MEDO DA MORTE
- Senhor! Eu me confesso acovardado
Para sair da vida para a morte,
Mesmo sabendo que a essa mesma sorte
O homem, desde Adão, foi condenado.
Embora alguém me ajude e me conforte,
Me convencendo, então, que, do outro lado,
Um bom lugar p´ra nós há reservado.
Mas, mesmo assim, eu não me sinto forte.
A incerteza disso me angustia.
Não sei se existe paz, nem alegria
Nesse outro mundo tão desconhecido!
Tomara que não seja a desventura
De tudo terminar na sepultura,
No pó da terra, de onde eu fui nascido!
Paulo Góes
27 / 07 / 2002
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