton, ocorrido na tarde do dia 25 de julho de 2007, nesta cidade de Araras (SP). O corpo foi velado no Cemitério Parque dos Eucaliptos onde foi sepultado no dia seguinte. Euclides tinha 77 anos e deixa a esposa D. Terezinha Dezotti Pinton, filhos e netos, além de uma legião de amigos conquistados pelo seu caráter e simpatia.



A Pastoral da Comunicação e toda comunidade, onde ele prestou relevantes serviços, para sempre irão lembrá-lo pela sua disposição e alegria.



Que descanse em Paz!




“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; o que crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá...” (João 11,25-26)



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SEU EUCLIDES



Pastoral da Comunicação




Estivemos no Cemitério dos Eucaliptos para a nossa despedida.



Assistimos à missa por sua intenção, seguida de seu sepultamento.



Depois de três dias chuvosos e cinzentos, tínhamos a sensação de que, em sua homenagem, mostrando a alegria dos céus, o sol voltava a brilhar naquela tarde calma, clara e fria, em que o silêncio só era quebrado pelas orações e cantos. Pairava no ar um sentimento ambíguo: comoção envolvente, tristeza e dor profundas, pela separação; mas ao mesmo tempo resignação, pois nos consolava e até deixava em nossos corações um lampejo de alegria, a certeza de que, junto a Deus, como anunciava o brilho daquele sol, sua chegada era muito festejada.



É verdade, queríamos tê-lo conosco por muito tempo ainda. No entanto, pensar que sua vida foi bem vivida e que o Senhor nos deixou grandes exemplos nos conforta. Exemplos de fé e perseverança, religiosidade profunda, vida familiar exemplar, dedicação a serviço da Igreja, homem resignado, enfrentando todas as provações com aceitação e paciência...



Seu Euclides, gostaríamos de ter podido desfrutar mais de sua companhia e de nos alimentar mais de seus sentimentos cristãos, mas nada mais nos resta, senão nos curvarmos à vontade divina e guardar na memória a lembrança da convivência com um homem que buscou cotidianamente a santidade, a qual demonstrava em todas as atitudes, em todo tempo e em todo lugar.





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HOMENAGEM PÓSTUMA



Padre Vladimir Barbosa Hergert




Queremos homenagear neste número do Jornal Nossa Igreja Católica nosso amigo e colaborador primeiro, Sr. Euclides Pinton.



Quando iniciamos o trabalho da Pastoral da Comunicação, cuja idéia principal era elaborar um informativo mensal com as notícias da paróquia, o Sr. Euclides logo se entusiasmou. Comprou um computador, começou a digitar os textos, foi para a gráfica e aprendeu a formatá-los. Correu atrás de patrocinadores e mensalmente ia buscar a colaboração com a qual financiava nosso informativo. Cobrava dos agentes de pastoral os artigos. Esmerava-se em buscar gravuras que pudessem ilustrar e tornar o jornal atraente. Tinha um carinho e até um certo ciúme, se é que se pode chamar assim o zelo com que cuidava desse jornal. Só permitiu passar os trabalhos adiante, quando sua saúde faltou; mesmo assim, depois que conheceu o César, a quem confiou a continuidade das tarefas.



Nesta última década, Sr. Euclides fez um belo caminho de fé. Dizia de si que havia perdido muito tempo na vida, longe de Cristo, e que agora queria recuperar e dar-se o quanto pudesse. Amava a Igreja. Tinha uma devoção especial por N. Sra. do Patrocínio. Gostava de ler a Bíblia e livros espirituais. Tinha uma sede de conhecer as coisas de Deus. Queria todos os rascunhos, anotações de palestras, retiros, para transcrevê-los num seu caderno... Dizia que tinha pouco sono e que então rezava e estudava.



Foi ministro da Eucaristia, catequista de adultos, incentivador da Comunidade de Santa Terezinha do Menino Jesus, no Jardim Alvorada, a quem acompanhou nos primeiros anos, sempre providenciando padres para as missas e fazendo celebrações. Vinha à missa diariamente. Sentia falta da Eucaristia. Catalogou os bens móveis da paróquia, trabalho hercúleo, que lhe roubou alguns meses. O interessante é que, com Sr. Euclides, não era preciso pedir, ele se oferecia. Queria fazer. Sentia-se bem, cuidando das coisas da Igreja.



Amava sua família, sua esposa, D. Terezinha, os filhos. Orgulhava-se dos netos.



A saúde foi faltando nestes últimos dois anos. Vários procedimentos cirúrgicos. Fraqueza, falta de apetite, não conseguia mais digitar, ler, escrever...



Nossa última conversa, na sacristia, foi ainda ele oferecendo-se para providenciar um padre para reza missa na comunidade de Santo Expedito, durante as minhas férias. Dizia-se chateado por não poder ajudar, tanto quanto gostaria. Queria fazer mais. Naquele dia disse-lhe eu: “Tudo a seu tempo, Euclides! Agora é hora de cuidar de si! Tenha paciência!”. Ele sorriu e disse-me: “Eu tenho, padre!”.



No dia 25 de julho, festa de São Tiago, recebi a triste notícia de sua morte. Sei que ele vive. Sei que agora tudo para ele é festa, que se encontra com o Senhor, a quem ele tanto buscou. Sei que está feliz. Sei que sua vida se plenificou e que, se em algum momento da vida ele falhou, esses últimos anos compensaram-lhe todos os outros. Sei que um dia nos encontraremos novamente. Sei disso tudo, mas quando a morte nos visita, ronda nossa casa, ou de nossos conhecidos, ficamos tristes e pensativos. A perda de alguém, com quem convivemos, conversamos, rimos, trocamos idéias, amamos... nos assombra. É hora de silenciar. Aceitar. Crer. Entregar. Obrigado por tudo, meu irmão! Descanse em paz!





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A VIAGEM



Marcos Martins




Na vida, na iminência de uma viagem, nós nos preparamos felizes e esperançosos. Mas, esta viagem a que me refiro não é uma tão esperada assim e nem sabemos o dia e a hora em que faremos tal embarque.



No finalzinho de julho despedimo-nos de seu Euclides Pinton, já na certeza de que deixará saudades nos corações de seus entes queridos e amigos que conquistou. Subitamente ele nos surpreendeu com esta viagem sempre inesperada. Homem de fé, sempre a serviço de Deus, já quando jovem soube ouvir o chamado à vocação e ao serviço ao próximo. Foi seminarista por um tempo, mas logo descobriu sua vocação matrimonial. Formou uma família, alicerçou-se na fé e não deixou de seguir ao chamado de Cristo que diz: “vem e segue-me”. Era ministro atuante em nossa comunidade; sentia-se realizado, quando compartilhava do altar e mesa santa durante as missas e celebrações; participava das festividades da paróquia com entusiasmo e alegria; era coordenador de nosso jornal mensal “Nossa Igreja Católica”.



Dedicado corria atrás dos artigos e notícias para melhor esclarecer nossos paroquianos. Não se limitava pela idade, queria mais e mais. Disposto, podíamos ver sua presença sempre ativa na igreja. Agora, com certeza, deve estar a caminho do mestre e Senhor Nosso Deus, intercedendo por nó que aqui estamos. Este é o ciclo da vida: nascer, crescer, produzir e depois viajar. Sim, pois morrer nada mais é que nascer daqui para lá, uma vida nova, ressuscitada em Cristo.



Que, a exemplo de seu Euclides, possamos ser sempre bem firmes na fé, e, seja lá qual for nossa escolha entre os sacramentos, que seja uma escolha consciente, a serviço e regada com amor, como ele fervorosamente tão bem desempenhou até o fim, mesmo com as limitações de sua saúde. Aos familiares deixamos nossa solidariedade, respeito e agradecimento por uma alma tão generosa que conosco compartilhou desta vida. Aos amigos fica o exemplo de homem persistente e a ele próprio nosso pedido de intercessão, sabendo que a esperança do reencontro é o reconforto da despedida, pois tenham a certeza de que: “Aqueles que morrem em Jesus serão levados por Deus em sua companhia”. (I Ts 4,14b) Em nome de nossa Comunidade Nossa Senhora do Patrocínio, uma boa viagem e encontro com Deus, seu Euclides Pinton.





Fonte: “Nossa Igreja Católica”, Informativo Mensal da IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO, Araras (SP), Agosto de 2007, Ano VII, &
8470; 71, Páginas 2 e 3.




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LEMBRANÇA DA MISSA DE 7.º DIA



A MORTE NÃO É NADA



“A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho.



Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.



Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.



Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.



Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.



Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim.



Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.



A vida significa tudo que ela sempre significou, o fia não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vidas?



Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho...



Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi.”





Santo Agostinho



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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.







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